sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ser mãe



Hoje, resolvi ler relatos de mães e escrever. É bom ler e ouvir relatos de mães, isso nos alivia e nos aproxima.
Eu adoro ser mãe, mas dá um trabalho. Às vezes eu só queria fugir, sair, desaparecer. Mas aí eu penso em todas as coisas boas que a maternidade me proporciona. Que é uma dádiva de Deus experimentar um amor tão sublime e inexplicável.
Neste instante, me recordo dos "chiliques" que Isabelle está protagonizando. Sim, ela chegou no "terrible two" e eu começo a perceber que minha paciência não é muito grande.
Hoje, em casa, após o almoço, fomos tomar banho. O chilique começou para entrar no banheiro, permaneceu durante o banho e continuou após o banho. Após inúmeras tentativas de conversar com ela, quanto mais eu tentava falar, maior era a intensidade do choro. Juro, tive vontade de dar umas palmadas. Mas por uma fração de segundo, acho que fui iluminada e só peguei-a no colo e a abracei. Pronto, o choro parou. E enquanto estávamos enroladas na toalha abraçadas eu só conseguia pensar: "Obrigada meu Deus por tamanha bênção".
Eu estou aprendendo que é muito difícil educar, que muitas vezes dá vontade de fazer vistas grossas. Daí eu penso: que filha eu quero para mim? Eu quero criar um ser humano do bem. Educado, criativo, feliz e saudável. Uma criança que carregará "traumas (do bem)", mas que no futuro agradeça a mim e a seu pai pela sua educação. Que no futuro ela perceba que a mãe dela era uma mulher normal, preocupada em ser uma mãe presente e bacana, mesmo que para isso tivesse de se colocar em segundo lugar.
E esse "se colocar em segundo plano" é quase que o sobrenome de todas as mães. Porque por mais que sempre nos coloquemos em segundo plano, sempre haverá a bendita culpa. Culpa por não ter tempo suficiente, culpa por tantos "não", culpa pelos castigos, culpa, culpa e culpa.
O fato é que ser mãe é uma delícia, uma experiência indescritível, mas não é fácil. É uma tarefa árdua, mas extremamente gratificante. Ser mãe é mergulhar num mar de amor, é conhecer um amor tão forte, tão puro, inocente, suave. Um amor verdadeiro. É maravilhoso chegar em casa e ser recebida com gritos de alegria: "A mamãe chegou, oba!!!". Isso não tem preço, faz com que todo o cansaço e pesar do dia sejam esquecidos.
Uma vez li um relato de uma mãe (que já é avó) em que ela falava a seguinte frase: "No final, você só vai lembrar das coisas boas. Eu sei que houve momentos muitos difíceis, mas eu só consigo lembrar mesmo dos momentos bons." Eu acho que esse é o segredo. A gente cansa, mas esse amor faz a gente se renovar todos os dias, faz a gente querer ser cada dia melhor por esses seres que nos inundam de amor. Isso faz tudo valer a pena.

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