Ontem, mandei lanche temático
para a Isabelle na escola. Os coleguinhas piraram quando viram o lanche dela e
ao buscá-la eles foram logo falando: “Tia, eu adorei o lanche da Isabelle,
amanhã vai ter de novo? ” Eu, hoje ao preparar o lanche dela, resolvi aumentar
a quantidade para que ela pudesse dividir com os amigos. Uma forma de
confraternizar, e ensiná-la a partilhar. No clima de halloween, ela quis ir para
a escola vestida de bruxinha, eu a incentivei e o pai, que sempre a leva, foi a
caráter (roupa preta e uma capa de drácula). Os amigos dela amaram. Eles
ficaram encantados...
Eu sei que algumas pessoas são avessas
ao Halloween, por acreditarem se tratar do dia das bruxas, culto à outros
deuses... Eu respeito! Mas não aturo, e perde totalmente o meu respeito uma pessoa
que ignora uma criança por estar se vestindo de “bruxinha”, que vira o rosto
para uma mãe porque esta está incentivando a filha a ser feliz. Porque, na
cabeça dessa pessoa, é um culto à bruxaria. Sério mesmo, me tira do sério gente
pequena. Não sei se é fanatismo, ignorância ou falta de tolerância mesmo. Como
um ser humano que diz amar a Deus, agir com tanta falta de respeito e amor ao próximo.
Eu fico aqui rezando por essas “almas penadas” que habitam a Terra. Tolerância,
povo de Deus, é disso que o mundo precisa.
O que fizemos hoje ao encorajá-la
a ir para a escola fantasiada e distribuir lanches com os colegas, foi
ensiná-la a dividir, a fazer uma festa mesmo que sem motivo aparente, foi
quebrar a rotina e fazer os dias mais leves e felizes. Foi dividir carinho em
forma de doces e travessuras.
Enquanto isso, nós seguimos construindo
memórias... Porque de verdade, é exatamente isso que fica.... Retalhos de uma
infância feliz! E quando a gente se veste assim e entra no mundo da imaginação,
na verdade eu estou emponderando-as. Estou trabalhando a auto estima delas. Minhas
meninas podem ser o que quiserem e vestir-se como quiserem, independente de ser
convenção ou não. A gente veio para esse mundo para ser feliz, não só para
seguir regras, que entenda, são importantes, mas quebrar protocolos faz parte!
Texto: Lívia Lins Torquilho
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