quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Ah, esse amor!


Ah minhas filhas, um dia vocês vão entender o mais nobre, enlouquecedor e puro sentimento, aquele que faz a alma transcender.
Ah, esse amor!
É tão grande que chega a doer, no peito parece não caber. No olhar chega a transbordar, um rio faz jorrar e a boca sorrisos emoldurar.
Ah, esse amor!
De tão intenso chega a faltar ar, tão genuíno que faz levitar, tão simples quanto o respirar, tão forte como o coração a pulsar, tão claro quanto o sol a raiar.
Ah, esse amor!
Que faz o sono perder e a voz chega a faltar. O cético em Deus passa a acreditar, é ele quem tem esse poder, um novo sentido à vida dá, milagres faz acontecer.
É pesado. Leva ao limite da exaustão. Ensina sobre perdão. No peito faz brotar a compaixão e a gratidão.
Ah, esse amor!
Que faz perder o norte. O forte faz frágil e o fraco faz forte. A certeza por terra faz cair, e no coração duvidas surgir. Faz o humano se reinventar, sempre em busca por melhorar.
Ah, esse amor!
Avassalador, arrebatador.
Fonte de cura, ternura, esperança, confiança, leveza e beleza.
Vem da alma. Não dá para explicar. É profundo, não é desse mundo. É humano, mas se aproxima do divino. Exerce um inexplicável fascínio. É indescritível, infinito, não dá para dimensionar, nem comparar. É pleno, absoluto, incondicional. Assim é o amor por um filho, exponencial, irracional.
Ah, esse amor!
Texto: Lívia Lins Torquilho

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