terça-feira, 30 de abril de 2019

Convite do vovô

 Olha, o aniversário do vovô vai ser de Fortaleza.
- Como tu sabe, Isabelle? eu perguntei.
- Ora, porque o tema sempre é alguma coisa que a gente gosta muito. Esse foi fácil!
Maria pega o convite e fala;
- o convite do vovô “Loreno”.

#perolasdemaria #peroladeisabelle #euatétentoficarseria #masnãodeupracontrolar




segunda-feira, 29 de abril de 2019

Papai Noel existe?

Quinta feira, véspera de Páscoa,  Isabelle fala:
- Mãe, tu acha que o coelhinho da Páscoa vai vir aqui em Recife trazer ovo pro papai?
- Acho que não, acho que ele não traz para adultos. E por falar em Coelho da Páscoa, eu vou escrever uma carta pra ele, dizendo pra ele pedir pro Papai Noel um pouco de pó mágico, porque ele fez uma sujeira lá em casa hoje, assim ele entra lá em casa e não deixa rastros.
Isabelle faz uma cara de "ai mãe como você é bobinha" e respondeu:
- Mãe, tu acha que papai Noel existe mesmo?
- Obvio! Como é que os presentes aparecem na noite de Natal?
- Ai mãe, é o pai e a mãe da gente que deixam (fez cara de dãnh).
- Pois se confia nisso.
- Mãe, mas tu sabe, né, que aquele papai Noel do shopping é um homem fantasiado?
- Sim, o do shopping é!
- Ai mãe, tu é muito engraçada (acho que ela quis me chamar de otária).

#filhaanã #cadêafantasiadessascrianças

Viver de novo

Maria estava pulando do sofá, tirando fina da mesa. Tetê advertiu:
- Maria, cuidado. Você pode bater sua cabeça na mesa, se machucar e pode até morrer.
Maria coloca a mão na cintura (revira os olhos) e retruca:
- E o que é que tem? Se eu morrer não tem problema, eu vivo de novo!
Isabelle escuta e explica:
- Vive não!
(Maria) - Vivo sim. Você não viu não, Jesus morreu e viveu de novo?!
(Isabelle) - Só Jesus vive de novo.
(Maria) - Jesus é filho de quem?
(Isabelle) - de Deus.
(Maria) - E eu sou filha de quem?


#perolasdemaria #asvezesdapreguiçaexplicar #aimaria

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Orgulho dela, de nós!


Hoje, a noite, quando cheguei em casa, fui checar a tarefa que Isabelle não tinha feito antes de eu sair pra trabalhar. Abri o livro e tive vontade de chorar. Chorar de orgulho, de alegria, de gratidão. Que letra linda! Ela tinha feito a tarefa sozinha, em letra cursiva, e tão caprichada. Havia erros ortográficos, mas não importam. Nós conseguimos!
Há dois meses, ela chegou da escola comentando que todos da sala escreviam com letra cursiva, menos ela e outro amigo.  Começamos a saga pelo aprendizado na escrita cursiva. Foram dois meses de trabalho árduo: dedicação, caligrafia, trabalho motor e de autoestima. Foram dois meses que eu incansavelmente, mesmo após um dia inteiro de trabalho, inventava varias atividades para estimulá-la a escrever. Foram dois meses que eu insisti, fui dura e persisti quando ela esmorecia e pensava em desistir. Foram dois meses que eu, todos os dias, ao vê-la com dificuldade, criava historia, desenhava e inventava alguma associação para a letra, a fim de facilitar o aprendizado. E escrevia, escrevia, e a fazia repetir incontáveis vezes a mesma letra. Não teve um único dia durante esses meses que eu não tenha acreditado e dito a ela que ela era capaz e que ela conseguiria.
Hoje eu me emocionei, pela conquista dela, pela NOSSA. Não minha e dela, mas da nossa família.
Trabalho em equipe, cada um contribuiu como pôde. Enquanto eu estava na linha de frente, ensinando e inventando “tarefinhas”, o pai, silenciosamente, observava e aplaudia cada conquista, e tomava as rédeas quando eu esgotava minha cota de paciência do dia. Maria também ajudou, ela, gentilmente, após enchermos o quadro com tantas palavras, apagava-o com  satisfação para começarmos tudo de novo.
Eu sei que não serão todos os dias que teremos tarefa caprichada, mas hoje eu me deito com o coração grato e cheio de orgulho. Vencemos mais uma batalha, estamos prontas para avançar para a próxima fase! Minha menina tá crescendo.
(Isabelle, 6 anos. Aluna do 1º ano EF).

Lívia Lins Torquilho
10/04/2019