quinta-feira, 17 de maio de 2018

Brincadeira do stop and go!


Sabe a brincadeira do vivo e morto? Estava brincando com a Maria, só que a versão go e stop (andar e parar). Depois de uns 10 minutos de brincadeira, alternando os comando e o locutor (eu e ela). Eu falo: Maria, go! Ela responde: do Brasil!

#acabouabrincadeira #ficametrolando #elamesmosemquereréengracada #sórindomesmo

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Conversa sobre a mamãe

Diálogo entre mãe e filha:
- Filha, como você acha que Deus fez a mamãe?
- Com o coração. Ele pegou uma parte do coração d’Ele e fez a mamãe.
- E por que você acha que Deus me deu a ti como sua mãe e não outra?
- Porque Ele sabia que TU era A MINHA MÃE.
- E se você pudesse mudar algo em mim, o que seria?
- Nada, porque eu te amo desse jeito. Se mudasse, você não seria A minha mãe.

Às vezes, eu só queria me enxergar pelos olhos dela. Porque se eu tivesse de responder por ela, as respostas seriam bem diferentes. Tenho até vergonha!!!

*Perguntas baseadas em um texto recebido pelo WhatsApp.

#falaisabelle #percepçãodela #aprendelivia #aosolhosdelaeusouperfeita #éummordeeassopraconstante #éamorpramuitasvidas #escolhidaadedo #elasabesercute

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Fotos das crianças - uma visita às memórias


Por muito tempo a culpa me consumia. Me cobrava por não ter conseguido manter a “sanidade” no puerpério da Maria na minha relação com Isabelle. Foram dias tão difíceis, pesados e confusos. Era um turbilhão de sentimentos e eu não soube lidar com os hormônios e aquela avalanche de emoções.  Isabelle era tão pequena, era só uma criança de 2 anos pedindo colo, mas eu estava tão cansada, tão apavorada que não soube entender sua suplica. Quando fecho os olhos, ainda consigo escutar seu choro na porta do quarto pedindo atenção e carinho. Ela não conseguia expressar em palavras seus sentimentos e eu não soube entender seu pedido.  Ela chorava, e eu “tentava” ignorar. Faltou empatia, serenidade, calma. Eu não soube acolher (sua dor e seu amor). Eu não consegui demonstrar que o meu amor por ela permanecia inalterado. A nossa rotina tinha mudado, o foco, a vida. A gente se distanciou. Eu falhei. Com ela e comigo. E essa é uma dor minha, uma ferida que ficou aberta no meu peito por muito tempo.
Há alguns dias recebi uma missão da escola das meninas: selecionar doze fotos por criança para o dia das mães. E foi um mergulho nas lembranças.
As minhas filhas tiveram mães completamente diferentes no início das suas vidas. Embora eu tenha cometido erros (tentando acertar) e acertos, e continue tentando e aprendendo e perdendo a paciência, e surtando de vez em quando, e tentando mais uma vez, estamos sobrevivendo e eu tenho certeza, pelos registros que eu vi, que a gente tem uma vida massa para caramba. As meninas são crianças felizes.
E eu, que sempre digo para elas que elas são a luz dos meus olhos, percebi, através de inúmeras fotos, que eu sou o sol delas. Que mesmo quando eu não estou olhando, é para mim que os seus olhos estão voltados. As fotos sem noção que eu tiro, fazendo caras e bocas, saltando, e deixando capturar toda a emoção, energia e vitalidade que há em mim, elas também já fazem. Nossos registros são de momentos, de vida, de emoções. No nosso álbum de fotografias, cada foto conta uma história, e a gente tem mania de colecionar momentos. Foto posada, penteada, e com postura impecável, contamos nos dedos. Foto boa é aquela que a gente viaja no tempo e consegue, fechando os olhos, escutar os sons, sentir os cheiros e sorrir de gratidão e leveza da alma.
Enquanto eu re-visitava as nossas memorias através das fotos, eu percebi que a ferida aberta já estava cicatrizada e eu, que sempre achei que a Maria fosse o meu grudinho, e a Isabelle minha menina independente que se “afastou” da mãe, vi que o meu imaginário é bem maior que a realidade. A Maria, infelizmente, nunca terá a mãe que a Isabelle teve, nem as dores da irmã. A gente segue tentando se ajustar, dia-a-dia. Aprendendo, errando, acertando. E nessa dança da vida, eu sei que ainda vou balançar e suar um bocado. Mas lá no futuro, eu sei que a gente vai olhar para trás e ter certeza que tivemos uma vida leve. E a paciência, às vezes, até faltou, mas o amor, esse sempre imperou!

Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia