De vez em quando eu me flagro questionando à Deus o que eu fiz de tão maravilhoso para ter recebido o dom da maternidade. Sim, pois eu não tenho a menor dúvida de que eu preciso melhorar bastante para me tornar uma boa mãe.
Logo que descobri a segunda gravidez, entre tantas lágrimas derramadas, não houve um único dia em semanas que eu não questionasse à Ele o porquê dessa benção. Em momento algum me arrependi dessa gravidez, ela foi esperada e planejada assim como a de Isabelle. O fato é que na minha cabeça, a única resposta era que Deus só podia estar querendo me dar uma oportunidade de evoluir ainda mais, só que eu não entendo como Ele não nos deixa "evoluir de nível" para depois mandar outro serzinho completamente dependente. Mas vá entender os desígnios d'ELE.
Ultimamente tenho tido vários pensamentos sobre o relacionamento das mães com Deus. Não posso acreditar que uma mulher ao se tornar mãe não tenha convicção da existência D'ELE. Independente de sua religião/ crença. É simples, não há no universo a quem possamos recorrer se não à Ele nos momentos de sufoco. Se seu filho chora e você não sabe o motivo, você se pega intercedendo a Ele que ilumine sua mente, te dê sabedoria para que você consiga acalentar seu filho. Se você se distancia do seu pequeno (ou grande), imediatamente, o pensamente corre ao encontro DELE e pede que ele proteja sua cria. Se você teve um dia difícil e fica irritada, e não consegue se controlar com a prole, depois de "descontar" na criança, você eleva seus pensamento à Ele e pede perdão pelo erro e pelo mal causado, e se martiriza, e se sente a pior das mães. Se seu filho adoece, você se vê clamando pela cura e mais uma vez se culpa e se questiona se você não foi displicente, porque as mães, tem mania de achar que a culpa de todos os males dos filhos são delas.
Eu acredito que a mulher ao se tornar mãe, entra no seleto grupo das pessoas com contato direto com Ele. Não me acho melhor que ninguém, mas acredito que mãe é um ser sagrado, e é por esse motivo que eu acredito no poder da oração das mães. E se Ele não me considera sua amiga, Ele anda me atendendo pelo tanto que pertubo.
Só pra constar, eu também não me canso de agradecer, obviamente, depois que o coração se acalma.
