As fogueira símbolo das festas juninas têm origem pagã, mais precisamente em Beltane, festival celta, onde se acendiam duas fogueiras, dançava-se a seu redor e as pessoas e animais passava-se por elas, afim de se purificarem de doenças e energias negativas. Elas eram acessas para celebrar o solstício de verão. Nessa festa se celebrava a fertilidade, a colheita, e entre danças e bebidas, os casais se uniam num rito próprio (o que hoje chamamos de casamento).
A partir da Idade Média, a Igreja Católica se apossou dessas festividades e “cristianizou” as celebrações em homenagem e gratidão à natureza, e, passou a realizar homenagens aos santos.
Segundo conta as Escrituras, na noite que nasceu João Batista, sua mãe, Isabel, mandou acender uma fogueira para avisar da chegada do filho a sua prima, Maria, mãe de Jesus.
Acredita-se que ao acendemos fogueiras estamos celebrando a existência da luz, e, os santos juninos representam com excelência o poder do fogo: Antônio representa o fogo que queima através das palavras, Pedro representa o fogo que queima através das ações, e João representa o fogo que queima através das ideias.
Para cada um desses santos, um tipo de fogueira:
Santo Antônio que é conhecido como o santo casamenteiro é homenageado com uma fogueira quadrada ou retangular (também conhecida como chiqueirinho).
São João, padroeiro das gravidas, com uma fogueira de formato cônico, ou seja, base redonda.
São Pedro, protetor das viúvas e dos pescadores é homenageado com a fogueira de base triangular, formando uma pirâmide.
Outra curiosidade: dia 29 de Junho é consagrado a São Pedro e também a São Paulo, data que se convencionou como sendo a do martírio de ambos, mas a data foi ESCOLHIDA, pois era o dia que os antigos romanos celebravam um culto pagão a Rômulo e Remo, os lendários fundadores de Roma. A Igreja, mais uma vez, apropriou-se da data considerando São Pedro e São Paulo como “Pais de Roma” que, com seu sangue, “fundaram” a Roma cristã.
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