quarta-feira, 7 de março de 2018

Minhas meninas, minhas princesas!


Isabelle e Maria,
Vocês não sabem a alegria que senti no dia que descobri que vocês, os bebês que estavam na minha barriga, seriam meninas. Eu adoro ser mãe de meninas. Eu adoro arrumar, por laços e flores nos cabelos de vocês, fazer penteados. Adoro ver a vaidade de vocês e como vocês ficam felizes e realizadas frente ao espelho, apreciando quão belas vocês são.
Amores, vocês são lindas. Mesmo descabeladas e desarrumadas, vocês são lindas, naturalmente lindas, “da cabeça aos pés”. Além de lindas vocês são inteligentes, dotadas de bravura e fortes.
O mundo hoje está meio doido, isso é um fato. Tem gente achando que chamar uma menina/ mulher de princesa é diminui-la. Sabe o que acontece? Quem pensa assim não conhece vocês. Desconhece o que é ser princesa–aventureira. Meninas que não abrem mão de trajar vestidos ou saias rodada, usar laçarotes nos cabelos, brincos nas orelhas, sapatos com brilho, mas que se realizam igualmente ao correr com os pés no chão, escalar, pular em poças de águas, jogar bola. As pessoas ainda não perceberam que a gente pode ser o que quiser e, mesmo sendo princesa, pode ser super-herói. O mundo está precisando ser salvo, salvo de gente de mente pequena e ignorante. De gente engessada que não pensa fora da caixa, de gente sem amor e respeito pelo próximo. Eu só quero que vocês saibam que não é um gênero, um órgão sexual que define vocês. Vocês são meninas lindas, princesas. Mas isso não significa que são frágeis, que vieram ao mundo à passeio, ou à espera de um príncipe encantado. Eu espero que vocês continuem assim, princesas, e, quem sabe no futuro, caso desejem, virem rainhas, da própria vida. Ser princesa, meus amores, é ter comportamento, atitudes e porte de uma “lady”. Sejam donas dos seus próprios destinos, sonhem alto, voem, corram em busca dos seus objetivos. Suas vidas, suas escolhas. Eu sei que vocês se tornarão mulheres destemidas, poderosas, fortes e confiantes, mas não percam a sensibilidade, a doçura e a delicadeza. Não permitam serem tratadas diferente por conta do sexo, cor, ou ideologias.  Sejam realizadas, sejam felizes.

Com amor,
Mamãe.

Texto: Lívia Lins Torquilho

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