quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Halloween

Hoje é Halloween. E hoje ao me fantasiar eu não estava celebrando o halloween, eu estava celebrando a vida. Porque ela é curta demais. Piscou, passou... Eu curto ser feliz!!! Eu curto me divertir! Eu curto tentar não pesar 1 ton! Por aqui, seguimos firme no nosso propósito: construir memórias... Porque é isso que fica.... Afetos, afagos, lembranças... Retalhos de uma infância feliz! E quando me visto assim e entro no mundo da imaginação, na verdade, eu estou emponderando-nas, estou trabalhando a auto estima delas. E eu quero que minhas meninas aprendam que elas podem se divertir com pouco e que ninguém tem nada com isso, porque beleza vem de dentro. E quando a gente se curte, tá tudo certo!  Elas podem usar e ser o que quiserem, independente de ser convenção ou não. A gente veio para esse mundo para ser feliz, não só para seguir regras, que, entenda, são importantes, mas quebrar protocolos faz parte! Happy Halloween pra você! Feliz vida!

Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia

#happyhalloween #felizvida #colecionandomemorias #loucamasfeliz #amornãoébruxaria #leveumavidaleve #juizonuncanemvi #oquevocêchamadeloucura #euchamodesanidademental

Bodas de Zinco

10 anos! E a alegria e a vontade de estar juntos ainda são as mesmas... foi um encontro de almas, eu sei que foi. E foram só flores durante esses 10 anos. Em alguns momentos os espinhos arranharam, mas nada grave, a gente preferiu olhar a beleza, sentir o perfume e aceitar que espinhos as vezes são defesa. Igor, quando eu te vi pela primeira vez, eu sabia que era tu, e hoje eu tenho absoluta certeza, só podia ser!
Eu te amo, eu te quero, te admiro, te respeito. Eu não te respiro, eu não vivo à sua sombra. Nós somos inteiros que se juntaram e se multiplicaram, por se quererem, por se amarem (a si próprios e ao outro).
Você é o cara. O meu cara! Obrigada por tudo e por tanto. Não dá pra relacionar o tanto que sou grata, feliz e realizada!
Eu desejo ainda mais respeito, diálogo, leveza, paixão, criatividade, saudade (porque não?), amor, sabedoria, cumplicidade e perdão!
Eu te amo para sempre!

Sua (para sempre) pequena.

#passourapido #eutenhotantopratefalar #mascompalavrasnãoseidizer #comoégrandeomeuamorporvocê #estamosficandovelhos #eueraumamenina #agoratenhoduas

Estressou a avó

Sábado, 24/11, as meninas dormiram na mamãe. Em determinado momento, depois de muita calmaria (sqn), mamãe se estressa com a Maria.
- Maria, vou colocar você de castigo!
Maria olha pra mamãe e fala:
- você é igual minha mãe! Mamãe, mamãe!
Isabelle explica:
- é que ela é mãe da mamãe!


Como se manter séria com essas pérolas?

#ahmaria #comotuécalminha #estressouatéaavó #nãotemcomonãorirdastiradas

Isabelle faz 6

Isabelle,
E hoje tu fazes 6 anos! E o meu coração é só alegria e gratidão. Que felicidade te ver crescer. Quanto orgulho eu tenho de ti, do ser humano lindo que estais te tornando. Eu sou tão grata a Deus por tu seres minha. Por te ajudar a trilhar o teu caminho. Eu achei que eu te ensinaria um monte de coisas, mas eu aprendo tão mais contigo. Tu me libertas, tu me fazes um ser melhor, mais criativo, inventivo e humano. Eu sou tão mais feliz por te ter na minha vida. E mesmo, às vezes, surtando, eu sou muito mais realizada por te ter na minha vida. Minha menina perspicaz, inteligente, esperta, teimosa, questionadora, observadora.
Que Deus te conserve com esse coração generoso, que continues a ter empatia, que não percas a bondade, a alegria. Que continues a espalhar o bem e luz por onde passares. Que a tua gargalhada continue a ecoar no coração dos que te amam e que teus olhinhos puxadinhos, principalmente quando sorri, continue a nos encantar.
Eu desejo que você seja imensamente feliz e realizada. Eu te desejo coragem, e que tu nunca se afastes da tua essência. Que tu sejas sempre fiel ao teu coração, aos teus valores. Desejo que tu continues sendo essa criança doce, sem ser melosa, aventureira, vaidosa, carismática, sincera, linda, gentil, amada e que tem um brilho que fascina. Desejo, meu amor, que sua vida seja uma eterna festa (de preferência à fantasia). Te desejo que cruzem teu caminho pessoas bacanas, amigos verdadeiros. Que tua vida seja abençoada e que teu Deus te proteja sempre.
Feliz 6 anos! Feliz novas descobertas! Eu estarei sempre por perto, nunca esqueças.
Minha Belle, eu te amo tanto, e ainda nem te amo tudo.
Beijos e feliz aniversário!
Com amor,
Mamãe.


#isabellefaz6 #amorinfinito #elamemensinatantotododia #minhaprimogenita

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Meio de Transporte

Na escola das meninas, dia de sexta feira é o dia do brinquedo, então fizemos a associação: no dia do brinquedo é o dia do papai e da mamãe saírem à noite sem crianças.
Semana passada foi semana da criança na escola. Na quarta feira foi solicitado que as crianças levasse bicicleta, patinete, motoca. Isabelle optou por levar a bicicleta e Maria o patinete. Quando elas estavam saindo pra escola, eu falei:
- Hoje é dia do brinquedo, não é? Então, isso significa que hoje é dia do papai e da mamãe saírem.
Maria imediatamente respondeu:
- Isso não é brinquedo!
- Bicicleta e patinete não são brinquedos?
- São não, são meios de transporte!!!

#falamaria #temrespostapratudo #eécoerente


segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Pérolas das meninas em dia de eleição



Ontem, enquanto caminhávamos pela calçada do colégio eleitoral que o Igor exerce seu dever cívico, Isabelle observa:
- Nossa, muita gente mal-educada passou por aqui. Olha a quantidade de papel na rua.
- Pois é, filha, infelizmente o dia de hoje é o dia que os candidatos distribuem esses papeis na rua, e as pessoas jogam, sem procurar por uma lixeira.
- Então, hoje é o dia do lixo!!!

#euachoquesim #porqueaquiloláfede #sótemcarniça #nãofaleiissopraela #mascriançaéesperta #falaisabelle


Dialogo de domingo à noite, pós eleições.
Ao chegar em casa após a missa o Igor comenta:
- É Amor, parece que vai dá Bolsonaro!
Maria, questiona:
- Pai, tu quer ganhar, é?
Ele faz uma cara interrogativa, e ela emenda:
- É só tu torcer pro Fortaleza. A mamãe ensinou uma música assim: “Volta Leão pra 1ª divisão!” O Fortaleza vai ganhar, pai!

#agentetorcepraquemganha #senãoforpraganharagentenembrinca #nãoseiaquempuxaram #essamariameentrega #opaificousóolhandopraminhacara #eeupianinho

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Noticia ruim

Hoje meu coração está aflito e triste. Ontem fui comunicada de que o colégio Irmã Maria Montenegro encerrará suas atividades no final desse ano. Como foi doloroso receber essa notícia...
Há 4 anos escolhi essa escola como parceira na educação das minhas filhas. Foi a escolha mais certeira e feliz que eu poderia ter feito. De fato, uma escola de verdade, que muito além de conteúdo, ensina valores. Ensina gente a ser gente. Uma instituição de ensino inclusiva, não seletista. Na escola todos os alunos são tratados com carinho, são reconhecidos pela sua identidade.
Engraçado que todos os anos eu me afligia pensando em uma nova escola, visando um futuro, pensando na carreira curricular. Esse ano, meu coração estava tranquilo, pois eu tinha entendido da importância de formar seres humanos e esperar por formação acadêmica e curricular num futuro.
Eis me novamente com o coração aflito, em busca de uma escola que nos acolha. Que nos veja como pessoas e não apenas como $$$.
Ao mesmo tempo que sinto-me triste, meu coração está imensamente agradecido por ter proporcionado essa experiência as minhas filhas, por terem tido a experiência de estudar num colégio tão bacana, tão humano, tão preocupado em formar gente. Cada pessoa que fez parte do Colégio Irmã Maria Montenegro, colegas, professores, funcionários, acolheu minhas filhas e tornou o início da vida acadêmica delas muito mais leve, feliz e divertido. Sou imensamente grata por isso.
Ao colégio Irmã Maria Montenegro, o meu pesar, a minha gratidão, o meu aplauso.
“Levaremos no peito a saudade e o orgulho e o amor no coração”!

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Mamãe a "fazedora" de fantasias....


Sexta feira ultima, após a festinha de aniversário da Maria (na escola) eu e Isabelle conversando no carro:
- Filha, agora que passou o aniversário da Maria a gente já pode começar a organizar teu aniversario. Qual será o tema?
- She-ra.
- Isabelle, eu acho esse tema massa, mas é um tema muito difícil, porque She-ra é um desenho muito antigo, não vai ser fácil encontrar nem mesmo fantasia.
- Não tem problema... você faz.
- Eu?
- Sim, você sabe fazer fantasias. Você já fez de Tartaruga ninja, Magico de Oz, Chapeuzinho Vermelho, Abelha. Até a do peixinho da Ariel você já fez, não lembra? Você também pode fazer a da She-ra!

Eu acho que na cabeça dela eu dou conta de tudo!!! Ela deve pensar: “minha mãe sabe fazer tudo, absolutamente, tudo”. Tenho uma fã em casa, e nem tinha me dado conta! Na verdade, nem tinha percebido do quanto eu sou observada e admirada.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Só tem artista

Deixei as meninas na varanda pintando com tinta, Maria me aparece praticamente camuflada... quando levo pro banheiro para dar banho, a surpresa: ela tinha feito uma arte abstrata com tinta vermelha na parede do corredor. Sério, quase infartei. Chamei Isabelle e falei: “se despeça da sua irmã, seu pai vai matar ela”. Imediatamente comecei a tentar limpar a parede, rezando pra todos os Santos pra tinta sair, Isabelle muito colaborativa me ajudando. Dai a pouco ela fala: “mãe, aqui também tá sujo, fui eu”! Só tem peça rara aqui!
Claro que depois que dei banho e limpei a parede, lembrei que não tirei foto.

#peçasraras #artistasnata #depoisdosustosoaatéengraçado #mãedramática #filhasarteiras

terça-feira, 21 de agosto de 2018

35 meses de Maria

35 meses de uma menininha que me esgota e me transborda. Uma criança doce com personalidade apimentada, bem ardidinha. É brisa fresca e furacão. Ela é morde e assopra. Ela é alegria, é carinho, é beijo e abraço, é implicância, é desafiar. Ela não para quieta, está em constante movimento. É tagarela, curiosa, buliçosa. Ela é leveza, é paz.
Maria, minha menina, continue cantando e encantando, não mude sua personalidade forte e não perca sua doçura na voz e no olhar (que “ganha” todo mundo). Você é encantadora e extremamente amada.
Você já não é mais meu bebê, embora ainda diga que é, suas pernocas já perderam as dobrinhas da bebezinha que habitava lá em casa. Agora, eu olho para você e vejo uma linda menina correndo, desbravando o mundo ao seu redor. Você é o meu grudinho. Adora colo e é mordível, agarrável, cosquentinha e tem o cheiro de menina traquina. Ah, como eu gosto de respirar você.
Já, já, você fará 3 anos e, como você fala, será uma menina “glande”. Cresça, meu amor, em tamanho, graça e sabedoria. Carregue sempre no rosto seu sorriso. Eu desejo profundamente que o mundo seja generoso com você. Que a sua alegria de viver, sua energia e sua luz ilumine sempre o seu caminho e que você saiba utilizá-los para transformar o mundo num lugar melhor.
À Deus, eu agradeço por tão grande amor, pelo privilégio ser sua mamãe. E peço que Ele te proteja sempre sob o Seu manto sagrado e que me dê saúde e sabedoria para te ajudar, te guiar e te orientar nessa jornada!
Eu amo você daqui até a lua, indo e vindo!
Com amor,
Mamãezinha.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Homenagem Papai

Ele é um marido maravilhoso, mas como pai, ah, como pai ele é “do kralho”.
Ele troca fralda, limpa bundicas, dá banho, veste a roupa, penteia os cabelos.  Ele faz leitinho, dá comida. Ele acorda no meio da noite e acode quem pede proteção. Ele cede o espaço na cama. Ele leva pra escola e escuta toda noite as histórias e aventuras do dia. Ele brinca, ensina, estimula. Orienta, briga, acarinha. Ele é todo dia, é rotina, é fim de semana.
Ele é o protetor, o herói, o homem mais lindo do mundo (leia isso entre suspiros).
Ele é mágico, palhaço, imitador, malabarista e até contorcionista.
Ele é a história antes de dormir, o cafuné, o travesseiro e até o lençol quando elas precisam.
Ele é o abraço apertado, o colo, o abrigo.
Ele é medo, insegurança, é coração na mão. É não saber se tá no caminho certo, mas tentar sempre fazer o melhor.
Ele parece até ser príncipe de contos de fadas, mas não, ele é o papai delas e é de verdade.
Elas são o que ele tem de mais precioso. O motivo, o incentivo, o trabalho árduo, a preocupação por um mundo melhor. Elas são as melhores memórias, o presente, o desejo do futuro mais brilhante. Elas são a realização e o orgulho. Elas são o queixo caído, a baba que escorre, a lágrima que não dá pra segurar, a gargalhada gostosa, a felicidade genuína. Elas são a melhor parte do dia. Elas são a vida que mudou, o amor inexplicável e imensurável.
Elas são o que faltava e o que ficará!
Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia
#diadospais #étododia #paipresente #paiamado #paiporexcelencia #eleéphoda #temossorte

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Mini férias - Morro de São Paulo

E no meio de tanta correria, da pressa e da rotina tumultuada, a gente se presenteou com dias de calma, de alimentar a ALMA. Demos-nos ao luxo de parar, de desacelerar, porque, como já dizia Lenine, a vida é tão rara! E por saber que a vida não para, a gente mudou o compasso e caminhou no teu passo. Andamos na areia, catamos conchinhas, escalamos pedras e descobrimos não um novo continente, mas uma nova visão. Tomamos banho de mar junto dos peixinhos. Vimos golfinhos, e teve também quem teve sorte e observou baleias (e não é história de pescador). Passeamos de lancha, e foi uma grande aventura. Fizemos trilha pela mata e pela beira do mar e conhecemos uma praia de argila, que só se chega (à pé) quando a maré tá baixa. Tomamos banho de argila, e, se a gente não ficou “jovem” como prometem, pelo menos garantimos uma boa dose de diversão. As risadas que demos juntos tenho certeza que nos rejuvenesceram alguns anos. Brincamos, aconchegamos-nos, contemplamos, descansamos, recarregamos-nos de boas energias e bons sentimentos. Construímos memórias. Ah, mar!
Obrigada, nossas pequenas companheiras de aventuras, desbravar o mundo ao lado de vocês faz tudo mais encantador, mais leve e bonito.
“Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara.
Será que é tempo que NOS falta pra perceber
Será que temos esses tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara”

Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Maria e suas respostas...

Ontem, pós jantar Maria pega um pão e começa a comer. Come alguns pedaços e logo deixa sobre a mesa e vai brincar.
- Maria, vai comer teu pão. Se você estragar, eu não te darei outro quando você pedir.
- Não foi você quem me deu, eu quem peguei.

#atrevida #temrespostapratudo #voutertrabalho

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Ah, como eu gosto de Copa do mundo

Ah, como eu gosto de Copa do mundo. Eu gosto de ver o Brasil em campo e ganhar, mas o que eu gosto mesmo é de enfeitar a casa, preparar “comidinhas”, sair na rua e ver um monte de “amarelinhos” desacreditados e mesmo assim apostando que o Brasil vai ganhar. Eu gosto da confraternização, das piadas, brincadeiras e zoação. Eu gosto de pintar o rosto e vestir a camisa “canarinha”. Eu gosto de cantar o hino e me emocionar ao ouvir uma multidão cantando-o à capela. Eu gosto de gritar gol e comemorar com a família, com o vizinho, com o desconhecido. Ah, como eu gosto da Copa do mundo!
Vai Brasil, joga pra mim e por toda essa torcida tão desacreditada dessa nação!

#devaneiosdelivia #copadomundo2018 #jogapramimbrasil

Texto: Lívia Lins Torquilho

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Em clima de Copa

Sábado, após a vitória da França, Isabelle questiona:
- Mãe, quando for França contra o Brasil, a gente vai torcer pra quem?
Maria responde:
- Pro Fortaleza, né, mãe?

#bomgostovemdeberço #tánosangue #tricolorénois

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Maria atrevida

Pós banho na escola, Maria enrolada na toalha:
- Tia, eu quero fazer xixi.
- Maria, você não quer, você fez antes do banho.
- Tia, eu vou fazer aqui no chão. Você quer que eu faça? Eu tô avisando.
A "tia" pensa melhor e fala:
- Pois vai Maria, fazer.
Maria volta do banheiro e avisa:
- Eu fiz, vai lá ver!


Na rodinha da acolhida, a professora pergunta:
- Maria o que você fez no fim de semana?
- Eu fiquei de castigo.
- Porque? Quem colocou você de castigo?
- A mamãe. Porque eu não quis almoçar.


Maria, no último dia de aula, levou uma boneca pra escola. No inicio da aula a professora pede que ela guarde a boneca. Ela não aceita o pedido e retruca:
- A boneca é minha ou é sua?

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Não é sobre machismo, é sobre (falta de) respeito

Isabelle e Maria,

Se eu pudesse, eu blindaria vocês de todos os males do mundo. Infelizmente, eu não posso, isso não me cabe. O que está sob meu controle é orientar vocês.
Quase todos os dias eu falo para vocês sobre responsabilidade, escolhas e consequências; sobre assumir os erros e se redimir quando necessário.
Estamos vivendo uma copa no mundo, dessa vez na Rússia. Em uma das cidades sede do mundial, um grupo de brasileiros andou fazendo uma “brincadeira” esdruxula e de completo mau gosto com uma mulher (estrangeira). Eles usam palavras de baixo calão e desrespeitosas.  Minhas filhas, no mundo tem um monte de pessoas machistas, algumas disfarçam, outras escancaram sua deficiência mental e intelectual. É comum nos dias de hoje tudo virar vídeo. As pessoas estão com um deficit de auto aceitação, só pode, porque fazem de tudo por “likes”. No caso desse grupo de brasileiros, eles postaram ou enviaram o vídeo para uma pessoa, mas viralizou, e adivinha? Quem tá passando vergonha são eles, o mundo agora conhece os rostos e os nomes de cidadãos “sem noção” que gratuitamente ofendem e desrespeitam mulheres.
Hoje eu li uma notícia que fala que esses “homens” do vídeo não assumiram a responsabilidade de seus atos, pelo contrário, após tamanha repercussão, eles se esconderam, fecharam as contas nas redes sociais (Isso é mais um detalhe. Geralmente, machistas andam em bando e são covardes. Quando fazem merda, eles se escondem, não tem hombridade). Um dos cidadãos do grupo se pronunciou, e adivinha? Colocou a culpa na bebida. Outro, se diz muito triste com a repercussão, não com a “brincadeira”. Outro, coloca a culpa em quem viralizou.
Filhas, vocês perceberam que eles só tentam arrumar desculpa para a consequência desse ato ridículo e intolerável? Em momento algum eles se mostram constrangidos e arrependidos com a ação. E eu não estou falando sobre machismo ou feminismo, eu falo sobre empatia, sobre respeito, gentileza. É sobre tratar o outro da maneira que você gostaria de ser tratado. A gente só dá aquilo que temos. Se há amor no seu coração, você provavelmente derramará amor por onde passar, mas se no seu coração só tem sentimentos ruins, é isso que será espalhado no seu caminho.
Isabelle e Maria, eu peço, se cerquem de gente de bem, de gente de boa “vibe”, de gente com os mesmos valores e princípios, porque o mundo já é cruel demais, vamos nos blindar como a gente pode. E, lembrem-se, o outro é o outro, com suas marcas, histórias, educação. Vivam de acordo com o que acham certo, e nunca desrespeitem alguém, nem façam “brincadeiras” ofensivas para tentarem serem aceitas num grupo, ou colecionar “likes”. Quem age dessa maneira não é feliz, não é livre. O mais importante vocês já têm dentro de vocês.
Com amor,
Mamãe.
Texto: Lívia Lins Torquilho

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Me balança no parquinho?


Sempre encontramos com uma vizinha no elevador que faz maior festa com as meninas e elas nem tchum para mulher.
Ontem, Maria encontrou com a mulher e foi pedir:
- Tia, por favor me balança no parquinho. Juntando as mãos, em prece, e fechando os olhos, continua: por favor!
A vizinha obvio que cedeu a suplica. Já no balanço, a exigente Maria pede:
- Tia, balança alto!
- Maria, tu não tem medo de cair?
- Eu não, já andei até de montanha russa!


Aula de natação - Maria


A professora (PARTICULAR) joga peixinhos dentro da piscina e pergunta:
Quem vai pegar os peixinhos, lá no fundo da piscina?
Maria: Eu não sei, só sei que não sou eu!!!

terça-feira, 12 de junho de 2018

Dia dos namorados


Hoje de manhã, eu arrumando as meninas para a escola e comento: hoje é dia dos namorados!
Isabelle: Se vocês forem sair é pra levar a gente junto, porque hoje não é sexta feira!
Eu: Será que teu pai vai me dar flores?
Isabelle: Se ele trouxer pra ti, também é pra trazer pra gente!
Eu: Ele é meu namorado, não seu.
Isabelle: Eu sei, mas ele sabe que a gente também gosta de flores!

#perolasdeisabelle
#diadosnamorados

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Brincadeira do stop and go!


Sabe a brincadeira do vivo e morto? Estava brincando com a Maria, só que a versão go e stop (andar e parar). Depois de uns 10 minutos de brincadeira, alternando os comando e o locutor (eu e ela). Eu falo: Maria, go! Ela responde: do Brasil!

#acabouabrincadeira #ficametrolando #elamesmosemquereréengracada #sórindomesmo

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Conversa sobre a mamãe

Diálogo entre mãe e filha:
- Filha, como você acha que Deus fez a mamãe?
- Com o coração. Ele pegou uma parte do coração d’Ele e fez a mamãe.
- E por que você acha que Deus me deu a ti como sua mãe e não outra?
- Porque Ele sabia que TU era A MINHA MÃE.
- E se você pudesse mudar algo em mim, o que seria?
- Nada, porque eu te amo desse jeito. Se mudasse, você não seria A minha mãe.

Às vezes, eu só queria me enxergar pelos olhos dela. Porque se eu tivesse de responder por ela, as respostas seriam bem diferentes. Tenho até vergonha!!!

*Perguntas baseadas em um texto recebido pelo WhatsApp.

#falaisabelle #percepçãodela #aprendelivia #aosolhosdelaeusouperfeita #éummordeeassopraconstante #éamorpramuitasvidas #escolhidaadedo #elasabesercute

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Fotos das crianças - uma visita às memórias


Por muito tempo a culpa me consumia. Me cobrava por não ter conseguido manter a “sanidade” no puerpério da Maria na minha relação com Isabelle. Foram dias tão difíceis, pesados e confusos. Era um turbilhão de sentimentos e eu não soube lidar com os hormônios e aquela avalanche de emoções.  Isabelle era tão pequena, era só uma criança de 2 anos pedindo colo, mas eu estava tão cansada, tão apavorada que não soube entender sua suplica. Quando fecho os olhos, ainda consigo escutar seu choro na porta do quarto pedindo atenção e carinho. Ela não conseguia expressar em palavras seus sentimentos e eu não soube entender seu pedido.  Ela chorava, e eu “tentava” ignorar. Faltou empatia, serenidade, calma. Eu não soube acolher (sua dor e seu amor). Eu não consegui demonstrar que o meu amor por ela permanecia inalterado. A nossa rotina tinha mudado, o foco, a vida. A gente se distanciou. Eu falhei. Com ela e comigo. E essa é uma dor minha, uma ferida que ficou aberta no meu peito por muito tempo.
Há alguns dias recebi uma missão da escola das meninas: selecionar doze fotos por criança para o dia das mães. E foi um mergulho nas lembranças.
As minhas filhas tiveram mães completamente diferentes no início das suas vidas. Embora eu tenha cometido erros (tentando acertar) e acertos, e continue tentando e aprendendo e perdendo a paciência, e surtando de vez em quando, e tentando mais uma vez, estamos sobrevivendo e eu tenho certeza, pelos registros que eu vi, que a gente tem uma vida massa para caramba. As meninas são crianças felizes.
E eu, que sempre digo para elas que elas são a luz dos meus olhos, percebi, através de inúmeras fotos, que eu sou o sol delas. Que mesmo quando eu não estou olhando, é para mim que os seus olhos estão voltados. As fotos sem noção que eu tiro, fazendo caras e bocas, saltando, e deixando capturar toda a emoção, energia e vitalidade que há em mim, elas também já fazem. Nossos registros são de momentos, de vida, de emoções. No nosso álbum de fotografias, cada foto conta uma história, e a gente tem mania de colecionar momentos. Foto posada, penteada, e com postura impecável, contamos nos dedos. Foto boa é aquela que a gente viaja no tempo e consegue, fechando os olhos, escutar os sons, sentir os cheiros e sorrir de gratidão e leveza da alma.
Enquanto eu re-visitava as nossas memorias através das fotos, eu percebi que a ferida aberta já estava cicatrizada e eu, que sempre achei que a Maria fosse o meu grudinho, e a Isabelle minha menina independente que se “afastou” da mãe, vi que o meu imaginário é bem maior que a realidade. A Maria, infelizmente, nunca terá a mãe que a Isabelle teve, nem as dores da irmã. A gente segue tentando se ajustar, dia-a-dia. Aprendendo, errando, acertando. E nessa dança da vida, eu sei que ainda vou balançar e suar um bocado. Mas lá no futuro, eu sei que a gente vai olhar para trás e ter certeza que tivemos uma vida leve. E a paciência, às vezes, até faltou, mas o amor, esse sempre imperou!

Texto: Lívia Lins Torquilho
#devaneiosdelivia


sexta-feira, 27 de abril de 2018

Isabelle e sua sensibilidade


Festinha no colégio, ela me fala que não quer participar.
- Mãe, eu não queria ir pra festa do Leon na escola.
- Por que filha? Tu não gosta do colega?
- Gosto, mas é que é de “Deadpool”.
- O que é isso?
- Mãe, é um desenho muito violento. Não é coisa de criança não. O “herói” arranca os braços, a cabeça das pessoas, tem muito sangue...
- Isso é herói ou monstro?
- Eu não sei, o Leon que me disse que é um herói.
- Vixe, filha, pois então diz pra tia que tu não quer participar, mas eu acho que a festa será na sua sala....
- Mãe, mas na minha sala só tem 7 crianças, o Miguel também falou que não quer ir, se eu faltar só irão 5 crianças. Vai ser triste uma festa com só 5 crianças. Mãe, eu tive uma idéia, tu manda meu lanche que eu não vou comer nada dessa festa, mas eu vou!

#tenhoumaanãemcasa
23/04/2018

terça-feira, 10 de abril de 2018

Apresentação da Páscoa


Quinta feira passada foi dia de apresentação de Páscoa na escola. A primeira apresentação da Maria. Ela dançou lindamente, como uma menina de 2 anos. Enquanto ela dançava e se divertia, eu me enchia de orgulho, mas não pude deixar de lembrar da primeira apresentação da Isabelle na escola. Não é comparação, é lembrança. Isabelle, na época, não dançou, ficou juntos com os colegas, na frente da plateia, mas “congelou”. Eu fiquei frustrada, triste, zangada. Não com ela, mas comigo por criar expectativas nela. Que culpa tinha ela? Era apenas uma menina de dois anos. Assustada com a plateia.
Pouco depois da apresentação da turma da Maria, Isabelle com sua turminha fez sua apresentação. Ela dançou lindo, e com notória disciplina e concentração, como uma pop star. Ela brilhou. Eu, como mãe, estava com o coração cheio de orgulho.
Mas não pude deixar de perceber, que em algumas apresentações haviam desfalques de crianças. Crianças que não se apresentavam, que desistiam de entrar no placo e mostrar suas performances. As professoras intervinham, tentavam convencer, mas ao final respeitavam a vontade de cada criança.
A medida que eu observava as reações das crianças e o “insucesso” das professoras com as que não queriam se apresentar, eu me envergonhava do meu “orgulho”. Me envergonhava de perceber que minha filha havia amadurecido ao longo desses três anos, mas eu não, eu continuo a projetar minhas expectativas nelas. Eu me envergonhava de ainda não aceitar que cada indivíduo tem suas próprias vontades, mesmo que este seja uma criança. Eu me envergonhava ao perceber que cada ser tem sua própria história e mesmo que esta se entrelace na minha, não é a minha, e eu não posso impor a minha vontade, os meus anseios e sonhos frustrados a ele.
A princípio, eu pensei em como deve ser frustrante para os pais virem a apresentação do filho e este não se apresentar, e eu me compadeci. Mas depois, pensei melhor e refleti que talvez essa nem seja a expectativa deles. Talvez eles simplesmente respeitem a decisão e até apoiem, pois não há nada pior que fazer algo que não dá prazer, algo obrigado, estressante e que pode até desencadear um certo pânico.
Eu sei, racionalmente, eu sei que as pessoas têm habilidades diferentes. Eu também sei que criar expectativas é algo inerente ao ser humano, mas eu ainda ei de aprender a respeitar as diferenças, inclusive as vontades contrárias às minhas, e a evitar futuras frustrações. Por enquanto eu me envergonho de ser uma mãe humanamente imperfeita.

#reflexãodepáscoa
#devaneiosdelivia

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Conselhos para minhas filhas

1. Siga sempre o seu coração, ele é bússola;
2. Escute sempre o papai e a mamãe, eles estão quase sempre certos, e só querem o seu bem, mas não deixe de escutar o seu coração;
3. Dinheiro é bom, mas desconfie do que vem fácil;
4. O essencial dinheiro não compra. Cuide em ser, não em ter;
5. Estude, trabalhe duro. Só o esforço e a persistência levam ao sucesso;
6. Gaste seu tempo com o que te dá prazer. A vida é curta. Tempo vale mais que ouro;
7. Viaje. Pra perto ou pra longe. Não importa o lugar. Viagens sempre te deixará mais rica;
8. Coragem, menina! Se arrisque. O medo serve apenas para te fazer pensar duas vezes. Ouse. Saia da sua zona de conforto. Se permita experimentar o novo;
9. Não deixe o medo te paralisar. Enfrente-o;
10. Pondere. Pense. Questione. Não tome decisões no calor do momento;
11. Não tenha medo de mudar de opinião. Leia. Seja curiosa. Se inteire do mundo;
12. Aprenda outros idiomas. Eles te darão asas. Podem abrir portas;
13. Seja gentil. Com os outros e com você;
14. Não julgue. Calce os sapatos do outro;
15. Seja tolerante. Seja generosa. Tenha compaixão;
16. Repeite opiniões e limites. Os seus e o dos outros;
17. Não há erros sem consertos. Para tudo há solução;
18. Seja criativa;
19. Demonstre, expresse seus sentimentos;
20. Seja verdadeira, mas cuidado para não magoar sem necessidade;
21. Tenha empatia;
22. Divida. O pão, o afeto, as palavras;
23. Fale menos. Escute mais. Você tem dois ouvidos, só uma boca. A natureza é sábia;
24. Ande descalço, se conecte com a natureza;
25. Sinta o cheiro do mar, mergulhe, sinta seu corpo salgar;
26. Olhe para o céu. Na adversidade, olhe pro céu. Na alegria, olhe pro céu. O universo é imenso;
27. Inspire, respire... Deixe o ar penetrar no seu corpo;
28. Ria, de você, das situações, das piadas sem graça. Gargalhar é prece;
29. Seja fiel. A você, ao que acredita. Seja autêntico;
30. Desacelere, contemple;
31. Se desconecte (do virtual). Prefira relações reais. Olho no olho faz milagres;
32. Abrace. Faça contato coração com coração. Abraço é casa. Coração é morada;
33. Sonhe. Mentalize. Seja positivo. O universo conspira;
34. Tenha fé. Há um ser supremo que rege todas as coisas. Não existe acaso, existe Deus;
35. Milagres acontecem. Tenha sensibilidade para percebê-los;
36. Chore. De rir, de cansaço, de medo, de alegria. Põe pra fora o que te faz mal. Lágrima cura;
37. Tenha amigos. Não precisa ser muitos, mas tenha alguém que possa confiar;
38. Coma com prazer;
39. Celebre, inclusive os momentos não tão grandiosos, a felicidade está nas pequenas coisas;
40. Existe a lei do retorno;
41. Tenha filhos;
42. Se exercite. Não pela estética, foque na saúde, na endorfina;
43. Cuida da sua aparência, ela reflete o que se passa na sua cabeça e no seu coração;
44. Não se corrompa, nem mesmo pequenos delitos. Seja íntegro;
45. Não tenha vícios, nem compulsões. Não exagere, busque o equilíbrio;
46. Dance, cante. Seja leve;
47. Espalhe alegria e bom humor;
48. Tente não reclamar. Não se lamente. Não se atormente. O mau humor afasta as pessoas;
49. Seja agradável. Seja alguém que você gostaria de ter por perto. Seja sua melhor companhia;
50. A tristeza e a frustração são inevitáveis. Não deixe que elas se hospedem, permita apenas visitas (rápidas);
51. Tenha alguém que te faça querer voltar para casa;
52. Não se distancie dos seus ideais, lute pelo que você acredita;
53. Encante. Se encante;
54. Não perca o brilho nos olhos;
55. Perdoe. Não pelos outros, mas por você. Feridas abertas infeccionam. Deixe cicatrizar;
56. Você não é melhor que ninguém.... nem pior;
57. Não leve tudo pro lado pessoal;
58. Seja agradecida;
59. Faça alguém feliz;
60. Ame. Com todo o seu coração. O amor salva (isso é brega, mas é verdade).

#devaneiosdelivia


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Desfralde da Maria



A meta para 2018 era fazer com que a Maria deixasse de usar chupeta e fizesse o desfralde diurno.
Em janeiro, em uma semana, conseguimos eliminar o uso da chupeta.
O desfralde eu esperei para pós carnaval. No dia 1º de março começamos a saga. Maria já dava sinal que estava pronta para desfraldar. Ela se comunica bem, e sempre avisa quando vai fazer cocô, mesmo estando de fraldas. O xixi não era avisado, mas ela se incomoda em estar suja, portanto, achei que seria o momento.
A pediatra me aconselhou a iniciar o desfralde de maneira lenta, deixando-a de calcinha por curtos períodos em casa, até ela se adaptar, começar a perceber e a controlar o esfíncter. E assim fizemos, ela ia para a escola de fraldas, ficava por toda a manhã com a fralda e só deixávamos ela de calcinha na parte da tarde, pós a soneca do almoço. Passamos uma semana tentando desfraldá-la somente em casa e houveram vários escapes. Confesso que em alguns momentos me irritei e achei que EU não estava preparada para o processo. Quase desisti. Ao mesmo tempo que sabia que tinha que passar tranquilidade e segurança para Maria nesse momento, me frustrava, me angustiava e me irritava a cada escape. A professora, que foi grande parceira nesse processo, quando soube da nossa intenção em desfralda-la, sugeriu que mandássemos calcinhas e shorts extras para que o desfralde fosse feito em conjunto com a escola. Aceitamos a sugestão e a ajuda. E foi superpositivo. Quando decidimos desfralda-la por completo, em casa e na escola, o desfralde aconteceu mais rápido e natural. Maria compreendeu mais facilmente e logo gostou de usar o penico e o vaso, como uma “menina grande”. Ela adorou a novidade de estar só de calcinha. Por falar em calcinha, comprei várias calcinhas de seus personagens favoritas e um livro: Princesa Polly e seu penico, que se tornou seu livro preferido, ela o carrega para todo lugar.
O seu primeiro xixi no penico, demorou alguns logos minutos sentada, ela no penico e eu a seu lado, lendo o livro, brincado e interagindo com ela. Quando ele veio, fizemos festa, comemoramos e nos despedimos dele no vaso. O cocô, eu imaginei que fosse demorar algumas semanas até ela se acostumar a fazer a evacuação sentadinha. Ela sentava no vaso, tentava, tentava e se dava por vencida. Pedia a fralda para fazer cocô, eu colocava (com medo de constipação), foi quando a pediatra me sugeriu que colocasse um apoio para os pés, pois isso daria uma maior segurança e ajudaria na prensa abdominal, usando os músculos do abdômen para ajudar na evacuação. Segui tal orientação, e, tcharãn, logo tivemos cocô no vaso.
A primeira semana de desfralde foi bem tensa. Realmente pensei em desistir, mas persisti. Na semana seguinte, Maria desfraldou, sem nenhum escape. Na terceira semana, ela teve uma virose com diarreias, por questão de segurança e conforto, voltei a colocar a fralda, mas ela ainda assim avisava sempre que queria fazer xixi e cocô e se incomodava com o uso da fralda. Temi por uma regressão, mas ao ficar boa da virose e removermos novamente o uso das fraldas, nenhum escape. Hoje, 24 dias depois do primeiro xixi no penico, posso afirmar que ela está totalmente desfraldada durante o dia!

Obs: Ela faz uso da fralda ao dormir: soneca da tarde e à noite, apesar de reclamar.

#relatosdelivia #desfraldedamaria
06/04/2018

terça-feira, 27 de março de 2018

"Amor demais só dá problema"

Maria conversando com a mãe do menino que falou pra Isabelle que queria casar e ter filhos.
- a Isabelle vai ter um filho, viu? E eu também!
- Ah, você só vai ter um?
- É, porque "amor demais só da problema"!!!


Aguento não!!!!

Maria, 2 anos e 6 meses.
#quemmandounegodoborelensinarnamusica #ameninaaprendeu #perolasdemaria

quinta-feira, 22 de março de 2018

Planos de Isabelle

Isabelle e um coleguinha conversando:
- Eu vou casar e ter muitos filhos!
- Ah, eu não vou casar e nem ter filhos. Eu vou é viajar. Quero crescer logo pra viajar muito.
A professora que ia passando, pára e questiona:
- Você não vai casar, Isabelle?
Ela reafirma o que falou:
- Vou não. Eu quero é viajar muito! Filhos dão muito trabalho e eu não quero casar!

#pérolasdeisabelle
#elanasceucomasas

quinta-feira, 15 de março de 2018

Fome ou bebê?

Ontem, dentro do elevador, eu comento com a Isabelle:
- Minha barriga tá doendo.
- Será que tem um bebê aí dentro?
- Tá doida, menina? Tá doendo, mas é de fome.
Ela imediatamente, junta as mãos em oração, e, olhando para o alto, começa:
- Papai do Ceú, por favor, coloca um bebê na barriga da mamãe.
Eu, mentalmente:
- Perdoa, Senhor, ela não sabe o que pede!!!

#causosdefamília #essaminhafilhaquerpirarmeucabeção #perdoaSenhor #tenhoestruturanão
(07/03/2018)

Isa- belle

Isa-belle. Várias meninas em uma. Minha caixinha de surpresas. Hora ela é doce, simpática, educada, comunicativa. Mas tem momentos que é arisca, ardida, reclusa, emburrada. Personalidade forte. Não sorri para qualquer um, nem para qualquer coisa, mas quando o faz, é sorriso verdadeiro, com a boca e os olhos. É sincera, leal. Não faz tipo. É esperta, argumentativa e curiosa. Menina vaidosa, criativa, caprichosa. Detesta ser apressada. Gosta de cuidar dos outros, principalmente dos "fracos e oprimidos". Tem memória de dinossauro. Raciocínio lógico e rápido. Gosta de se socializar, mas fica bem estando só. Ela é princesa e heroína, depende do humor. É a primogênita, a irmã mais velha.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Maria, mulher!


Hoje, ao buscar Isabelle na escola, fui até sua sala acompanhada da Maria. Na saída da sala, a professora chama um colega, que a mãe também estava à espera, e, entrega a ele um chocolate para ele dar para Isabelle. O menino entrega o chocolate e dá um abraço. Maria observar e fala: “eu também sou mulher!” A mãe do garoto orienta: “Filho, ela também é mulher, dê um abraço nela”. O menino a abraça, ela sai feliz e satisfeita, foi reconhecida e acarinhada!

#perolasdemaria
08/03/2018

quarta-feira, 7 de março de 2018

Minhas meninas, minhas princesas!


Isabelle e Maria,
Vocês não sabem a alegria que senti no dia que descobri que vocês, os bebês que estavam na minha barriga, seriam meninas. Eu adoro ser mãe de meninas. Eu adoro arrumar, por laços e flores nos cabelos de vocês, fazer penteados. Adoro ver a vaidade de vocês e como vocês ficam felizes e realizadas frente ao espelho, apreciando quão belas vocês são.
Amores, vocês são lindas. Mesmo descabeladas e desarrumadas, vocês são lindas, naturalmente lindas, “da cabeça aos pés”. Além de lindas vocês são inteligentes, dotadas de bravura e fortes.
O mundo hoje está meio doido, isso é um fato. Tem gente achando que chamar uma menina/ mulher de princesa é diminui-la. Sabe o que acontece? Quem pensa assim não conhece vocês. Desconhece o que é ser princesa–aventureira. Meninas que não abrem mão de trajar vestidos ou saias rodada, usar laçarotes nos cabelos, brincos nas orelhas, sapatos com brilho, mas que se realizam igualmente ao correr com os pés no chão, escalar, pular em poças de águas, jogar bola. As pessoas ainda não perceberam que a gente pode ser o que quiser e, mesmo sendo princesa, pode ser super-herói. O mundo está precisando ser salvo, salvo de gente de mente pequena e ignorante. De gente engessada que não pensa fora da caixa, de gente sem amor e respeito pelo próximo. Eu só quero que vocês saibam que não é um gênero, um órgão sexual que define vocês. Vocês são meninas lindas, princesas. Mas isso não significa que são frágeis, que vieram ao mundo à passeio, ou à espera de um príncipe encantado. Eu espero que vocês continuem assim, princesas, e, quem sabe no futuro, caso desejem, virem rainhas, da própria vida. Ser princesa, meus amores, é ter comportamento, atitudes e porte de uma “lady”. Sejam donas dos seus próprios destinos, sonhem alto, voem, corram em busca dos seus objetivos. Suas vidas, suas escolhas. Eu sei que vocês se tornarão mulheres destemidas, poderosas, fortes e confiantes, mas não percam a sensibilidade, a doçura e a delicadeza. Não permitam serem tratadas diferente por conta do sexo, cor, ou ideologias.  Sejam realizadas, sejam felizes.

Com amor,
Mamãe.

Texto: Lívia Lins Torquilho

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Ah, esse amor!


Ah minhas filhas, um dia vocês vão entender o mais nobre, enlouquecedor e puro sentimento, aquele que faz a alma transcender.
Ah, esse amor!
É tão grande que chega a doer, no peito parece não caber. No olhar chega a transbordar, um rio faz jorrar e a boca sorrisos emoldurar.
Ah, esse amor!
De tão intenso chega a faltar ar, tão genuíno que faz levitar, tão simples quanto o respirar, tão forte como o coração a pulsar, tão claro quanto o sol a raiar.
Ah, esse amor!
Que faz o sono perder e a voz chega a faltar. O cético em Deus passa a acreditar, é ele quem tem esse poder, um novo sentido à vida dá, milagres faz acontecer.
É pesado. Leva ao limite da exaustão. Ensina sobre perdão. No peito faz brotar a compaixão e a gratidão.
Ah, esse amor!
Que faz perder o norte. O forte faz frágil e o fraco faz forte. A certeza por terra faz cair, e no coração duvidas surgir. Faz o humano se reinventar, sempre em busca por melhorar.
Ah, esse amor!
Avassalador, arrebatador.
Fonte de cura, ternura, esperança, confiança, leveza e beleza.
Vem da alma. Não dá para explicar. É profundo, não é desse mundo. É humano, mas se aproxima do divino. Exerce um inexplicável fascínio. É indescritível, infinito, não dá para dimensionar, nem comparar. É pleno, absoluto, incondicional. Assim é o amor por um filho, exponencial, irracional.
Ah, esse amor!
Texto: Lívia Lins Torquilho

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O amor que que faz voltar e ficar

E hoje eu perdi a linha. Ali, na hora do almoço, ou melhor, após os 60 minutos do início do almoço (sem fim) da Isabelle, entre brigas de crianças e uma dona de casa estressada tentando resolver a falta de energia de casa, tentado entender o funcionamento do quadro elétrico, que eu me descontrolei e descontei nelas, a minha frustração, a minha falta de paciência, a minha vontade de fugir.
Segundos antes, eu pensei que seria melhor eu sair dali, de perto delas. Mas não, eu não fiz, por responsabilidade e compromisso com elas e comigo.
Briguei, gritei,  descontrolei-me, tudo que o manual da boa mãe manda não fazer. Peguei Maria no colo, fui colocá-la para dormir. Isabelle ficou chorando, pedindo desculpas e pedindo atenção. Eu precisava sair dali, me acalmar para voltar e falar com ela.  Depois que Maria dormiu, fui conversar com a Isabelle. Ela pediu para dormir comigo e eu fiquei pensando: “é Lívia, você nunca mais será amada desse jeito.” Eu acabei de gritar e brigar com a menina e ela vem, pede colo, carinho, aninha-se nos meus braços e dorme um sono sossegado e tranquilo. E aí foi a minha hora de chorar de culpa, de fracasso, de frustração.
Minhas duas meninas dormindo ao meu lado e eu só pensava: um dia vocês vão me entender. Vocês, se Deus permitir, terão filhos, e vão sentir na pele e nos ouvidos o que é não ter mais uma refeição em tranquilidade, o que é não ter mais direito de uma visitinha ao banheiro com privacidade, vão perceber que já não são donas das próprias decisões, que tudo, absolutamente tudo o que vocês decidirem, será baseado no bem-estar dos filhos de vocês. Vontade até se tem de sumir, de fugir, mas há um a força maior, um cordão invisível que sempre nos leva de volta e nos faz ficar, mesmo estando à beira de um colapso nervoso. É o preço que se paga por esse amor... incondicional.

Texto: Lívia Lins Torquilho

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Maria & Fernanda


Maria. Era para ser Maria Flor, mas o pai, o pai não, aquele “carinha” lá do cartório preferiu Maria Fernanda.
Eu tenho pra mim que a Maria é a menina doce e apaixonante e a Fernanda é a pimentinha travessa e implicante. A Maria é a melhor companhia, a topa tudo, a criaturinha mais empolgada que conheço. A Fernanda bate pé e bate de frente, é decidida e independente (apesar dela usar o “Mamá tó”). A Maria tem um sorriso encantador, tem a voz doce que desarma, amolece e ganha qualquer um. A Fernanda não nasceu pra ser coadjuvante. A Maria é calmaria, a Fernanda é furacão. Maria é festa de Natal, Fernanda é terça feira de Carnaval (pedindo a Deus que nunca acabe). A Maria é uma graça e a Fernanda é cheia de graça. Que sorte a minha de ter duas numa só!

Texto: Lívia Lins Torquilho
22/02/2018
Maria – 29 meses

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Adaptação da Maria na Escola



1º dia: O Igor deixa elas (Isabelle e Maria) na escola. Antes das 8:00 eu chego na escola para ele ir trabalhar e eu ficar à disposição da Maria. Fiquei me escondendo pela escola, mas ela nem tchuiu para mim. Na sala de aula, ela ficou quietinha, sem querer conversa com ninguém, as outras mães até comentavam que ela era a que estava sentindo mais. Mas na verdade, ela estava observando tudo, se ambientando. Levei-a para casa às 9:30.
2º dia: O Igor deixo-as na escola. Às 8:00 eu chego na escola, fui até a sala da Maria e vi que ela estava super bem. Fiquei no pátio por 10 minutos e decidi ir embora, falei com a coordenadora para caso a Maria chorasse, me ligassem que voltaria de imediato. Voltei para busca-la às 10:00. Ela foi todo o caminho no carro falando: EU-NÃO-QUE-LO-IR-PLÁ-CA-SA!
3º dia: O pai deixou na escola e seguiu para o trabalho, eu só fui para a escola às 10:30. Maria estava no parquinho com as outras crianças, não me viu. A professora falou que ela estava muito bem, que se eu quisesse poderia ir busca-la só às 12:00. Eu dei meia volta e voltei a trabalhar.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Frustração e a mudança de humor

Uma semana de aula. Duas reclamações, na mesma semana. O comportamento instável da minha menina. Basta uma frustração e o humor dela desanda. Coisa de menina mimada. Mas quem mima? Eu sou uma mãe chata, ruim mesmo. Daquelas que ela, Isabelle, olha e diz: "eu não gosto de você". Essa frase, que já nem me ofende, é o meu indicador de que estou no caminho certo. Sempre que essa frase é proferida, eu olho para ela (olhos nos olhos) e explico: “você tem todo o direito de não gostar de mim, mas eu sou sua mãe e mesmo que você não goste, você vai me obedecer e me respeitar. E se eu não faço o que te convém só para te agradar é porque eu te amo infinitamente e eu não quero criar um ser humano desagradável, que no futuro as pessoas não irão querer ter por perto”.
Frustrar minha filha nunca foi problema para mim, acredito que faz parte da boa educação. Crianças frustradas se tornam adultos melhor resolvidos. Não ter tudo o que se quer, receber “nãos” faz parte do aprendizado e do amadurecimento. Não há formulas para criar um ser humano. Isabelle tem 5 anos, a fase da birra ainda persiste. Isso me irrita, me frustra. Não sou omissa, tento ser o mais presente possível. Converso, oriento, explico, mas ela tem mudanças de humor em cada frustração.
"Isabelle, eu tenho um segredo para te contar: eu também detesto ser frustrada, não conheço um ser humano que goste. Mas a gente tem que aprender a superar. Pode até chorar, gritar, esmurrar a parede. Desabafar, de alguma forma, alivia. Frustar-se dói, mas superar nos faz crescer! Minha filha, a mamãe também se sente frustrada vez em quando, no entanto, eu não saio batendo o pé, nem me jogando no chão. As lágrimas, às vezes, insistem em cair, e, por vezes eu também prefiro ficar só no meu cantinho. Isso não é errado e nem nos faz menos fortes. O que não legal é não externar/ expor nossos sentimentos. Quando expomos o que sentimos é mais fácil resolver os problemas. Tente resolvê-los rapidamente. Não perca os momentos preciosos de aprendizagem, brincadeiras e convivências com as pessoas que te cercam por bobagem, birra ou orgulho".
Ter o filho elogiado é balsamo para alma. Mas quando vem reclamações, o sentimento é de frustração, de derrota. É como receber uma prova com nota insatisfatória. Se eu me sinto triste? Claro, mas acho muito importante esses “feedbacks”. São eles que me orientam, que me norteiam na educação das meninas. Há um ditado africano que diz: “é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”.  Eu sou muito grata às pessoas que nos cercam e que demonstram afeto e cuidado conosco. É difícil criar um filho, é responsabilidade grande, talvez o meu maior desafio da vida. Não sou perfeita, nem sou sabedora de todas as coisas, mas saber que tenho pessoas que nos apoiam e nos ajudam nessa jornada torna o caminho mais leve.

#devaneiosdelivia

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Novos amigos

Meu irmão conversando com a Maria sobre os primeiros dias de aula.
- Maria, você já fez muitos amigos na escola?
- Sim, a Mamá tem vários amigos.
- Então é fácil fazer amigos?
Isabelle que escutava a conversa brincando com a Bruna (a baby alive que engatinha, fala, faz xixi, só não estuda porque escola tá caro mesmo) responde:
- Ah, é muito fácil, é mais fácil que fazer essa boneca engatinhar!!!

#perolasdeisabelle

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Roteiro Belém e Ilha de Marajó


Roteiro Belém e Ilha de Marajó


A nossa família adora sair pelo mundo colecionando momentos, histórias e destinos. Dessa vez o destino escolhido foi a bela capital do Pará e a Ilha do Marajó. A aventura foi garantida!


1º Dia
O nosso voo Fortaleza – Belém foi pela manhã, ao chegarmos ao nosso destino deixamos nossas coisas no hotel e seguimos para Estação das Docas, antigo porto fluvial de Belém, revitalizado no ano 2000. Hoje é um complexo turístico de 500m de extensão, dividido em três armazéns, o Armazém 1: Boulevard das Artes, lá é possível encontrar produtos relacionados ao artesanato regional, roupas e biojóias à venda. No Armazém 2: Boulevard da Gastronomia, há vários restaurantes que oferecem pratos requintados utilizando matéria prima típica da região. E ainda há o Armazém 3: Boulevard de Feiras e Exposições. A Estação das Docas é um local muito agradável, fica às margens da Baía do Guajará e é bem policiado, seguro. Um ambiente bem familiar. A vista do pôr do sol de lá é bem bonita. Almoçamos no Armazém 2, no restaurante Lá em Casa (comida muito boa e regional), para sobremesa, escolhemos o famoso sorvete da Cairu, que fica no mesmo galpão dos restaurantes, nossa escolha foi pelo sabor mestiço (tapioca com açaí).
Após o almoço, caminhamos um pouco pela Estação Docas e seguimos para conhecer o Ver-o-Peso, ao lado da Estação. O mercado Ver-o-Peso é o cartão postal da cidade. É a maior feira livre da América Latina, lá é possível encontrar barracas de frutas, peixes, ervas, temperos, doces, essências, artesanato, também é possível fazer refeições por lá, apesar de o ambiente não parecer muito higiênico. Infelizmente, fomos no período da tarde e o Mercado de Ferro já estava fechado, não pudemos entrar para apreciar a arquitetura do local.
Após o passeio pelo Ver-o-Peso, voltamos à Estação das Docas para fazer um passeio de Barco pelo Rio Guajará e Guamá. O passeio “Orla ao Entardecer” tem duração de aproximadamente uma hora e meia, e mostra a cidade de uma perspectiva diferente. De dentro do barco é possível ver alguns pontos turístico da cidade, como: a Estação das Docas, Ver-o-Peso, Forte do Presépio, a Casa das Onze Janelas, a Catedral, o Magal das Garças. O passeio é embalado por música ao vivo e apresentações de danças típicas, como o carimbo, o siriá e o retumbão. O passeio sai da Estação da Docas às 17:30 e custou R$ 40,00 (adulto) e R$ 20,00 (criança). As meninas adoraram o passeio, principalmente as apresentações de dança.
Ao desembarcamos na Estação, aproveitamos para degustar algumas das cervejas da Amazon Beer (cervejas artesanais) e para petiscar pedimos um bolinho de pato ao molho de tucupi, que surpreendeu no sabor. Jantamos uma massa no Restaurante Capone, ainda na Estação.

2º Dia
Dia de atravessar o Rio Guamá e conhecer a Ilha Combú. Essa ilha é uma das 39 ilhas de Belém e ficou famosa pela produção de chocolates artesanais, feito do cacau plantados nos quintais das casas erguidas sobre palafitas.
O passeio até a Filha do Combú foi agendado antecipadamente com o Mário Cesar Carvalho (91 9388-8885). Há dois tipos de passeios para conhecer a propriedade, menu degustação e menu café da manhã. Optamos pelo menu degustação, com o custo de R$ 45,00 (adulto) e criança menor de 6 anos gratuito. O pacote inclui a travessia da Praça Princesa Isabel à propriedade (ida e volta); acolhida com a D. Nena, apresentando um pouco da sua história com a produção do chocolate; uma trilha curta pela floresta Amazônica, para conhecermos a plantação de cacau e outras arvores frutíferas nativas da região; processo produtivo do chocolate (extração da polpa, fermentação, secagem, torra e obtenção da amêndoa pura); em seguida é oferecido a degustação de alguns produtos da fábrica.
O passeio até a Ilha do Combú foi um dos pontos altos da viagem. Muito bom ver e mostrar para as crianças um pouco da diversidade do nosso país. Conhecer como vivem a população ribeirinhas, em casas de palafitas, o meio de transporte precário, porém funcional. Fazê-las caminhar no meio da floresta (embora dentro de uma propriedade), em total contato com a natureza.
A visita a propriedade de D. Nena durou 2h30mim. De lá seguimos para o Solar da Ilha, um restaurante bom, na ilha, com piscina para as crianças brincarem e se refrescarem enquanto esperávamos o prato chegar. Pedimos uma caldeirada para almoçar, esse prato é uma delícia e se assemelha muito com a nossa peixada; e uma isca de peixe de filhote para as crianças almoçarem, uma delícia.
Duas observações sobre o restaurante: a piscina do restaurante não é muito rasa e há um desnível. Estávamos com duas crianças com altura próxima a 1,10m e uma delas, por não saber do desnível, ia se afogando. Acho conveniente o restaurante sinalizar/ informar o desnível da piscina. Fomos ao restaurante numa quinta–feira, e não haviam muitos clientes, ainda assim nosso pedido demorou cerca de 45min (no momento que fizemos o pedido havia sido informado que o tempo de espera seria de 20 à 25min).
Após voltarmos ao continente, seguimos para o Museu Emílio Goeldi. O museu é uma instituição pública, de propriedade do governo federal. Não entramos no museu, ficamos apenas na área do parque zoobotânico. Lá vimos diversas árvores frondosas, vitórias régia e até ervas, formando um bosque. Mas o que mais chamou atenção das crianças foram os animais (lá também tem um mini zoológico). Pudemos ver de perto: onça pintada, ariranha, jabuti, anta, macaco, diversas aves, peixes, cobras, lagartos, jacaré, entre outros.
Achei o local bem agradável e no centro da cidade, porém apesar de o local ser limpo, os animais bem alimentados, percebemos um certo descaso do poder público com o recinto. Percebemos a falta de manutenção preventiva e corretiva em alguns equipamentos (o que é uma pena).
De lá seguimos até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que fica a dois quarteirões do museu. A Basílica é belíssima, e é a única basílica da Amazônia brasileira. A festa do Círio de Nazaré, a maior procissão mariana do mundo, tem início na Catedral metropolitana e termina na Basílica. A imagem da Virgem de Nazaré fica no altar central, protegida por um vidro blindado.

3º Dia
Começamos o dia com uma caminhada pela Praça da República. Uma praça grande no centro da cidade, onde as meninas puderam correr um pouco. De lá seguimos para a visita guiada pelo Theatro da Paz, onde foi possível conhecer um pouco da história do local e da própria cidade. O Theatro é muito bonito e rico, fruto de recursos advindos do Ciclo da Borracha. Na decoração do Theatro é possível observar materiais oriundos da Europa, como o lustre e as estátuas de bronze (França), o piso (pedra portuguesa), a escadaria e diversas outras pedra em mármore (Itália).
Há visitas guiadas de hora em hora, das 9:00 às 17:00, com intervalo de 13 às 14:00 horas. A taxa para visitação é de R$ 6,00 (adulto), estudantes e idosos pagam meia entrada.
De lá seguimos para o Complexo Feliz Lusitânia, que fica localizado na região mais antiga de Belém, o complexo abriga o Forte do Presépio, a praça Dom Frei Caetano Brandão, a Casa das 11 Janelas, a Igreja Santo Alexandre (Museu de Arte Sacra) (não visitamos) e a Catedral Metropolitana.
O Forte foi construído para proteger a Amazônia de eventuais invasores, de lá se tem uma vista belíssima da Baia do Guajará e é possível tirar uma foto bacana do Ver-o-Peso.
A casa das 11 Janelas era a antiga propriedade do senhor de engenho de açúcar Domingos Bacelar, sendo posteriormente adquirida pelo Governo do Estado para abrigar o Hospital Real. Após algumas modificações no projeto, hoje a propriedade é conhecida por Casa das Onze Janelas e o local é utilizado para exposições de artes contemporâneas e mantém um acervo de obras de artistas renomados.
O museu de arte Sacra é formado pela Igreja de Santo Alexandre e o Colégio de Santo Alexandre, tem arquitetura jesuíta.
A catedral de Belém foi fundada como Igreja de Nossa senhora da Graça, tem estilo barroco-colonial e neoclássico. Lá se encontra o maior órgão da América Latina. Um Cavaillé-Coll.
A Praça Dom Frei Caetano Brandão, fica no centro do complexo. Seu nome é em homenagem ao Bispo do Pará, muito conhecido por cuidar dos enfermos em suas viagens pela Amazônia e com os índios e pobres.
Do complexo, seguimos para o Mangal das Garças, onde almoçamos no restaurante Manjar das Garças. O restaurante funciona no almoço como buffet, pagamos o valor de R$ 76,00 por pessoa e pudemos comer à vontade, as crianças não pagaram. A comida é deliciosa e foi possível experimentar diversos pratos típicos.
Após o almoço fomos passear pelo Mangal. Do mirante é possível ter uma vista belíssima do Rio Guamá. No borboletário do parque pudemos ver a soltura das borboletas, as meninas ficaram encantadas, ainda no Mangal pudemos ver de perto várias aves, inclusive flamingos, répteis (cruzando nosso caminho), caranguejos (no mangue) e a belíssima revoada das garças, no momento de sua alimentação.
Segue o link da programação e horário da alimentação dos animais: http://www.mangaldasgarcas.com.br/pagina/programacaodiaria .
4º Dia
Seguimos para o terminal hidro fluvial de Belém para embarcarmos numa lancha rápida com destino à Ilha do Marajó. O valor da passagem custa R$ 48,00 (adultos e crianças a partir de 3 anos). O tempo de travessia é de 2 horas até a cidade de Soure. Ao chegarmos em Soure, seguimos para uma pousada fazenda onde nos hospedamos por uma noite. Na fazenda pudemos fazer o passeio de búfalo (montaria e charrete), após o passeio foi oferecido pela fazenda um lanche (café, bolinho, pães, manteiga de búfalo, produzida na própria fazenda). De lá seguimos para a M’Barayó, casa do índio Carlos Amaral, onde vimos a confecção de uma peça em cerâmica marajoara e ouvimos a explicação sobre a fabricação da peça, inclusive os materiais utilizados, o significado do desenho e a pintura aplicada sobre a peça. O índio ainda contou um pouco da sua história com a arte em fazer cerâmica e a técnica ensinada por seus avós. Foi uma visita bem interessante, onde foi possível conhecer um pouco mais sobre a cultura marajoara. Após a visitação a M’Barayó, seguimos até a Praia de Pesqueiro, onde almoçamos observando a praia nativa, com infraestrutura bem precária e rudimentar. À noite, fomos até o centro da cidade, estava tendo festa na praça principal, era o aniversário da cidade.

5º Dia
Após o café da manhã, seguimos até o Curtume, onde nos foi apresentado o processamento do artesanato em couro de Búfalo. De lá, seguimos para a praia de Barra Velha, no caminho pudemos observar ninhal de pássaros, com destaque para o símbolo do Marajó, “o Guará”. Fizemos uma caminhada de aproximadamente 500m sobre uma ponte estreita de madeira, onde tivemos a oportunidade de observar a floresta de mangue, lugar que os nativos fazem a pesca de caranguejo de água doce e a extração de turú (viagra marajoara), banhada pela Baía de Marajó. A praia de Barra Velha é muito bonita, bem rustica e nativa.
Retornamos à Belém, em lancha rápida, que partiu da cidade de Salvaterra. Chegamos ao nosso destino às 16:30 e seguimos para a Estação das Docas para almoçar/ jantar e de lá seguimos para o aeroporto.

Belém tem seus encantos, um povo hospitaleiro e simpático, cultura, história e comida maravilhosa. Foi muito bom passar uns dias numa capital ladeada por rios e tendo como “quintal” a floresta Amazônica. O som, o aroma e os sabores dessa cidade nos encantou. Infelizmente, não foi possível provar do famoso peixe com açaí, pois não tivemos tempo para isso. Os restaurantes que frequentamos não ofereciam o prato. Fica para a próxima!

Obs: Dizem que em Belém chove todo dia ou chove o dia todo, ainda assim, a temperatura é bem elevada. Não esqueça de andar com um guarda-chuva, de se proteger com o uso de repelente e protetor solar e de ingerir bastante água para hidratar, porque com chuva ou sem chuva o calor é constante na capital paraense.


Roteiro de Lívia Barros Lins Torquilho, mãe de duas meninas, Isabelle (5 anos) e Maria (2 anos e 3 meses), adora levar as crianças para desbravar o mundo.
Viagem realizada de 17 à 21/01/18.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Do outro lado da câmera

Ele me manda uma foto por WhatsApp. Um presente. Uma imagem-poesia. Eu olhei a fotografia e sorri. É assim que eu desejo que ela lembre de mim. Das nossas brincadeiras, das gargalhadas, de como a gente se divertia com tão pouco. Apenas água, sol, areia, vento e nós.
Eu olho para a imagem e sei que lembrarei de cada detalhe desse momento por muito tempo. Os gritinhos estridentes, o som da gargalhada, a voz dela me chamando, o toque da água, o vento a nos abraçar, o sol a nos espiar. Ela correndo livre, explorando, registrando tudo com seus olhos curiosos.
No futuro, quando ela olhar para essa foto, é provável que não lembre especificamente desse dia, irá lembrar da mãe moleca, que corria, gargalhava e se divertia feito uma criança de cinco anos. Ela vai ver o retrato da alegria genuína, do carinho, do cuidado, do amor da mãe pela filha.
Pai, obrigada pelo registro. Obrigada, por não deixar esse momento se eternizar apenas na nossa memória e no nosso coração. Obrigada, por me permitir dar a ela uma imagem para recordar o quão belo era a nossa relação. E de como a mãe dela era uma mulher linda, que embora tivesse marcas de expressão, celulites e até uns quilinhos a mais, era fascinante. Obrigada, pai, por mim e por ela. Um dia, no futuro (distante, eu espero), quando eu não mais estiver aqui, são imagens como essas que irão acalentar o coração da nossa menina e diminuir um pouco da saudade dela de mim.

Texto: Lívia Lins Torquilho


24/1/2018

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

E a D. Rata levou a chupeta

Maria chupou chupeta desde que nasceu. Isabelle nunca aceitou. A Maria pedia pela “peta” só na hora de dormir, era colocar na boca e ela se preparar para dormir, como um ritual mesmo. As vezes ela acordava no meio da noite somente para colocar a chupeta que tinha caído enquanto ela dormia. E as vezes de manhã cedo, quando ela acordava e eu queria dormir um pouco mais, eu oferecia a chupeta, ela colocava na boca e nós dormíamos mais uma horinha.
Uma das minhas metas para 2018 era fazer ela largar a chupeta. No dia 31/12/17 fomos passar o réveillon no Porto da Dunas, e ela foi no carro com a chupeta na boca, mas quando chegamos lá a chupeta tinha desaparecido. Não encontrei de forma alguma. Aproveitei para começar a retirada da chupeta. Naquela noite, ela dormiu sem chupeta, estava tão cansada que nem lembrou da chupeta, ou melhor, até lembrou, mas sabia que a chupeta estava perdida.
No outro dia, quando chegamos em casa, eu escondi todas as chupetas dela, antes que ela procurasse. Na hora de dormir ela pediu pela chupeta, eu expliquei que ela tinha perdido a chupeta. Mas Maria é esperta e ela sabe onde guardávamos as chupetas, ela foi até a cozinha e apontou para o armário onde as chupetas deveriam estar. Eu falei que não tinha nenhuma chupeta lá e então contei uma “historinha”. Falei que quando viajamos, a D. Rata passou lá em casa e pegou as chupetas dela, porque o ratinho, filho da D. Rata, é bebezinho e ele precisava muito de chupeta. E como a Maria já é uma menina grande, a D. Rata achou que ela não precisaria mais das chupetas. Ela escutou a história atenta, mas não se convenceu. Diante da insistência dela pela “petinha”, eu prometi que no dia seguinte iriamos procurar pela D. Rata e pediríamos as chupetas de volta. Ela adormeceu sem chupeta. No dia seguinte, na hora da soneca da tarde, chorou bastante pela “peta”, mas a noite dormiu sem insistir pela chupeta. E assim seguimos durante toda a semana, ela chorava muito pedindo a “petinha” para dormir a tarde. Devido os choros, e para fazê-la entender e acreditar na história, descemos por dois dias até o parquinho para “procurar” a D. Rata, mas a “senhora” pegadora de chupetas não apareceu. No fim da semana, ela já não lembrava mais da chupeta.
O processo não foi muito fácil. Ela chorou bastante pela falta da chupeta, confesso que no 4º dia pensei em devolver a chupeta. Me questionei se estaria agindo certo. Afinal a chupeta era apenas conforto, era o ritual para dormir, era o que a fazia dormir melhor e mais fácil. Mas resisti e vencemos!
A história da D. Rata me surgiu porque pensei se caso a D. Rata resolvesse devolver as chupetas, elas estariam roídas (eu cortaria os bicos, de forma que a chupeta ficaria inutilizada). Mas a D. Rata nunca devolveu.

Texto: Lívia Lins Torquilho

16/01/2018.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Eles crescem e a saudade fica

Desci no elevador com uma mãe e seu filho recém nascidos. Ao olhar pra o bebezinho, eu só consegui falar: a gente esquece que eles já foram desse tamanho!
Se eu tenho vontade de ter um terceiro filho? Não sei se a palavra é vontade, eu tenho saudade. Saudade não do barrigão, dos pés inchados, dos quadris largos que modificam o caminhar, das roupas apertadas ou da bexiga comprimida, tenho saudade da sensação de sentir o bebê mexer, de me sentir plena, de vivenciar o próprio milagre da vida. Saudade não do medo e de toda insegurança de ser capaz de amar outro filho como amo as outras, tenho saudade do primeiro encontro. Saudade não da dor de amamentar, tenho saudades do momento da amamentação, de sentir toda entrega e troca, do olhar do verdadeiro amor, de ser fonte de vida, de ser e ter colo. Saudade não das noite mal (não) dormidas, saudade do aconchego, do calor. Saudade não de viver “cheirando” a leite (azedo), mas do cheiro da nuca e do bafinho do bebê. Saudade das mãos gordas e da pele macia. Saudade não da solidão da maternidade, do baby blues, de me sentir perdida, sinto saudades de cantarolar e dançar o dois pra lá e dois pra cá e a criança se aninhar, se aconchegar, se encantar e nos meus braços adormecer. Saudade de ter um ser que se encaixa em meu peito e é tão frágil, miúdo, mas que me faz uma gigante para enfrentar meus medos, angústias e me transformar em uma mulher tão forte. Saudade de REconhecer o amor, um amor forte e avassalador. Saudade não do caos dos primeiros meses da maternidade, saudade de agigantar mais uma vez o coração. Saudade de amar mais uma vez incondicionalmente.
O elevador abriu as portas e eu me despedi: eles crescem rápidos demais e fica só a saudade!

Texto: Lívia Lins Torquilho

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Califórnia com as crianças

Férias na Califórnia, com um bate e volta à Vegas da Família Lins Torquilho

Esse é o roteiro de férias da minha família, eu, Lívia, Igor, meu esposo, e nossas duas filhas, Isabelle (4 anos) e Maria (1 ano e 11 meses). Farei um relato da nossa experiência pela Califórnia.
A gente não precisa de desculpas para viajar, mas essa viagem foi especial por estarmos comemorando os dois anos da Maria, que foi em 22/09 e o meu aniversário, que foi em 11/09.
Saímos de Fortaleza com destino à San Francisco. Partimos às 18:20 do aeroporto de Fortaleza e desembarcamos em San Francisco às 15:10, horário local. Conexões em São Paulo (Guarulhos) e  Cidade do Panamá, no Panamá. Totalizando quase 25 horas de voo.
Maria saiu de casa com diarreia, e mesmo a mãe, eu, no caso, tendo levado 2 mudas de roupas para a criança, a menina chegou ao nosso destino final só de fralda e blusa. A diarreia dela permaneceu por 10 dias, depois disso não sei se ela ficou boa ou simplesmente deixou de fazer cocô por não aceitar mais quase nada de alimentos (nem o leite). Em tempos normais, eu teria surtado, mas como estávamos viajando, eu relaxei, e ofereci a ela apenas o que ela pedia, sem neuras com procedência, horários, tipo de alimento.
1.       Chegada ao aeroporto de São Francisco (26/08/2017)
Embora exista um metrô (BART) que transporta do aeroporto à Union Square, preferimos pegar um UBER. Pois nosso hotel ficava no Fisherman’s Wharf e o metrô não levaria até lá. Portanto teríamos de pegar o metrô, e depois um ônibus ou táxi para irmos até o hotel. A passagem do BART custa U$$ 8,65/ pessoa o trajeto levaria em torno de 30 minutos. Após analisarmos custo beneficio, optamos por pagar por um UBER, visto que estávamos com 2 crianças, 2 malas e um carrinho de bebê e estávamos desembarcando após quase 25h de viagem. O UBER custou em torno de U$$ 30,00 e o percurso durou aproximadamente 35 minutos. Acho que foi a melhor escolha!
Apesar de chegarmos ao hotel por volta das 17:00, nesse dia não fizemos nada, aproveitamos para descansar e renovar as energias. Caímos na cama e dormimos até o outro dia!
O hotel que ficamos foi o Sheraton Fisherman’s Wharf. Recomendo demais pela localização, serviço (funcionários muito prestativos, atenciosos), limpeza, ambiente familiar.
2.       Primeiro dia oficial da viagem (27/08)
Decidimos pegar um ônibus de turismo, estilo hop on hop off. Em San Francisco existem várias empresas que oferecem esse serviço. O percurso muda de uma empresa para outra, então fique atento caso tenha algum local especifico que você queira passar. Só descobrimos isso depois de termos feito o city tour. Escolhemos a Big Bus por conveniência. O ônibus partia da calçada do hotel.
A Big Bus oferece vários pacotes de city tour. Escolhemos o pacote deluxe, que consiste de 2 dias utilizando o serviço do ônibus, city tour noturno por San Francisco, city tour por Sausalito, City tour a pé (existiam 4 locais que era feito esse serviço. É bom verificar os locais e horários do walking city tour, pois só tem um horário por dia em cada local) e passeio de bike (1h). O custo desse pacote foi de U$$ 65,00 por pessoa. Crianças pagam a partir de 5 anos.
Para nós, esse city tour valeu muito a pena, pois tivemos uma visão geral da cidade e descemos nos pontos que achamos mais interessantes e que ficavam mais distantes. Depois de vermos do alto vários pontos turísticos, descemos na Golden Gate, como ficamos na parte superior do ônibus (sem teto), a passagem pela ponte venta muito, foi necessário por o casaco. A vista é maravilhosa. O ônibus dá uma paradinha que seria suficiente para tirarmos foto no mirante e continuarmos o passeio, mas por termos optado pelo tour em Sausalito também, trocamos de ônibus nessa parada (que é a parada do ônibus que faz o tour em Sauasalito).
Sausalito é uma cidadezinha proximo à San Francisco, super charmosa e de lá temos uma vista linda de San Francisco. Aproveitamos para passearmos no centrinho e almoçarmos. No retorno do city tour de Sausalito, o ônibus nos deixou noutro mirante da Golden Gate, que é no centro de informação ao turista. Lá pegamos novamente o ônibus para prosseguirmos com o city tour por San Francisco.  À noite, aproveitamos para fazermos o tour noturno, roteiro diferente do tour do dia. Nesse tour não há paradas. Novamente, ficamos na parte de cima do ônibus, confesso que quase congelamos apesar de estarmos bem agasalhados, porém o vento é muito forte e frio, em determinado momento, decidimos descer e nos abrigarmos na parte fechada.
3.       Segundo Dia (28/08)
Dia de andar... Feito todo o city tour por San Francisco, decidimos voltarmos nos pontos que mais nos interessava, e como o pacote que compramos incluía o walking city tour, decidimos fazer pela região da Union Square, posamos nos três corações que ficam na praça (geralmente tem um coração em cada canto da praça, mas uma parte da praça está em obras, portanto, só ficaram três corações) e Chinatown, passamos pelo portal, seguimos por algumas ruas, pela igreja Old Saint Mary’s Church, pela fábrica de pipas, finalizando o tour na fabrica de biscoitos da sorte. Retornamos até a Union Square e pegamos o bus do city tour, descemos próximo à Alamo Square para curtirmos um pouco a praça e conhecer as Painted Ladies, de lá seguimos para o bairro mais hippie de San Francisco o Haight & Ashbury. Caminhamos por algumas ruas, vimos vários brechós, painéis pintados, cafés descolados, edificações com fachadas inusitadas e posamos em frente à casa onde teria morado Jimy Hendrix. De lá seguimos então para o bairro mais colorido do mundo: O Castro. Fomos recepcionados pela bandeira gigante e seguimos até o Teatro, um pouco mais a frente atravessamos o cruzamento mais colorido de San Francisco, Castro x 18 Street. De lá, pegamos um Uber e fomos até a Lombard Street, do alto dá pra comtemplar uma vista incrível de Alcatraz, das colinas gigantes de San Francisco e das oito curvas que fizeram dessa rua o cartão postal da cidade. De lá seguimos à pé até a Guirardelli Square. Aproveitamos o passeio para tomarmos um sorvete na famosa loja de chocolates. Após repormos as energias, seguimos para o Fisherman’s Wharf. Uma região muito charmosa e turística. Repleta de lojinhas, restaurantes e uma vibe bem legal. Finalizamos nosso dia no Pier 39, com as meninas vendo os leões marinhos, subindo e descendo a escadaria piano (elas se amarraram na escada). O jantar foi na Boudin, a tradicional sopa no pão.
4.       Terceiro Dia (29/08)
Iniciamos o dia passeando de bondinho (Existem 3 linhas cobrem a cidade: a CaliforniaPowel/Hyde e a Power/Mason. A maior rota é a Powel/Hyde com 28 paradas em seu percurso. A diferença entre a Hyde e a Mason, é que a primeira vai até bem perto da Ghirardelli Square e passa pela Lombard Street e a segunda vai até o meio do Fisherman’s Wharf). Muito bacana o passeio, uma experiência diferente. É como estar andando num museu ambulante. Bacana sentir o vento no rosto e observar as ladeiras e o ritmo da cidade a bordo de um transporte tão antigo. Para um meio transporte público achei o valor um tanto salgado, U$$ 6,00 o bilhete apena de ida. O final do nosso passeio de bondinho foi na parada final da rota da Powel/ Mason. Descemos na esquina da Powel com a Market, de lá seguimos à pé para o Civic Center.
Curiosidade: Quando o bonde chega ao final do trilho, os 2 funcionários (condutor e cobrador, descem e o processo é manual. A plataforma de madeira gira e um deles manipula manualmente (empurra) para que o bonde vire.
Em frente ao prédio da Prefeitura, que é lindo tanto por fora como por dentro e pode ser visitado sem custo, tem um playground bem fraquinho que as meninas se divertiram bastante. Por trás da Prefeitura (City Hall), tem os prédios War Memorian Opera House, Symphony Hall. Prédios suntuosos e lindíssimos. De lá seguimos para o Golden Gate Park, o parque é gigante, é bom ir com um mapa para se situar. Fomos apenas para o playground para as meninas brincarem um pouco e para o Museu De Young, a entrada do museu é paga, mas o acesso à torre para observar a cidade e o parque é gratuito. Ainda no parque é possível visitar o conservatório das flores, o jardim japonês, o California Academic of Science, um museu interativo.
Do parque seguimos para o Embarcadero, passeamos pelo calçadão fazendo paradas e descobrindo lugares interessantes, como a Praça da Levi’s, local que é rodeada pelo escritório e o museu da marca. Acabamos o nosso passeio novamente no píer 39, que ficava a duas quadras do nosso hotel.
5.       Quarto Dia (30/08)
Dia de deixar San Francisco.
Fizemos algumas compras pelo site da Amazon.com, as compras foram feitas quando ainda estávamos no Brasil, o prazo de entrega seria até o dia 26/08, sábado, dia que chegaríamos em San Francisco. Ocorre que ao chegarmos no hotel, recebemos uma parte dos produtos (stroller e outras amenidades), outra parte (car seat da Maria) recebemos no dia posterior, ficando ainda para ser entregue a nós um car seat (da Isabelle). Recebi um e-mail da Amazon.com informando que esse produto, devido a um atraso seria entregue até o dia 29/08, terça feira. Na terça feira a noite, o produto ainda não havia sido entregue no hotel, embora no site constasse a entrega. Entramos em contato com a gerencia do hotel, com a segurança e inclusive o Igor, juntamente com um funcionário, verificou nas câmeras do hotel que de fato o produto não havia sido entregue. Diante desse transtorno e que no dia seguinte pegaríamos um carro para seguir pela Pacific Coast Highway, decidimos comprar outro car seat no Target logo cedo da manhã do dia seguinte. Era 7:30 da manhã, estávamos de saída para o Target, quando o telefone do quarto tocou, era o funcionário da segurança do hotel, o mesmo que tinha verificado as câmeras na noite anterior com Igor, avisando que estava com o produto para nos entregar. Quando o Igor foi receber, ele explicou que durante a noite foi nas imediações do hotel, em busca da nossa mercadoria, e o mesmo havia sido entregue por engano noutro hotel. Duas observações: (1) Nota 10 para o Sheraton Fisherman’s Wharf Hotel e sua equipe pela competência, prestabilidade e atenção. (2) Nota zero para a Fedex, decepção pelo serviço prestado. Pelo jeito, não é só o Correios que não anda trabalhando direito....
Pegamos o carro e seguimos em direção à Pacific Coast Highway. Primeira parada em Halfmoon bay, uma cidadezinha próxima à San Francisco muito procurada por surfistas, de lá seguimos até o Pigeon Point Lighthouse e Whaler’s Cove – 20 milhas/32 km depois de Halfmoon Bay, fica o farol chamado de Pigeon Point. Não pudemos entrar na edificação do farol, pois estava interditada, mas o que faz desse lugar mais interessante é que hoje lá funciona um albergue. A vista de lá é linda! Lá também é conhecido por Whaler’s Cove porque no período migratório das baleias, de Março à Maio, elas passam por lá fazendo um verdadeiro espetáculo da natureza. De lá seguimos para Santa Cruz, uma cidade charmosa que também é bem procurada por surfistas, lá inclusive, tem o museu do Surf, visto que foi lá que em 1885, três príncipes havaianos praticaram o surf e o esporte virou febre em toda a costa. Em Santa Cruz fizemos o passeio pelo Santa Cruz Board Walk, um parque de diversões bem vintage e super famoso. Os ingressos dos brinquedos podem ser vendidos por passaporte, U$$ 34,00 podendo brincar em todos os brinquedos ilimitado, durante o dia, ou tem a opção de venda por brinquedo, variando de U$$ 3,00 à 6,00, dependendo do brinquedo. Nossa parada em Santa Cruz foi bem rápida, só para esticarmos as pernas. Seguimos rumo ao nosso destino, a cidade de Monterey, onde pernoitaremos para explorarmos um pouco mais a região.
Chegamos em Monterey por volta das 16:00 e decidimos seguir direto para a Carmel-by-the-sea. De carro, andamos um pouco pela 17 mille drive e pelo centro de Carmel. Caminhamos pela praia e apreciamos um belíssimo por do sol. A noite, andamos pelo centrinho de Carmel, bem pequeno. Não há postes de luz pela cidade, mas é uma cidade segura, sofisticada e requintada.
6.       Quinto Dia (31/08)
Monterey era uma vila de pescadores, que tinha como principal fonte de renda as fabrica de sardinhas. Hoje, não existem mais fabricas de sardinhas, onde havia uma grande fabrica se transformou em um dos maiores aquários do mundo. Logo cedo, fomos até o aquário e ficamos por lá por toda a manhã. De lá seguimos para o passeio mais esperado, a Big Sur.
Big Sur, o nome, vem do espanhol que predominou na região “El Grand Sur”, o grande Sul. Considerada uma das estradas mais lindas do mundo, a Big sur, é um pedaço da Pacific Coast Highway, que se estende de Monterey/ Carmel até San Simeon, um pouco antes de chegar em San Luis Obispo. São 140 Km de estrada, à beira mar, sobre penhascos e com vistas deslumbrantes do Pacifico.
Como a Big Sur está interditada, desde Fevereiro deste ano, devido a deslizamentos de terra e posterior demolição da Pfeiffer Canyon Bridge, resolvemos fazê-la parando nos principais mirantes até o Pfeiffer Big State Park e no dia seguinte, após fazer o desvio de Highway 101, continuar pelo outro lado até San Simeon, para seguirmos pela H1 para Los Angeles.
Segue abaixo os principais mirantes que paramos:
a.       Point Lobos State Reserve (MON 70.2) – É uma parque estadual, considerado o mais bonito da região. Dá pra passar horas no lugar, fazendo trilhas, explorando a região, ou simplesmente se encantando com as inúmeras reentrâncias com piscinas de maré que realmente impressionam. É preciso chegar cedo porque o parque só permite uma quantidade mínima de carros de cada vez. Você paga uma taxa (U$$ 10,00) pra entrar neste parque, mas esta taxa serve para vários outros parques na região como o Andrew Molera State Park, Pfeiffer Big Sur State Park ou o Julia Pfeiffer Burns State Park
Seguimos em frente, pela Big Sur, a estrada começa a mostrar porque tem o título de estrada mais linda do mundo. A cada curva, uma surpresa, uma visão, uma praia escondida. E o Pacífico sempre ao fundo, em azul profundo e feroz. Uma emoção. Um passeio para fazer sem pressa.
b.       Rocky Point (MON 62.0) – Paramos no restaurante de leva o nome dessa parada. Aqui as pedras com vários formatos no meio do mar dão efeito interessante na água. E há flores silvestres por toda parte. Deixamos o carro estacionado no restaurante e seguimos por uma trilha.
c.       Rocky Creek Bridge (MON 60.1) – Esta ponte é quase igual a ponte da próxima parada, a Bixby Bridge que é a famosa, sendo esta bem menor, mas não menos surpreendente.
d.       Bixby Creek Bridge (MON 59.8) – Essa é a ponte cartão postal da região, fica apenas uma milha (1.6 km) de distância da ponte anterior.
e.       Hurricane Point (MON 58.3) – Tem visão pro norte da Bixby Creek Bridge e um detalhe que explica o nome: venta muito neste lugar.
f.        Point Sur Lightstation State Park (MON 54.1) – O parque tem um farol muito interessante e rende ótimas fotos, porém só está aberto nos fins de semana.
g.       Pfeiffer Big Sur State Park (MON 46.9) – Outro parque com nome parecido que confunde os visitantes. Aqui é local onde as pessoas fazem camping. Dentro do parque, além das trilhas, há também duas cachoeiras muito bonitas.
Nós chegamos até a parte fechada e voltamos para Monterey para pegar a estrada sentido Highway 101, no próximo dia. No Pfeiffer Big Sur Park nos deram a informação que teríamos acesso ao Julia Pfeiffer State Park se fizéssemos o desvio de Highway 101 e na altura de Bradley pegar a Nacimiento Fergusson Road.
7.       Sexto Dia (01/09)
Decididos a ir até o Julia Pfeiffer State Park (MON 35.9), que para nós era parada obrigatória, já que é lá que se encontra um dos cartões postais mais importantes da Big Sur: a famosa cachoeira McWay, pegamos estrada Highway 101 e na altura de Bradley pegamos a Nacimiento Fergusson Road. Nesse trajeto passamos por uma estrada que é base militar e subimos uma montanha de 860m com várias curvas fechadas. O suficiente para Isabelle passar mal e vomitar o carro inteiro, sem contar no calorão de 42°C, 109F. A estrada montanhosa é sinistra, curvas fechadas e sem guard rail. Confesso que fiquei travada durante todo o percurso. Mas a vista de lá pra Big Sur é fantástica. Após descermos a montanha e chegarmos à Big Sur fomos até o Julia Pfeiffer State Park, nesse momento as duas crianças dormiam no carro e eu já cansada, com fome, muita fome, e calor decidi não descer do carro para fazer a trilha que dava acesso a vista da cachoeira McWay, isso mesmo, acesso ao mirante para ver a cachoeira porque o acesso a praia estava fechado! O Igor desceu, foi até o mirante, tirou fotos e depois tentou me convencer a ir até lá enquanto ele ficaria com as crianças no carro. Mas nesse momento eu não estava nem um pouco convencida a descer do carro no ar condicionado e encarar um sol escaldante e andar por 1 Km apenas para ver de longe (e era bem de longe mesmo) uma cachoeira.
Existem duas maneiras de acessar o mirante da McWay Fall, estacionando no Parque que custa U$$ 10,00 ou parar à beira da estrada, que tem sinalização de proibido estacionar. Quando saímos do parque o Igor me mostrou a trilha que levava até o mirante e parados (não estacionados) à beira da estrada eu vi a famosa cachoeira, mas confesso que ficamos frustrados em não termos conseguido ir até a praia.
Saímos do parque convictos de que a próxima parada seria em San Simeon pela Big Sur, ou seja, viajaríamos por 52 milhas até o próximo destino. Após andarmos 25,7 milhas descobrimos que a Big Sur estava interditada em outro ponto, ou seja tivemos que retornar para a estrada montanhosa, sinistra e insegura que viemos para fazermos um novo desvio. Nesse momento, já estávamos famintos, porém, não havia mais nenhum ponto de venda de comida aberto na região, pois já passava das 15h.
DICA: Não comece a rodar pela Big Sur sem estar devidamente alimentado, e sem mantimentos no carro. É difícil encontrar restaurante, lanchonetes, qualquer ponto de venda de alimentos na rota. E quando encontra, custa um rim.
Finalizamos nossa viagem pela encantadora Big Sur em San Simeon. Nossa parada foi em Point Piedras Blancas Vista Points (SLO 62.4). Esta praia é conhecida como a praia dos elefantes marinhos, devido a enorme quantidade deles na praia. Uma experiência realmente singular, fantástica. Uma experiência visual e auditiva maravilhosa. Muitos deles bem na nossa frente, em seu habitat natural. Dormindo, brincando, brigando, se banhando no mar, fazendo barulho; e como fazem. De lá seguimos para Morro Bay, onde pudemos contemplar um lindo por do sol. Pernoitamos em Lampoc, para no dia seguinte seguirmos até Los Angeles.
Apesar dos desvios e pequenos transtornos, viajar pela Big Sur vale cada quilometro rodado.  Indescritivel, inexplicável. Paisagens belíssimas, com o mar sempre ao fundo, sem esquecer da engenharia da estrada que margeia o Pacifico.
8.       Sétimo Dia (02/09)
Começamos o dia em Solvang, conhecida como a capital americana da Dinamarca, é uma cidade minúscula com arquitetura típica dinamarquesa, que fica a 40 minutos de Santa Bárbara na Califórnia. Em Solvang tomamos café da manhã na Paula Pancake’s House, um lugar bem simpático e lotado. Esperamos na fila por 45 minutos. A comida é boa e valeu a experiência.
De lá fomos passear pela cidade, a principal avenida é a Mission Drive, onde encontramos hotéis, restaurantes, cervejaria, Solvang Brewing Co. – a cervejaria local e alguns moinhos. Ainda na Mission Drive, encontramos quase em frente a cervejaria a loja Jules Hus, uma lojinha que vende artigo natalinos o ano inteiro. A loja, na verdade, só vende esse tipo de produto. É uma loja bonita, com bastante variedade, mas eu esperava mais. No cruzamento da Mission Drive com a Alisal Road tem uma cópia da estátua da Pequena Sereia de Copenhagen e na praça um pouco mais a frente o busto do famoso escritor Hans Christian.  A Alisal Road, é outra rua que merece atenção, pois tem um moinho e uma cópia da Torre Redonda de Copenhagen. A cidade é pequena, quente, pegamos calorão de 40°C. Em menos de duas horas é possível andar sem pressa o centrinho todo.
Saimos de Solvang em direção à Santa Bárbara. Uma cidade praiana bem lindinha. Fomos até a Missão de Santa Bárbara, uma das atrações mais famosas da cidade. A missão foi fundada em 1786 pelos franciscanos espanhóis. De lá fomos andar um pouco pela State Street, a rua mais famosa da cidade que é endereço de vários restaurantes, cafés e lojas.
Após almoçarmos um típico hambúrguer americano e tomarmos um sorvete de churros na McConnell’s, seguimos viagem rumo à Santa Mônica.
A idéia inicial era chegarmos cedo à Santa Mônica, alugar um bike e seguir pela orla de bike até Venice Beach. Porém, chegamos em Santa Mônica as 18h, devido ao transito, que não imaginávamos pegar, e os locais de aluguel de bike fecham às 18h, portanto não pudemos locar a bike. No trajeto do estacionamento do carro até as lojinhas de aluguel de bike, Isabelle já havia percebido o Pacific Park, o parque de diversão do píer de Santa Mônica, e seu interesse não era andar de bicicleta, mas brincar no parque. Sendo assim, fomo curtir o Pacific Park com ela.
O píer de Santa Mônica é o ponto final da Route 66, que liga Chicago à Los Angeles. Passear no píer, é sem dúvidas o passeio mais turístico de Santa Mônica. Localizado nas redondezas de Santa Mônica Beach, o píer é famoso por ser o local onde está situada uma imensa roda gigante à beira mar (a única no mundo movida a energia solar) um carrossel de 1922 e vários outros atrativos para se aproveitar muito. Além da praia, é possível apreciar a paisagem local, parar em algum dos restaurantes ou simplesmente ir ao Pacific Park que é um dos lugares mais requisitados pelos visitantes. O parque tem mais de 12 atrações e pode-se adquirir bilhetes para um ou mais brinquedos do local. Compramos o pacote para Isabelle brincar ilimitado por um dia por U$$ 18,00 e ela adorou. Saímos do parque após as 22:00 e pela movimentação no estacionamento, o melhor ainda estava por vir.
Para visitarmos Los Angeles, decidimos nos hospedar em Anaheim, que é uma cidade bem próxima de Los Angeles e é onde se situam os parques da Disney. Saímos do píer e seguimos o rumo de Anaheim.
9.       Oitavo Dia (03/09)
Dia de fazer o reconhecimento em Los Angeles. Impossível pensar em Los Angeles sem associar a Calçada da Fama, sendo assim, foi lá que começamos o nosso passeio. A Calçada da fama fica em Hollywood Blvd. É onde pode se ver todas as “estrelas” sem fazer muito esforço. Ali mesmo em Hollywood Boulevard fica o Chinese Theatre ou Teatro Chinês, onde ficam as mãos e sapatos de atrizes. Essa tradição começou, acidentalmente, com uma atriz que pisou no cimento fresco. Visitamos o Hollywood and Highlands, o complexo de entretenimento, que além de lojas e restaurantes é onde acontece o “Red Carpet” pro Oscar, o antigo “Kodak Theatre”, onde acontece a cerimônia do Oscar, agora se chama Dolby Theatre.
DICA: Estacione no Hollywood & Highland, que custa U$$2 pelas primeiras duas horas com o carimbo de alguma loja ou restaurante.
Nossa próxima parada em Los Angeles foi tentar tirar uma foto com o letreiro Hollywood. Até tiramos uma de uma das varandas do Hollywood and Highlands, mas foi frustrante, as letrinhas símbolo de glamour ficaram quase ilegíveis, portanto, fomos atrás de um endereço que nos pusesse bem perto da Hollywood Sign:  3000 Canyon Lake Drive. DICA: Como nesse local é proibido parar e estacionar, e tem agente multando mesmo, estacione o carro um pouquinho mais abaixo, num parque para cachorros, que tem estacionamento para caramba.
Após posarmos com a placa, seguimos para a Warner Bros para tentarmos fazer um tour pelos bastidores dos estúdios. Não conseguimos, pois ao chegarmos lá fomos informados que só se agenda tour pela internet, no site (http://vipstudiotour.warnerbros.com/). Até tentamos marcar, mas não havia mais vagas para o dia, nem para o próximo.
De lá, decidimos ir até o Farmer’s Market, um local histórico em Los Angeles, equivalente ao Mercado Municipal de São Paulo. Lá, os fazendeiros vendiam suas mercadorias entre o fim do Século XIX e o início do Século XX. O local acabou tornando-se uma instituição da cidade, e hoje abriga um grande número de restaurantes, cafés e lojas. É um local que os moradores da cidade costumam frequentar. Lá, almoçamos em um restaurante brasileiro, o Pampas Grill. Comida excelente, ótimo custo benefício, self service, comida boa, atendimento excelente e o melhor, eles falam a nossa língua.
Após o almoço fomos passear por Beverly Hills e pela Rodeo Drive. Aproveitamos para registrar a passagem tirando uma foto na placa de Beverly Hills, uma placa toda bonitinha que fica numa pracinha pequenina quase em frente a Rodeo Drive (9439 Santa Monica Blvd). Passeamos de carro por algumas ruas e nos impressionamos com as casas. Depois fomos passear pela Rodeo Drive, a rua mais chique da Califórnia. A Rodeo Drive é a rua central de uma região conhecida como triangulo dourado de LA, o triângulo é formado pelas Santa Monica Blvd., North Crescent Drive e Wilshire Blvd. É uma região de lojas caríssima, vitrines maravilhosas, lojas super tendência. Vale a pena passear por essas ruas, e a Rodeo Drive, é sem dúvida a mais top. O Hotel Beverly Hills Wilshire, onde foi gravado o filme “Pretty Woman” (Uma linda mulher) fica no final da Rodeo Drive, quase em frente a escadaria. Após o passeio nas ruas mais glamourosas e estilosas da cidade, e para terminar o dia comtemplando um belíssimo pôr do sol fomos em direção ao Griffith Observatory (2800 East Observatory Road), onde fica o planetário da cidade. A entrada é grátis e num dia sem névoa, as vistas são lindas. Porém, não conseguimos estacionar. O local estava muito lotado e o estacionamento que tinha vaga ficava bem distante do observatório e ainda teríamos que subir uma longa e íngreme colina, com duas crianças no carrinho, desisti do passeio. Sendo assim voltamos para o hotel para descansar e repormos as energias para o dia seguinte.

10.   Nono Dia (04/09)
Como eu mencionei anteriormente, ontem não conseguimos fazer o tour pelos bastidores do Warner Bros, sendo assim decidimos ir ao Hollywood Studios que combina parque de diversão com visita à estúdio de cinema. Eu estava bem receosa em fazer esse passeio, porque não sabia se seria permitido a entrada de criança de colo (a Maria tem menos de 2 anos). Também achava que as meninas não teriam tantas opções de brinquedos para usufruírem. Com uma expectativa tão baixa, fomos ao parque. Confesso que me surpreendi e posso afirmar que foi o melhor parque que fomos na Califórnia. As duas meninas puderam fazer o tour.  O parque é grande, o suficiente para não conseguirmos ir em todos as atrações que desejamos. Ele é bem preparado para o verão e o calorzão que assola a cidade. Há diversas atrações para a estatura de Isabelle, há espaço também preparado para crianças menores, do tamanho da Maria. Os funcionários sempre dispostos a ajudar e a tirar fotos, quando solicitados, e simpáticos. Também nos foi informado de lugar com estrutura para crianças pequenas, com forno micro-ondas, onde pudemos esquentar a comida da Maria que levamos, trocador, salinha para amamentação, poltronas e cadeirões de alimentação para crianças pequenas, tudo no ar condicionado. Os horários das atrações são divulgados em telas espalhadas pelo parque, bem como os horários que os personagens estariam a disposição para fotos. O parque estava bem cheio, mas já estávamos esperando por isso visto que hoje é feriado aqui, Labor Day. Mas mesmo estando bem cheio, conseguimos ir nos brinquedos e simuladores que nos dispomos. Adoramos o parque e indicamos! Valor do ingresso: U$$ 110,00 o adulto e US$ 105,00 a criança (de 3 a 9 anos).
11.   Décimo Dia (05/09)
Dia de Disney e Disney é sempre Disney. Expectativas mil. O parque abria às 10h, e como estávamos hospedados próximos, saímos do hotel às 9h, em quinze minutos chegamos ao estacionamento. Porém, após estacionarmos e passamos pela fila de inspeção (segurança), pegamos um tramway para chegarmos até o parque. Optamos por visitar primeiro a Disneyland. Na California, os parques da Disney ficam um de frente ao outro. Compramos os ingressos na entrada do parque. O que não teve fila, mas para entrar no parque, fila enorme no sol quente. Ou seja, do estacionamento até conseguirmos entrar no parque perdemos 1h. Após a entrada, fila para tirar foto na entrada do parque. Após posarmos para a fotografa do parque, a do photo pass, pedimos para que ela tirasse uma foto no nosso celular, a mulher até tirou, mas com tanta má vontade que se a foto do photo pass tiver ficado tão mal enquadrada como a nossa, é melhor ela mudar de profissão!
O parque é extremamente quente, nenhum pouco preparado para o calorão. Filas enormes em todos os brinquedos que nos propomos a ir. O castelo da Bela Adormecida é minúsculo, menor até que o da Disney Paris. A única vantagem que achei em relação à Disney Orlando é que na Disney Califórnia vimos muitos mais personagens interagindo com as crianças e passeando pelo parque. Não achei os funcionários simpático, me decepcionei, pois aqui não reconheci o padrão Disney que tanto encanta. E para frustração ser completa, o tradicional show de luzes e fogos que ocorre no fechamento do parque não aconteceu, pois como é baixa estação, só ocorre aos fins de semana e feriados. Achei o parque muito ruim.
A Isabelle pode se divertir em vários brinquedos e a Maria teve o tão sonhado encontro com o Mickey. E esse encontro eu lembrarei para todo o sempre. Ela simplesmente ficou encantada. Ela quando o viu, correu para abraçá-lo, pegou nas orelhas, olhos, focinho, boca, mãos. Ela olhava e tocava como que para ter certeza que ele realmente era de verdade.
Todos os personagens sempre muito atenciosos com as crianças. Atendiam muito bem, com simpatia e em nenhum momento senti que eles apressavam crianças e pais para tirarem logo as fotos, mesmo as filas estando bem grande para alguns deles.
Assistimos a Parade, que eu achei o horário cruel, as 3h, com sol escaldante. E também assistimos uma peça de teatro, bem tosco, mas que as meninas gostaram.
Uma das áreas que também diferencia do parque de Orlando e que é muito legal para crianças pequenas, é a Mickey’s Toontown. Uma cidade em miniatura bem lindinha e com atrações bem tranquilas, parece que estamos dentro do desenho, foi lá que a Maria se encontrou pela primeira vez com o Mickey, na casa dele, local que é ponto de fotos com o personagem.
12.   Décimo Primeiro Dia (06/09)
Dia de conhecer Disney Califórnia Adventure Park. Confesso que após o dia de ontem, as expectativas estavam bem baixas para o parque, até nos passou a ideia de desistirmos de ir, mas como tínhamos marcado um almoço no Ariel’s Grotto (com as princesas), decidimos arriscar e (literalmente) pagar para ver.
O Disney Califórnia Adventure Park é um parque menor que a Disneyland, menos quente, menos lotado e mais agradável. O tema do parque é a própria Califórnia, com píer, coqueiros e um clima descontraído. Ele é realmente um charme, e que bom que a gente não desistiu. As atrações nesse parque são mais divertidas. Não sofremos em filas, a única fila mais demorada que pegamos foi para tirar foto com Elsa e Anna, e ainda assim foi no ar condicionado!
Aqui assistimos o espetáculo Frozen, simplesmente excepcional, padrão Disney, encantador. A roda gigante que é cartão postal do parque, a Mickey’s Fun Wheel, fica em frente ao Paradise Píer e é bem diferente, pois tem as tradicionais cabines fixas, mas a novidade são as cabines móveis, que deslizam e balançam muito. Outra atração bem bacana no parque é a Cars land. A Radiator Springs foi reproduzida nos mínimos detalhes, inclusive a Radiator Springs Racers é uma das atrações mais disputadas no parque.
O almoço no Ariel’s Grotto foi muito bom. O preço é bem salgadinho, mas vale lembrar que se paga não apenas pela refeição, mas pela fantasia. Recomendo demais a experiência. A fachada do restaurante é decorada com uma concha enorme e com Tritão, o pai de Ariel. O restaurante é todo decorado com adereços que remetem ao fundo do mar, como águas vivas, algas, conchas. O restaurante fica no andar abaixo, sendo acessado por escada ou elevador. Ariel nos recepcionou, aos pés da escada, tirou fotos, deu autógrafos e conversou um pouco com as crianças. Depois fomos alocados numa mesa e uma garçonete muito simpática nos trouxe o cardápio para escolhermos o menu. Na mesa tinha coroa e adesivos para as crianças enfeitarem suas coroas. Bottons da Ariel também foram entregues para cada visitante do restaurante. A comida é boa, bem servida e a bebida não alcoólica é à vontade. Enquanto almoçávamos, um rapaz com trajes reais anunciou as princesas que apareceram uma a uma, no total foram quatro princesas que passaram entre as mesas, conversando e parando para que tirássemos fotos. O intervalo de tempo do anuncio entre uma princesa e outra foi de aproximadamente 5 minutos. No nosso almoço, as princesas que se apresentaram foram Branca de Neve, Cinderela, Rapunzel e Bela. Eu adorei porque foram as mais clássicas. Foi um momento de total encantamento.
O menu servido é composto de entrada, prato principal e sobremesa. Não são muitas opções, acredito que para facilitar o serviço de cozinha e agilizar o atendimento, visto que há várias “rodadas” de almoço durante o dia. O tempo de almoço é em torno de 1:30h, o que foi suficiente e sem pressa. Mesmo com duas crianças, e a Isabelle demora uma eternidade para comer, o tempo foi suficiente. O valor do almoço é de U$$ 39,00 o adulto e a criança U$$ 27,00, fora gorjeta que ao final da conta é sugerida em 15%. Maria não precisou pagar pelo almoço, mas também não foi servido um menu para ela, dividimos o nosso. É necessário fazer reserva, que são feitas somente pelo site da Disney. Como é um restaurante dentro do parque é necessário o ingresso para poder usufruir do serviço.
Diferente do parque Disneyland, nesse parque houve uma apresentação de fechamento do parque, o World of Color. Esse show acontece todas as noites na área do Paradise Pier. É um show de águas e luzes, com projeções, músicas e pirotecnia. O problema neste show, é que os lugares para assistir são limitados e é difícil conseguir um bom lugar caso não se entre na fila aproximadamente 1 hora antes de começar. E ainda se tiver sorte de conseguir um bom lugar, este será em pé (não existem cadeiras nem lugares para sentar). Para assistir esse show existe a opção do Fast Pass que é limitado e distribuídos no início do dia. Só que mesmo com Fast Pass, não é garantido que se consiga uma boa posição. O show dura aproximadamente 30 minutos. Nós conseguimos assistir de um bom lugar, por muita sorte. Mas achei bastante tumultuado e desorganizado, ainda mais se tratando de um local que o foco principal são crianças. A apresentação, caso não esteja em um bom lugar, fica impossível de ser assistida.
Valor do ingresso de qualquer um dos dois parques por dia: US$ 99,50 o adulto e US$ 93,50, crianças entre 3 e 9 anos.

13.   Décimo Segundo Dia (07/09)

Chegamos à última cidade do nosso roteiro na Califórnia, seguindo pela Pacific Coast Highway. San Diego é a segunda maior cidade da Califórnia e fica bem ao sul do estado, coladinha na fronteira com o México. Devido sua localização, o clima é ameno, e as praias são uma grande atração (são bonitas, mas a água é bem fria!). O centro da cidade fica de frente para a baía, e é onde estão muitos hotéis.
Nossa primeira parada nessa cidade foi a praia de La Jolla, a região mais chique da cidade. Essa área é cheia de restaurantes boutiques e lojinhas caprichadas. Mas a atração mais popular por aqui, são as focas e leões marinhos, que tomam conta do lugar. São centenas deles, em seu habitat natural, dormindo, nadando, brincando, brigando…
Ficamos um tempão ali, tentando descobrir quais daqueles animais eram focas e quais eram os leões marinhos. Tem placas no calçadão informando as principais diferenças entre eles, por exemplo: as nadadeiras, que nas focas são pequenas, cobertas de pele e tem garras e dos leões marinhos são grandes, cobertas de pele parecem que são asas. As focas têm um buraco para os ouvidos e os leões marinhos tem orelhas pequenas. As focas são quietinhas e raramente fazem barulho e os leões marinhos estão o tempo todo fazendo barulho.
A praia é própria para o banho, inclusive fomos até o mar molhar os pés e ali a poucos metros tinha um leão marinho dormindo na areia. A água é realmente bem gelada. Depois de caminharmos no calçadão, as meninas brincarem na areia e presenciarmos um belíssimo pôr do sol, voltamos para o hotel.
14.   Décimo Terceiro Dia (08/09)
Sea World, na minha opinião o melhor parque temático. Fomos numa sexta feira e o parque estava vazio, ou seja, foi possível aproveitar tudo sem correria, sem filas, sem tumultos, sem transtornos. Como o clima em San Diego é ameno não sofremos com calor. O parque é calmo, todo arborizado e tranquilo. O SeaWorld é um parque aquático e com shows incríveis de animais. O parque é considerado um dos maiores do mundo e é diversão para todas as idades. O parque possui várias atrações para toda a família como o imperdível show das baleias, apresentações de golfinhos e leões marinhos (que não aconteceu no dia que fomos). Além disso, há aquários com diversas espécies de animais, o oceanário, tanques gigantescos com peixes, arraias e tartarugas marinhas, a gigantesca montanha-russa Manta, brinquedos e salas de cinema. O parque é bem estruturado, é todo dividido em setores com espaços dedicados à recreação, descanso, shows, gastronomia. Não é exagero dizer que o SeaWorld é um gigantesco aquário, onde é possível encontrar várias espécies de animais marinhos e em alguns dá até para tocar. Os shows são as principais atrações do parque. São incríveis e imperdíveis. Importante pegar um mapa na entrada com informações de horários. Seu planejamento dentro do parque deve ser definido de acordo com os horários dos shows. Isso é muito importante para não perder nenhum deles. One Ocean: É o principal show do parque, é o show das baleias. Blue Horizons: Show com golfinhos, mistura acrobacias, música e diversão. Sea Lions LIVE: Show engraçado com os leões marinhos (não houve no dia que estivemos lá). Pets Rule: Show com diversos animais, como cachorros, gatos, patos e porcos. DICA: Nos anfiteatros que acontecem os shows, é sinalizado os assentos de wet zone, então, caso você não queira se molhar, evite-os, porque realmente molha e molha muito! Sentamos na wet zone no show dos golfinhos, as meninas detestaram, mas eu e o Igor adoramos! O parque fecha, na semana as 17h, saímos de lá e fomos até o Las Americas Premium Outlet. Como lá fechava as 21h, não tivemos muito tempo de passeio, pesquisa de preço e compras. Esse outlet fica na divisa com o México, lá onde o Trump quer construir o muro!
Compramos o ingresso do parque pelo site da Sea World que estava com promoção de ingressos para admissões em dias de semana (segunda à sexta-feira) por US$ 60,00, adulto ou criança (crianças pagantes a partir de 3 anos).
15.   Décimo Quarto Dia (09/09)
Hoje foi dia de explorara um pouco a cidade e decidimos fazer um passeio bem diferente e interessante. Visitar um porta aviões. Na verdade, visitar o maior museu dentro de um porta aviões no mundo. USS Midway é um imenso porta-aviões que por mais tempo prestou serviços para a marinha americana. Eu não tinha ideia da grandiosidade deste porta-aviões até entrar nele e ser surpreendida por um galpão imenso com aviões expostos. Ao entrar lá, um audio-guide é entregue para que se possa conhecer melhor cada parte do porta-aviões. O áudio é narrado por ex-marinheiros que serviram no USS Midway e abrange mais de 60 locais diferentes dentro dele. É interessante passar pelo dormitório (bem apertado) dos marinheiros, visitar as salas de controle e imaginar que aquele lugar era como uma cidade sobre as águas. O local é imenso e é preciso reservar algumas horas para visitar o local. É possível subir no convés com as pistas onde os aviões pousavam e decolavam e ver muitos aviões e helicópteros originais que foram utilizados em guerras e missões para as quais ele prestou serviços.  Imaginar que tudo ali funcionava em questão de segundos e com precisão milimétrica, é realmente impressionante. Só é possível visitar a ponte de comando e o controle de trafego aéreo do navio através de um tour conduzido por ex-veteranos que serviram no navio e que contam detalhes curiosos sobre o mesmo. E essa visita é bem interessante. DICA: Esse tour a ponte de comando e o controle de trafego aéreo do navio é bem disputado, tendo filas consideráveis, então sugiro fazer primeiro essa atividade para depois conhecer o restante do navio. O ticket para visitação ao porta aviões custou US$ 20,00, por adulto, crianças só pagam a partir de 6 anos.
Como tínhamos estacionado o carro no Tuna Harbor Park, bem próximo à entrada do USS Midway, aproveitamos após visitar o navio, para ver e fotografar a grande e famosa estátua –“The Unconditional Surrender”, que fica no parque e retrata uma cena de um marinheiro beijando uma enfermeira, em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial. Alguns falam que esse beijo foi roubado, outros que foi um beijo apaixonado. A estátua é bem concorrida para fotos.
Continuando o passeio do dia, fomos até o Old Town San Diego State Historic Park. Esse é um dos lugares mais antigos dos Estados Unidos. Foi lá que nasceu a cidade de San Diego. O Old Town San Diego State Historic é um parque histórico onde estão abrigados muitos edifícios históricos do período de 1820 a 1870, tais como:  a Casa de Estudillo, marco histórico nacional de 1827; a Casa de Machado y Stewart, construída no século XIX; o primeiro tribunal de San Diego; a Mason Street School, primeira escola pública de San Diego; a Racine and Laramie, tabacaria do período do século XIX; o San Diego Union Museum; o Museu do Xerife, entre restaurantes e lojas com artesanatos. Visitar a Cidade Velha é viajar no tempo. São mais de 35 restaurantes, muitos deles mexicanos e, claro, muito animados, 17 museus e dezenas de lojinhas.  Em Old Town, a sensação que dá é que saímos dos Estados Unidos e, voltamos para época do Velho Oeste. Eu gostei bastante do passeio.
16.   Décimo Quinto Dia (10/09)
Dia de pegar estrada rumo a Vegas. Mas até chegar na fabulosa Las Vegas fizemos várias paradas. A primeira parada foi em San Bernardino, cidade do 1º Mc Donald’s. Hoje, na casa em frente o local que sediou a 1ª loja do McDonald’s funciona um museu que conta a história do restaurante (entrada gratuita). Lá se encontra embalagens, maquinário, fardamento, cardápio da época e muitos brinquedos (Mc lanche feliz) que foram lançados no decorrer dos anos.
De San Bernardino seguimos até Victorville, onde localiza-se um museu da Route 66. Em frente ao museu há um carro similar ao do filme Carros, visto que a Radiator Springs foi inspirada na Route 66. De lá seguimos viagem pela histórica Route 66. Logo que deixamos Victorville em direção à Barstow, vimos a nossa esquerda o Emma Jeans Cafe, a casa do Brian Burger, onde foi filmado Kill Bill. Só não entramos porque não estava funcionando (só funciona de segunda a sábado). A Route 66 é uma estrada de mão dupla e com pouco movimento, é uma estrada bem reta e ladeada por paisagens desérticas. Um pouco mais a frente encontramos a Oro Grande, que está no percurso do ouro bruto do Oeste. Lá é possível ver árvores artificiais cheias de garrafas de vidro, que geram uma melodia. Mais um pouco a frente, encontra-se a Polly Gas Station, posto de combustível que mantém uma placa com os preços dos anos 50. Ao chegarmos na cidade de Barstowm, seguimos para Barstow Station para conhecer o McDonald’s que funciona em vagões de trem. Rodamos esse trecho pela Route 66, percorrendo 37 milhas. A partir deste ponto, seguiremos pela I – 15.
Após almoçarmos no McDonald’s, continuamos a viagem até a cidade fantasma Calico, a 18 km de Barstow. A cidade foi fundada em 1881 após quatro garimpeiros descobrirem prata em meio a uma região de deserto. Em 1883, a cidade já era a maior produtora de prata da Califórnia. A cidade começou a crescer, foi aberta uma agência dos correios, dois hotéis, três restaurantes, um mercado de carne, um bar, uma escola e algumas poucas lojas variadas. No auge da produção de prata, entre 1883 e 1885, Calico teve mais de 500 minas e uma população de 1.200 pessoas. Porém, a partir de 1890, diante de uma crise econômica, a prata começou a perder o seu valor. Em menos de 3 anos, as minas pararam de funcionar e Calico perdeu toda a sua população. Essa cidade nasceu, cresceu e morreu em apenas 12 anos. Em 1951, um fazendeiro e empresário local, decidiu reconstruí-la e reativar sua memória. Como a maioria das edificações estavam danificadas ou destruídas pela ação do tempo, ele mandou restaurar os edifícios principais como eram originalmente (baseado em registros da época). Em 1966, após reconstruir a parte principal da cidade ele doou-a para a cidade de San Bernardino. Hoje a cidade é apenas um parque turístico, funcionando como uma ghost-town, não existem mais moradores em Calico, só estabelecimentos comerciais para atender a turistas, como restaurantes, bares e lojas que ainda mantém o clima de velho-oeste. Por a cidade ser um parque temático, o horário de funcionamento é de 9h às 17h. Chegando de carro, se passa por uma cancela, onde é cobrado US$8 para adultos, US$5 para crianças entre 6 e 15 anos, crianças abaixo dessa idade não pagam e U$$ 1,00 para animais de estimação. Após a cancela há um estacionamento, onde ficam os carros e ônibus. Só é possível explorar a cidade caminhando. Chegamos em Calico as 16h e pudemos fazer alguns passeios à pé pela cidadezinha.
É possível visitar vários estabelecimentos da época. Conhecemos o Lucy Lane Museum, o museu da cidade. Ele leva o nome de Lucy Lane, o fantasma mais “famoso” de Calico. Lucy e John, seu esposo, moraram em Calico até seu declínio. Eles eram donos do armazém. Gostavam muito da cidade, mas abandonaram a cidade por não haver mais clientes; a Maggie Mine (Mina Maggie), uma mina de prata original da década de 1880, atualmente a única segura para visitação. Tem 305 metros de extensão. A visita custa US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50 para crianças entre 5 e 10 e a Calico & Odessa Railroad (Estrada de Ferro) esse trem não é original da época da prata, mas faz um passeio interessante ao redor da colina, mostrando alguns locais históricos (como o cemitério) e equipamentos de mineração que ainda restam espalhados pelo terreno. O passeio dura cerca de 10 minutos e custa US$4 para adultos (11 ou mais) e US$2 para crianças (5-10). Há ainda outras atrações na cidade para fazer, porém por falta de tempo não as fizemos. São as: Mystery Shack (Barraco do Mistério é um show de ilusionismo e mágica. Valores: US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50 para crianças entre 5 e 10. e Gold Panning Adventure (Filtração de ouro) atração que ensina a extrair prata e ouro, utilizando processo como os utilizados no século XIX. Valores: US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50 para crianças entre 5 e 10 anos. Eu gostei bastante do passeio e indico. É uma oportunidade de conhecer uma cidade fantasma e as meninas se divertiram passeado e imaginando a vida dos moradores da época. A localização da cidade, no meio do deserto, rodeada por morros de pedra avermelhada, e com o vento soprando, são um convite a deixar nossa imaginação viajar por aquelas ruas, e nos dão a estranha sensação de que alguém nos observa.
Após visitar Calico seguimos pela auto-estrada I-15 em direção a Las Vegas, a estrada é reta e a velocidade é controlada por radar. Antes de chegar em Las Vegas fizemos uma última parada, em Primm, no Fashion Outlet, infelizmente quando lá chegamos já passava das 19h e o outlet fecha as 20:00, mas ainda assim deu para fazer umas comprinhas para as crianças. Chegamos em Las Vegas as 21:00. Las Vegas tem uma grande oferta de hotéis, os valores de hotéis são muito baratos, em relação a todos os outros destinos da nossa viagem. Aproveitando uma superpromoção no booking.com, fizemos nossa reserva no Circus Circus Cassino e Hotel. Confesso que estava meio receosa com o hotel, mas fui surpreendida positivamente. Apesar do hotel ser um pouco antigo e não ficar tão próximo da parte mais badalada da Strip, eu gostei da experiência. Achei o valor justo, pela localização, atendimento e serviços. Os quartos são limpos, bem conservados, e longe de barulho.  O hotel é enorme, para irmos da recepção ao nosso quarto foi preciso solicitar um mapa. Ele é dividido em torre de cassino e torre das acomodações. A torre do cassino é bem grande, e nela você encontra além do cassino, restaurantes, cafeterias, sorveterias, lojas de souvenir, joalheria, parque de diversão (inclusive com montanha russa), parque aquático e local de apresentação de shows na temática de circo, como acrobacias, show de palhaços, mágico. Os shows duram em torno de 5 minutos cada apresentação, sendo a programação a cada hora, a partir das 11:00 e finalizando às 22:00h, diariamente. O parque de diversão e o parque aquático só funciona aos fins de semana.

17.   Décimo Sexto Dia e Décimo Sétimo (11/09 e 12/09)
Começamos o dia fazendo o tradicional passeio ao famoso símbolo Welcome To Fabulous Las Vegas, que é marca registrada da cidade. O endereço é 5100 Las Vegas Boulevard South. De lá fomos passear pela cidade. Se eu tinha me impressionado com o tamanho do hotel que estávamos hospedados, fiquei impressionada com todos os hotéis da cidade. Impressionante como são grandes e suntuosos. Os hotéis basicamente seguem uma temática, por exemplo, o Paris é replica da cidade com seus pontos turísticos de mais evidencia, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo.  O Venettian, evidencia a praça de San Marco, oferecendo passeios de gôndola (custo de US$ 20,00 por pessoa), a ponte Rialto, e assim são a grande maioria dos hotéis.
Visitamos alguns hotéis e caminhamos pela Strip (de carro e a pé). Confesso que andar a pé em Vegas é difícil, só mesmo por dentro de hotéis, porque o calorão não perdoa. Vimos a dança das águas na fonte do Bellagio, vimos o vulcão entrar em erupção no Mirage Hotel, escutamos gondoleiros cantar enquanto faziam passeios em suas gondolas nas águas do Venettian. Almoçamos em uma das torres do Ceaser’s que é shopping. Conhecemos a M&Ms Store, onde assistimos uma apresentação de filme em 3D. Fizemos compras em lojas e outlets. Não assistimos nenhuma apresentação do Cirque du Soleil porque só é permitido a entrada de criança a partir de 5 anos.
Acho que aproveitamos bem a cidade. O nosso intuito independente de estarmos com crianças não seria jogar, tampouco curtir a night. Acho que Las Vegas é um bom destino para todas as idades, porém, a curtição é diferente.

18.   Décimo Oitavo Dia (13/09)
Dia de voltar para Los Angeles, pois nosso vôo parte no dia seguinte pela manhã. Fim da viagem e eu termino esse relato com uma pergunta da Isabelle: “mas mãe, a gente já vai voltar pro Brasil?”


Saímos de Los Angeles com destino à Fortaleza. Partimos às 11:30 do aeroporto de Los Angeles e desembarcamos em Fortaleza às 15:45, horário local, do dia seguinte. Conexões em Cidade do Panamá, no Panamá e Rio de Janeiro (Galeão). Totalizando quase 25 horas de voo novamente. Em ambos os percursos, as meninas me surpreenderam, deram um show de bom comportamento e resistência. Graças a Deus, a viagem começou com emoção (Maria iniciou a viagem com diarreia), mas finalizamos sem nenhum transtorno. Todo mundo com saúde, nem resfriado pegamos.
Em nenhum momento cogitei fazer essa viagem sem as meninas. Acredito que independente de elas recordarem com detalhes daqui há algum tempo, o aprendizado,                                                          a observação de mundo e espaço, percepção de culturas, comportamentos e linguagens, tudo isso ficará armazenado de alguma forma nas suas lembranças. E eu sigo colecionando momentos e pérolas das crianças. Muito mais que paisagens bonitas, eu vivi momentos indescritíveis. E o melhor da viagem não é o destino, mas o caminho....

Roteiro de Férias pela Califórnia com uma esticadinha em Vegas, escrito por Lívia Lins Torquilho. (28/09/2017)

Muitas dicas do site ideiasnamala.com, da Mari Vidigal.