terça-feira, 31 de outubro de 2017

Halloween - Parte 2

Ontem, mandei lanche temático para a Isabelle na escola. Os coleguinhas piraram quando viram o lanche dela e ao buscá-la eles foram logo falando: “Tia, eu adorei o lanche da Isabelle, amanhã vai ter de novo? ” Eu, hoje ao preparar o lanche dela, resolvi aumentar a quantidade para que ela pudesse dividir com os amigos. Uma forma de confraternizar, e ensiná-la a partilhar. No clima de halloween, ela quis ir para a escola vestida de bruxinha, eu a incentivei e o pai, que sempre a leva, foi a caráter (roupa preta e uma capa de drácula). Os amigos dela amaram. Eles ficaram encantados...
Eu sei que algumas pessoas são avessas ao Halloween, por acreditarem se tratar do dia das bruxas, culto à outros deuses... Eu respeito! Mas não aturo, e perde totalmente o meu respeito uma pessoa que ignora uma criança por estar se vestindo de “bruxinha”, que vira o rosto para uma mãe porque esta está incentivando a filha a ser feliz. Porque, na cabeça dessa pessoa, é um culto à bruxaria. Sério mesmo, me tira do sério gente pequena. Não sei se é fanatismo, ignorância ou falta de tolerância mesmo. Como um ser humano que diz amar a Deus, agir com tanta falta de respeito e amor ao próximo. Eu fico aqui rezando por essas “almas penadas” que habitam a Terra. Tolerância, povo de Deus, é disso que o mundo precisa.
O que fizemos hoje ao encorajá-la a ir para a escola fantasiada e distribuir lanches com os colegas, foi ensiná-la a dividir, a fazer uma festa mesmo que sem motivo aparente, foi quebrar a rotina e fazer os dias mais leves e felizes. Foi dividir carinho em forma de doces e travessuras.
Enquanto isso, nós seguimos construindo memórias... Porque de verdade, é exatamente isso que fica.... Retalhos de uma infância feliz! E quando a gente se veste assim e entra no mundo da imaginação, na verdade eu estou emponderando-as. Estou trabalhando a auto estima delas. Minhas meninas podem ser o que quiserem e vestir-se como quiserem, independente de ser convenção ou não. A gente veio para esse mundo para ser feliz, não só para seguir regras, que entenda, são importantes, mas quebrar protocolos faz parte!

Texto: Lívia Lins Torquilho

#devaneiosdelivia


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Halloween

Halloween - All Hallows' Eve, em tradução livre: véspera de dia de todos os santos! Festa cristã, criada pelo papa no século VIII.
Um dos hábitos mais característicos dessa festa envolvia crianças, elas passavam de casa em casa cantando rimas ou dizendo orações para as almas dos mortos. Em troca, elas recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório. Daí a origem da brincadeira: doces ou travessuras.
No século 18, um festival celta (pagão) comemorava o fim do verão, dias de Deus (sol) e da colheita, na noite de 31 de outubro. O ano novo começava em 1° de novembro, e junto dele a chegada da temporada de fome, frio e mortes, devido ao inverno. Com o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam a colheita, a festa era cercada por figuras bizarras e estranhas, e as pessoas se fantasiavam. Para afastar as "almas penadas" que poderiam vir atras dos vivos, os celtas deixavam abóboras nas portas e indicativos de que a casa estava abandonada. E saiam todos para celebrar numa noite com muitas fogueiras (usadas para queimar o joio, como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas ou para combater doenças). Era uma maneira de tentar enganar a morte.

Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia

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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Isabelle e a Pneumonia

Após dias com febre sem cessar, Isabelle foi diagnosticada com PNEUMONIA. Como assim, pneumonia? Pneumonia sem secreção? Mas a tosse dela é seca. Pneumonia não era para ser decorrência de uma gripe mal curada? Faz meses que ela não gripa. Pneumonia em criança não é coisa de mãe displicente? Tudo bem que faz anos que ela não vai ao médico. É certo que eu não sou muito fã de medicamentos, mas cuido das gripes e resfriados.
Eu olho para minha menina adoentada e percebo que essa doença silenciosa fez minha casa emudecer. Os gritos e gargalhadas, que normalmente preenchem a casa de alegria e vida, sumiram provisoriamente. Os sons que invadem a noite são as tosses insistentes de uma criança, seguidas de um chorinho fino, abafado, e o pedido para o pai e/ou a mãe ficarem junto dela. Durante o dia a irmã está sempre por perto, fazendo companhia e servindo-a de água e sucos. Vez por outra ela fala: "Bebé, vamos brincar?", enquanto Isabelle deitada no sofá balança negativamente a cabeça.
Ela já está tomando os devidos medicamentos, sei que logo ela estará bem e com a saúde restabelecida. Por ora, eu me envergonho, por vez em quando, reclamar do barulho e da bagunça que elas fazem, por querer um pouco de silêncio. Hoje, eu só queria chegar em casa e encontrar minha sala revirada, com brinquedos espalhados pelo chão, gritos de alegria a me receber na porta, gargalhadas a ecoar pela casa e crianças pulando no sofá. O desejo de hoje é encontrar duas crianças a brigar e brincar, fazendo barulho até eu cansar. O som da tosse insistente na madrugada, eu gostaria que desse lugar a um leve e tranquilo ressonar. O acordar no meio da noite para a temperatura verificar,  eu gostaria de trocar por beijos, carinhos e desejos de boa noite, e voltar a dormir sem me preocupar. Ah, que saudade que estou do caos que me exaure, mas que faz meu coração tranquilizar.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Completude

Eu era inteira sem ser completa. Eu achava que sim, mas quando vocês chegaram eu percebi que algo que eu nem imaginava me faltava.
Crianças, quanto amor e entendimento, Quanto aprendizado e alegria. A pureza, a bondade e a doçura de vocês me faz perceber o mundo de maneira mais positiva. As pequenas descobertas de vocês me encanta. Acompanhar seus crescimentos me fascina. Vocês são a luz dos olhos meus. O meu caminho mais bonito, o meu sonhar acordada, a minha vontade de voar, meu porto onde posso ancorar, o mar onde posso desaguar. Minhas meninas que com gargalhadas, brincadeiras e palavras sinceras me fazem perceber a beleza e a riqueza na simplicidade de nosso rotina. Me fazem notar no caos da sala bagunçada, das brigas bobas e disputas infantis o quão abençoada e feliz nossa família é. E mesmo quando eu penso em fugir só pra ter um pouco de sossego, eu descubro que no meu coração não há desassossego, porque é com vocês que eu me sinto em paz!

#devaneiosdelivia
#laréondeocoraçãoestá
#there'snoplacelikehome

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Criança (s.f)

Criança é ser sagrado. É anjo sem asas. Uma pessoinha que se lambuza todo ao tomar sorvete e também quando come brigadeiro. É quem adora uma bola, se divertir na água, correr descalço. É quem gosta de brincar, explorar, se fantasiar e vive a imaginar. Não percebe maldade. Trata a todos com igualdade. Não guarda rancor. É um ser perguntador, mas confia sem questionar. Alguém que espalha alegria, contagia com sorrisos sinceros e pequenas demostrações de amor. É quem se encanta com o simples, quem não tem vergonha de ser feliz. É uma criatura autêntica, que fala o que pensa. Ensina adultos a crescer, e cresce rápido demais. É segunda chance, recomeço, esperança de futuro. É pequena no tamanho, mas grande na capacidade de amar.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Uma eternidade para comer

- Isabelle, porque tu demora uma eternidade mastigando?
- É porque a gente só consegue sentir o sabor das coisas quando come bem devagar, entendeu?

#isabelleensina #sabedoriainfantil #achoqueéporissoqueelaémagra

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Isabelle ambientalista

Estava no caixa do supermercado pagando pelas mercadorias, a “caixa” começa a empacotar na sacola plástica. Isabelle começa a fazer sermão dizendo que aquela sacola polui o ambiente, que não era para usar a sacola, que o correto é usar sacola reciclável que se usa muitas vezes e o vento não carrega com facilidade. Eu já morta de vergonha com a minha mini ambientalista fazendo zuada, falei que da próxima vez pegaríamos uma caixa de papelão.

Ao entrar no carro ela ver uma sacola reciclável (embaixo do banco). Ela pegou as mercadorias, colocou todas na sacola e foi devolver para a “caixa” a sacola “poluidora”.

Coleta Seletiva

A tarefa da escola era para identificar as lixeiras de coleta seletiva. Eu a deixei fazer sozinha, sem interferir. Após a conclusão, percebi que ela tinha trocado algumas lixeiras e questionei-a:
- Isabelle, você tem certeza que a tarefa está certa?
-Tenho, eu prestei muita atenção na aula.
- Isabelle, acontece que a lixeira verde é a de vidro e não de papel.
- Mas mãe, a tia colocou uma garrafa na lixeira azul, eu vi!
Eu imediatamente mandei uma mensagem para professora questionando. Infelizmente (ou não) a professora respondeu com um áudio e a Isabelle estava ao meu lado quando eu escutei a mensagem. Imediatamente, ela respondeu por áudio a professora, falando que tinha visto ela (professora) colocar uma garrafa na lixeira azul.
A professora, diante de tanta insistência da menina ficou confusa, antecipadamente se desculpou, caso tivesse feito confusão, e falou que no dia seguinte ela junto com Isabelle iriam verificar se a garrafa estava realmente na lixeira azul.
No dia seguinte, ao buscar Isabelle na escola eu questionei-a sobre a garrafa e ela foi logo dizendo:
- Tu acredita mãe que a “tia” foi lá na lixeira e trocou a garrafa de lixeira, antes que eu pudesse ver?!

Pior que ela quase me convenceu que ela estava certa.... Fui olhar no google.  E eu mostrando pra ela as imagens no google e ela fazendo cara de bunda, como se todo o universo estivesse errado, menos ela!