Ah minhas filhas, um dia vocês
vão entender o mais nobre, enlouquecedor e puro sentimento, aquele que faz a
alma transcender.
Ah, esse amor!
É tão grande que chega a doer, no
peito parece não caber. No olhar chega a transbordar, um rio faz jorrar e a
boca sorrisos emoldurar.
Ah, esse amor!
De tão intenso chega a faltar ar,
tão genuíno que faz levitar, tão simples quanto o respirar, tão forte como o
coração a pulsar, tão claro quanto o sol a raiar.
Ah, esse amor!
Que faz o sono perder e a voz
chega a faltar. O cético em Deus passa a acreditar, é ele quem tem esse poder,
um novo sentido à vida dá, milagres faz acontecer.
É pesado. Leva ao limite da
exaustão. Ensina sobre perdão. No peito faz brotar a compaixão e a gratidão.
Ah, esse amor!
Que faz perder o norte. O forte
faz frágil e o fraco faz forte. A certeza por terra faz cair, e no coração
duvidas surgir. Faz o humano se reinventar, sempre em busca por melhorar.
Ah, esse amor!
Avassalador, arrebatador.
Fonte de cura, ternura,
esperança, confiança, leveza e beleza.
Vem da alma. Não dá para
explicar. É profundo, não é desse mundo. É humano, mas se aproxima do divino.
Exerce um inexplicável fascínio. É indescritível, infinito, não dá para
dimensionar, nem comparar. É pleno, absoluto, incondicional. Assim é o amor por
um filho, exponencial, irracional.
Ah, esse amor!
Texto: Lívia Lins Torquilho
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