Férias na Califórnia, com um bate e volta à Vegas da Família
Lins Torquilho
Esse é o roteiro de férias da
minha família, eu, Lívia, Igor, meu esposo, e nossas duas filhas, Isabelle (4
anos) e Maria (1 ano e 11 meses). Farei um relato da nossa experiência pela
Califórnia.
A gente não precisa de desculpas
para viajar, mas essa viagem foi especial por estarmos comemorando os dois anos
da Maria, que foi em 22/09 e o meu aniversário, que foi em 11/09.
Saímos de Fortaleza com destino
à San Francisco. Partimos às 18:20 do aeroporto de Fortaleza e desembarcamos em
San Francisco às 15:10, horário local. Conexões em São Paulo (Guarulhos) e Cidade do Panamá, no Panamá. Totalizando
quase 25 horas de voo.
Maria saiu de casa com diarreia,
e mesmo a mãe, eu, no caso, tendo levado 2 mudas de roupas para a criança, a
menina chegou ao nosso destino final só de fralda e blusa. A diarreia dela
permaneceu por 10 dias, depois disso não sei se ela ficou boa ou simplesmente
deixou de fazer cocô por não aceitar mais quase nada de alimentos (nem o leite).
Em tempos normais, eu teria surtado, mas como estávamos viajando, eu relaxei, e
ofereci a ela apenas o que ela pedia, sem neuras com procedência, horários,
tipo de alimento.
1.
Chegada ao aeroporto de São Francisco
(26/08/2017)
Embora exista um metrô (BART) que transporta do aeroporto à Union Square,
preferimos pegar um UBER. Pois nosso hotel ficava no Fisherman’s Wharf e o
metrô não levaria até lá. Portanto teríamos de pegar o metrô, e depois um ônibus
ou táxi para irmos até o hotel. A passagem do BART custa U$$ 8,65/ pessoa o
trajeto levaria em torno de 30 minutos. Após analisarmos custo beneficio,
optamos por pagar por um UBER, visto que estávamos com 2 crianças, 2 malas e um
carrinho de bebê e estávamos desembarcando após quase 25h de viagem. O UBER
custou em torno de U$$ 30,00 e o percurso durou aproximadamente 35 minutos.
Acho que foi a melhor escolha!
Apesar de chegarmos ao hotel por volta das 17:00, nesse dia não fizemos
nada, aproveitamos para descansar e renovar as energias. Caímos na cama e
dormimos até o outro dia!
O hotel que ficamos foi o Sheraton Fisherman’s Wharf. Recomendo demais
pela localização, serviço (funcionários muito prestativos, atenciosos),
limpeza, ambiente familiar.
2.
Primeiro dia oficial da viagem (27/08)
Decidimos pegar um ônibus de turismo, estilo hop on hop off. Em San
Francisco existem várias empresas que oferecem esse serviço. O percurso muda de
uma empresa para outra, então fique atento caso tenha algum local especifico
que você queira passar. Só descobrimos isso depois de termos feito o city tour.
Escolhemos a Big Bus por conveniência. O ônibus partia da calçada do hotel.
A Big Bus oferece vários pacotes de city tour. Escolhemos o pacote
deluxe, que consiste de 2 dias utilizando o serviço do ônibus, city tour
noturno por San Francisco, city tour por Sausalito, City tour a pé (existiam 4
locais que era feito esse serviço. É bom verificar os locais e horários do
walking city tour, pois só tem um horário por dia em cada local) e passeio de
bike (1h). O custo desse pacote foi de U$$ 65,00 por pessoa. Crianças pagam a
partir de 5 anos.
Para nós, esse city tour valeu muito a pena, pois tivemos uma visão geral
da cidade e descemos nos pontos que achamos mais interessantes e que ficavam
mais distantes. Depois de vermos do alto vários pontos turísticos, descemos na
Golden Gate, como ficamos na parte superior do ônibus (sem teto), a passagem
pela ponte venta muito, foi necessário por o casaco. A vista é maravilhosa. O
ônibus dá uma paradinha que seria suficiente para tirarmos foto no mirante e
continuarmos o passeio, mas por termos optado pelo tour em Sausalito também,
trocamos de ônibus nessa parada (que é a parada do ônibus que faz o tour em
Sauasalito).
Sausalito é uma cidadezinha proximo à San Francisco, super charmosa e de
lá temos uma vista linda de San Francisco. Aproveitamos para passearmos no
centrinho e almoçarmos. No retorno do city tour de Sausalito, o ônibus nos
deixou noutro mirante da Golden Gate, que é no centro de informação ao turista.
Lá pegamos novamente o ônibus para prosseguirmos com o city tour por San
Francisco. À noite, aproveitamos para
fazermos o tour noturno, roteiro diferente do tour do dia. Nesse tour não há
paradas. Novamente, ficamos na parte de cima do ônibus, confesso que quase
congelamos apesar de estarmos bem agasalhados, porém o vento é muito forte e
frio, em determinado momento, decidimos descer e nos abrigarmos na parte
fechada.
3.
Segundo Dia (28/08)
Dia de andar... Feito todo o city tour por San Francisco,
decidimos voltarmos nos pontos que mais nos interessava, e como o pacote que
compramos incluía o walking city tour, decidimos fazer pela região da Union
Square, posamos nos três corações que ficam na praça (geralmente tem um coração
em cada canto da praça, mas uma parte da praça está em obras, portanto, só
ficaram três corações) e Chinatown, passamos pelo portal, seguimos por algumas
ruas, pela igreja Old Saint Mary’s Church, pela fábrica de pipas, finalizando o
tour na fabrica de biscoitos da sorte. Retornamos até a Union Square e pegamos
o bus do city tour, descemos próximo à Alamo Square para curtirmos um pouco a
praça e conhecer as Painted Ladies, de lá seguimos para o bairro mais hippie de
San Francisco o Haight & Ashbury. Caminhamos por algumas ruas, vimos vários
brechós, painéis pintados, cafés descolados, edificações com fachadas
inusitadas e posamos em frente à casa onde teria morado Jimy Hendrix. De lá
seguimos então para o bairro mais colorido do mundo: O Castro. Fomos
recepcionados pela bandeira gigante e seguimos até o Teatro, um pouco mais a
frente atravessamos o cruzamento mais colorido de San Francisco, Castro x 18
Street. De lá, pegamos um Uber e fomos até a Lombard Street, do alto dá pra comtemplar
uma vista incrível de Alcatraz, das colinas gigantes de San Francisco e das
oito curvas que fizeram dessa rua o cartão postal da cidade. De lá seguimos à
pé até a Guirardelli Square. Aproveitamos o passeio para tomarmos um sorvete na
famosa loja de chocolates. Após repormos as energias, seguimos para o
Fisherman’s Wharf. Uma região muito charmosa e turística. Repleta de lojinhas,
restaurantes e uma vibe bem legal. Finalizamos nosso dia no Pier 39, com as
meninas vendo os leões marinhos, subindo e descendo a escadaria piano (elas se
amarraram na escada). O jantar foi na Boudin, a tradicional sopa no pão.
4. Terceiro
Dia (29/08)
Iniciamos o dia passeando de bondinho (Existem 3 linhas
cobrem a cidade: a California, Powel/Hyde e
a Power/Mason. A maior rota é a Powel/Hyde com
28 paradas em seu percurso. A diferença entre a Hyde e
a Mason, é que a primeira vai até bem perto da Ghirardelli
Square e passa pela Lombard Street e a segunda
vai até o meio do Fisherman’s Wharf). Muito bacana o
passeio, uma experiência diferente. É como estar andando num museu ambulante.
Bacana sentir o vento no rosto e observar as ladeiras e o ritmo da cidade a
bordo de um transporte tão antigo. Para um meio transporte público achei o
valor um tanto salgado, U$$ 6,00 o bilhete apena de ida. O final do nosso
passeio de bondinho foi na parada final da rota da Powel/ Mason. Descemos na
esquina da Powel com a Market, de lá seguimos à pé para o Civic
Center.
Curiosidade: Quando o bonde chega ao final do trilho, os 2 funcionários
(condutor e cobrador, descem e o processo é manual. A plataforma de madeira
gira e um deles manipula manualmente (empurra) para que o bonde vire.
Em frente ao prédio da Prefeitura, que é lindo tanto por
fora como por dentro e pode ser visitado sem custo, tem um playground bem
fraquinho que as meninas se divertiram bastante. Por trás da Prefeitura (City
Hall), tem os prédios War Memorian Opera House, Symphony Hall. Prédios
suntuosos e lindíssimos. De lá seguimos para o Golden Gate Park, o parque é
gigante, é bom ir com um mapa para se situar. Fomos apenas para o playground
para as meninas brincarem um pouco e para o Museu De Young, a entrada do museu
é paga, mas o acesso à torre para observar a cidade e o parque é gratuito. Ainda
no parque é possível visitar o conservatório das flores, o jardim japonês, o
California Academic of Science, um museu interativo.
Do parque seguimos para o Embarcadero, passeamos pelo
calçadão fazendo paradas e descobrindo lugares interessantes, como a Praça da
Levi’s, local que é rodeada pelo escritório e o museu da marca. Acabamos o
nosso passeio novamente no píer 39, que ficava a duas quadras do nosso hotel.
5. Quarto
Dia (30/08)
Dia de deixar San Francisco.
Fizemos algumas compras pelo site da Amazon.com, as compras
foram feitas quando ainda estávamos no Brasil, o prazo de entrega seria até o
dia 26/08, sábado, dia que chegaríamos em San Francisco. Ocorre que ao
chegarmos no hotel, recebemos uma parte dos produtos (stroller e outras amenidades),
outra parte (car seat da Maria) recebemos no dia posterior, ficando ainda para
ser entregue a nós um car seat (da Isabelle). Recebi um e-mail da Amazon.com
informando que esse produto, devido a um atraso seria entregue até o dia 29/08,
terça feira. Na terça feira a noite, o produto ainda não havia sido entregue no
hotel, embora no site constasse a entrega. Entramos em contato com a gerencia
do hotel, com a segurança e inclusive o Igor, juntamente com um funcionário,
verificou nas câmeras do hotel que de fato o produto não havia sido entregue.
Diante desse transtorno e que no dia seguinte pegaríamos um carro para seguir
pela Pacific Coast Highway, decidimos comprar outro car seat no Target logo
cedo da manhã do dia seguinte. Era 7:30 da manhã, estávamos de saída para o
Target, quando o telefone do quarto tocou, era o funcionário da segurança do
hotel, o mesmo que tinha verificado as câmeras na noite anterior com Igor,
avisando que estava com o produto para nos entregar. Quando o Igor foi receber,
ele explicou que durante a noite foi nas imediações do hotel, em busca da nossa
mercadoria, e o mesmo havia sido entregue por engano noutro hotel. Duas
observações: (1) Nota 10 para o Sheraton Fisherman’s Wharf Hotel e sua equipe pela
competência, prestabilidade e atenção. (2) Nota zero para a Fedex, decepção
pelo serviço prestado. Pelo jeito, não é só o Correios que não anda trabalhando
direito....
Pegamos o carro e seguimos em direção à Pacific Coast
Highway. Primeira parada em Halfmoon bay, uma cidadezinha próxima à San
Francisco muito procurada por surfistas, de lá seguimos até o Pigeon Point
Lighthouse e Whaler’s Cove – 20 milhas/32 km depois de Halfmoon Bay, fica
o farol chamado de Pigeon Point. Não pudemos entrar na edificação do farol,
pois estava interditada, mas o que faz desse lugar mais interessante é que hoje
lá funciona um albergue. A vista de lá é linda! Lá também é conhecido por
Whaler’s Cove porque no período migratório das baleias, de Março à Maio, elas
passam por lá fazendo um verdadeiro espetáculo da natureza. De lá seguimos para
Santa Cruz, uma cidade charmosa que também é bem procurada por surfistas, lá
inclusive, tem o museu do Surf, visto que foi lá que em 1885, três príncipes
havaianos praticaram o surf e o esporte virou febre em toda a costa. Em Santa
Cruz fizemos o passeio pelo Santa Cruz Board Walk, um parque de diversões bem
vintage e super famoso. Os ingressos dos brinquedos podem ser vendidos por passaporte,
U$$ 34,00 podendo brincar em todos os brinquedos ilimitado, durante o dia, ou
tem a opção de venda por brinquedo, variando de U$$ 3,00 à 6,00, dependendo do
brinquedo. Nossa parada em Santa Cruz foi bem rápida, só para esticarmos as
pernas. Seguimos rumo ao nosso destino, a cidade de Monterey, onde
pernoitaremos para explorarmos um pouco mais a região.
Chegamos em Monterey por volta das 16:00 e decidimos seguir
direto para a Carmel-by-the-sea. De carro, andamos um pouco pela 17 mille drive
e pelo centro de Carmel. Caminhamos pela praia e apreciamos um belíssimo por do
sol. A noite, andamos pelo centrinho de Carmel, bem pequeno. Não há postes de
luz pela cidade, mas é uma cidade segura, sofisticada e requintada.
6. Quinto
Dia (31/08)
Monterey era uma vila de pescadores, que tinha como
principal fonte de renda as fabrica de sardinhas. Hoje, não existem mais
fabricas de sardinhas, onde havia uma grande fabrica se transformou em um dos
maiores aquários do mundo. Logo cedo, fomos até o aquário e ficamos por lá por
toda a manhã. De lá seguimos para o passeio mais esperado, a Big Sur.
Big Sur, o nome, vem do espanhol que predominou na região
“El Grand Sur”, o grande Sul. Considerada uma das estradas mais lindas do
mundo, a Big sur, é um pedaço da Pacific Coast Highway, que se estende de
Monterey/ Carmel até San Simeon, um pouco antes de chegar em San Luis Obispo.
São 140 Km de estrada, à beira mar, sobre penhascos e com vistas deslumbrantes
do Pacifico.
Como a Big Sur está interditada, desde Fevereiro deste ano,
devido a deslizamentos de terra e posterior demolição da Pfeiffer Canyon
Bridge, resolvemos fazê-la parando nos principais mirantes até o Pfeiffer Big
State Park e no dia seguinte, após fazer o desvio de Highway 101, continuar
pelo outro lado até San Simeon, para seguirmos pela H1 para Los Angeles.
Segue abaixo os principais mirantes que paramos:
a. Point Lobos State
Reserve (MON 70.2) – É
uma parque estadual, considerado
o mais bonito da região. Dá pra passar horas no lugar, fazendo trilhas, explorando
a região, ou simplesmente se encantando com as inúmeras reentrâncias com
piscinas de maré que realmente impressionam. É preciso chegar
cedo porque o parque só permite uma quantidade mínima de carros de cada vez.
Você paga uma taxa (U$$ 10,00) pra entrar neste parque, mas esta taxa serve
para vários outros parques na região como o Andrew Molera State Park, Pfeiffer
Big Sur State Park ou o Julia Pfeiffer Burns State Park
Seguimos em frente, pela Big Sur, a estrada começa a
mostrar porque tem o título de estrada mais linda do mundo. A cada curva, uma
surpresa, uma visão, uma praia escondida. E o Pacífico sempre ao fundo, em azul
profundo e feroz. Uma emoção. Um passeio para fazer sem pressa.
b. Rocky Point (MON
62.0) – Paramos no restaurante de leva o nome dessa parada. Aqui as pedras com
vários formatos no meio do mar dão efeito interessante na água. E há flores
silvestres por toda parte. Deixamos o carro estacionado no restaurante e
seguimos por uma trilha.
c. Rocky Creek Bridge
(MON 60.1) – Esta ponte é quase igual a ponte da próxima parada, a Bixby Bridge
que é a famosa, sendo esta bem menor, mas não menos surpreendente.
d. Bixby Creek Bridge
(MON 59.8) – Essa é a ponte cartão postal da região, fica apenas uma milha (1.6
km) de distância da ponte anterior.
e. Hurricane Point
(MON 58.3) – Tem visão pro norte da Bixby Creek Bridge e um detalhe que explica
o nome: venta muito neste lugar.
f.
Point
Sur Lightstation State Park (MON 54.1) – O parque tem um farol muito
interessante e rende ótimas fotos, porém só está aberto nos fins de semana.
g. Pfeiffer Big Sur
State Park (MON 46.9) – Outro parque com nome parecido que confunde os
visitantes. Aqui é local onde as pessoas fazem camping. Dentro do parque, além
das trilhas, há também duas cachoeiras muito bonitas.
Nós chegamos até a parte fechada e voltamos para
Monterey para pegar a estrada sentido Highway 101, no próximo dia. No Pfeiffer
Big Sur Park nos deram a informação que teríamos acesso ao Julia Pfeiffer State
Park se fizéssemos o desvio de Highway 101 e na altura de Bradley pegar a
Nacimiento Fergusson Road.
7. Sexto
Dia (01/09)
Decididos a ir até o Julia Pfeiffer State Park (MON
35.9), que para nós era parada obrigatória, já que é lá que se encontra um dos
cartões postais mais importantes da Big Sur: a famosa cachoeira
McWay, pegamos
estrada Highway 101 e na altura de Bradley pegamos a Nacimiento Fergusson Road.
Nesse trajeto passamos por uma estrada que é base militar e subimos uma
montanha de 860m com várias curvas fechadas. O suficiente para Isabelle passar
mal e vomitar o carro inteiro, sem contar no calorão de 42°C, 109F. A estrada
montanhosa é sinistra, curvas fechadas e sem guard rail. Confesso que fiquei
travada durante todo o percurso. Mas a vista de lá pra Big Sur é fantástica.
Após descermos a montanha e chegarmos à Big Sur fomos até o Julia Pfeiffer
State Park, nesse momento as duas crianças dormiam no carro e eu já cansada,
com fome, muita fome, e calor decidi não descer do carro para fazer a trilha
que dava acesso a vista da cachoeira McWay, isso mesmo, acesso ao
mirante para ver a cachoeira porque o acesso a praia estava fechado! O Igor
desceu, foi até o mirante, tirou fotos e depois tentou me convencer a ir até lá
enquanto ele ficaria com as crianças no carro. Mas nesse momento eu não estava
nem um pouco convencida a descer do carro no ar condicionado e encarar um sol
escaldante e andar por 1 Km apenas para ver de longe (e era bem de longe mesmo)
uma cachoeira.
Existem duas maneiras de acessar o
mirante da McWay Fall, estacionando no Parque que custa U$$ 10,00 ou parar à
beira da estrada, que tem sinalização de proibido estacionar. Quando saímos do
parque o Igor me mostrou a trilha que levava até o mirante e parados (não
estacionados) à beira da estrada eu vi a famosa cachoeira, mas confesso que
ficamos frustrados em não termos conseguido ir até a praia.
Saímos do parque convictos de que a
próxima parada seria em San Simeon pela Big Sur, ou seja, viajaríamos por 52
milhas até o próximo destino. Após andarmos 25,7 milhas descobrimos que a Big
Sur estava interditada em outro ponto, ou seja tivemos que retornar para a
estrada montanhosa, sinistra e insegura que viemos para fazermos um novo
desvio. Nesse momento, já estávamos famintos, porém, não havia mais nenhum
ponto de venda de comida aberto na região, pois já passava das 15h.
DICA: Não comece a rodar pela Big Sur
sem estar devidamente alimentado, e sem mantimentos no carro. É difícil
encontrar restaurante, lanchonetes, qualquer ponto de venda de alimentos na
rota. E quando encontra, custa um rim.
Finalizamos nossa viagem pela
encantadora Big Sur em San Simeon. Nossa parada foi em Point Piedras Blancas
Vista Points (SLO 62.4). Esta praia é conhecida como a praia dos elefantes
marinhos, devido a enorme quantidade deles na praia. Uma experiência realmente
singular, fantástica. Uma experiência visual e auditiva maravilhosa. Muitos
deles bem na nossa frente, em seu habitat natural. Dormindo, brincando,
brigando, se banhando no mar, fazendo barulho; e como fazem. De lá seguimos
para Morro Bay, onde pudemos contemplar um lindo por do sol. Pernoitamos em
Lampoc, para no dia seguinte seguirmos até Los Angeles.
Apesar dos desvios e pequenos
transtornos, viajar pela Big Sur vale cada quilometro rodado. Indescritivel, inexplicável. Paisagens
belíssimas, com o mar sempre ao fundo, sem esquecer da engenharia da estrada
que margeia o Pacifico.
8. Sétimo
Dia (02/09)
Começamos o dia em Solvang, conhecida
como a capital americana da Dinamarca, é uma cidade minúscula com arquitetura
típica dinamarquesa, que fica a 40 minutos de Santa Bárbara na Califórnia. Em
Solvang tomamos café da manhã na Paula Pancake’s House, um lugar bem simpático
e lotado. Esperamos na fila por 45 minutos. A comida é boa e valeu a
experiência.
De lá fomos passear pela cidade, a
principal avenida é a Mission Drive, onde encontramos hotéis, restaurantes, cervejaria, Solvang Brewing Co. – a cervejaria local e
alguns moinhos. Ainda na Mission Drive, encontramos quase em frente a
cervejaria a loja Jules Hus, uma lojinha que vende artigo natalinos o ano
inteiro. A loja, na verdade, só vende esse tipo de produto. É uma loja bonita,
com bastante variedade, mas eu esperava mais. No
cruzamento da Mission Drive com a Alisal Road tem uma cópia da
estátua da Pequena Sereia de Copenhagen e na praça um pouco mais a frente o
busto do famoso escritor Hans Christian.
A Alisal Road, é outra rua que merece atenção, pois tem um moinho e uma cópia
da Torre Redonda de Copenhagen. A cidade é pequena, quente, pegamos calorão de
40°C. Em menos de duas horas é possível andar sem pressa o centrinho todo.
Saimos de Solvang em direção à Santa
Bárbara. Uma cidade praiana bem lindinha. Fomos até a Missão de Santa Bárbara,
uma das atrações mais famosas da cidade. A missão foi fundada em 1786 pelos
franciscanos espanhóis. De lá fomos andar um pouco pela State Street, a rua mais
famosa da cidade que é endereço de vários restaurantes, cafés e lojas.
Após almoçarmos um típico hambúrguer
americano e tomarmos um sorvete de churros na McConnell’s, seguimos viagem rumo
à Santa Mônica.
A idéia inicial era chegarmos cedo à
Santa Mônica, alugar um bike e seguir pela orla de bike até Venice Beach. Porém,
chegamos em Santa Mônica as 18h, devido ao transito, que não imaginávamos
pegar, e os locais de aluguel de bike fecham às 18h, portanto não pudemos locar
a bike. No trajeto do estacionamento do carro até as lojinhas de aluguel de
bike, Isabelle já havia percebido o Pacific Park, o parque de diversão do píer
de Santa Mônica, e seu interesse não era andar de bicicleta, mas brincar no
parque. Sendo assim, fomo curtir o Pacific Park com ela.
O píer de Santa Mônica
é o ponto final da Route 66, que liga Chicago à Los Angeles. Passear no píer, é
sem dúvidas o passeio mais turístico de Santa Mônica. Localizado nas redondezas
de Santa Mônica Beach, o píer é famoso por ser o local onde está situada uma imensa
roda gigante à beira mar (a única no mundo movida a energia solar) um carrossel
de 1922 e vários outros atrativos para se aproveitar muito. Além da praia, é
possível apreciar a paisagem local, parar em algum dos restaurantes ou simplesmente
ir ao Pacific Park que é um dos lugares mais requisitados pelos visitantes. O
parque tem mais de 12 atrações e pode-se adquirir bilhetes para um ou mais
brinquedos do local. Compramos o pacote para Isabelle brincar ilimitado por um dia
por U$$ 18,00 e ela adorou. Saímos do parque após as 22:00 e pela movimentação
no estacionamento, o melhor ainda estava por vir.
Para visitarmos Los
Angeles, decidimos nos hospedar em Anaheim, que é uma cidade bem próxima de Los
Angeles e é onde se situam os parques da Disney. Saímos do píer e seguimos o
rumo de Anaheim.
9.
Oitavo Dia (03/09)
Dia de fazer o
reconhecimento em Los Angeles. Impossível pensar em Los Angeles sem associar a
Calçada da Fama, sendo assim, foi lá que começamos o nosso passeio. A Calçada
da fama fica em Hollywood Blvd. É onde pode se ver todas as “estrelas” sem
fazer muito esforço. Ali mesmo em Hollywood Boulevard fica o Chinese Theatre ou
Teatro Chinês, onde ficam as mãos e sapatos de atrizes. Essa tradição começou,
acidentalmente, com uma atriz que pisou no cimento fresco. Visitamos o Hollywood
and Highlands, o complexo de entretenimento, que além de lojas e
restaurantes é onde acontece o “Red Carpet” pro Oscar, o antigo “Kodak
Theatre”, onde acontece a cerimônia do Oscar, agora se chama Dolby Theatre.
DICA:
Estacione no Hollywood & Highland, que custa U$$2 pelas primeiras duas
horas com o carimbo de alguma loja ou restaurante.
Nossa próxima parada
em Los Angeles foi tentar tirar uma foto com o letreiro Hollywood. Até tiramos uma
de uma das varandas do Hollywood and Highlands, mas foi frustrante,
as letrinhas símbolo de glamour ficaram quase ilegíveis, portanto, fomos atrás
de um endereço que nos pusesse bem perto da Hollywood Sign: 3000 Canyon Lake Drive. DICA: Como nesse local é
proibido parar e estacionar, e tem agente multando mesmo, estacione o carro um
pouquinho mais abaixo, num parque para cachorros, que tem estacionamento para
caramba.
Após
posarmos com a placa, seguimos para a Warner Bros para tentarmos fazer um tour pelos bastidores dos estúdios. Não conseguimos, pois ao
chegarmos lá fomos informados que só se agenda tour pela internet, no
site (http://vipstudiotour.warnerbros.com/). Até tentamos marcar, mas não havia mais vagas para o dia,
nem para o próximo.
De lá,
decidimos ir até o Farmer’s Market, um local histórico em Los Angeles,
equivalente ao Mercado Municipal de São Paulo. Lá, os fazendeiros vendiam suas
mercadorias entre o fim do Século XIX e o início do Século XX. O local acabou
tornando-se uma instituição da cidade, e hoje abriga um grande número de
restaurantes, cafés e lojas. É um local que os moradores da cidade costumam
frequentar. Lá, almoçamos em um restaurante brasileiro, o Pampas Grill. Comida
excelente, ótimo custo benefício, self service, comida boa, atendimento
excelente e o melhor, eles falam a nossa língua.
Após o almoço fomos passear por Beverly Hills e
pela Rodeo Drive. Aproveitamos para registrar a passagem tirando uma foto na placa
de Beverly Hills, uma placa toda bonitinha que fica numa pracinha pequenina
quase em frente a Rodeo Drive (9439 Santa Monica Blvd). Passeamos de carro por
algumas ruas e nos impressionamos com as casas. Depois fomos passear pela Rodeo
Drive, a rua mais chique da Califórnia. A Rodeo Drive é a rua central de uma
região conhecida como triangulo dourado de LA, o triângulo é formado pelas
Santa Monica Blvd., North Crescent Drive e Wilshire Blvd. É uma região de lojas
caríssima, vitrines maravilhosas, lojas super tendência. Vale a pena passear
por essas ruas, e a Rodeo Drive, é sem dúvida a mais top. O Hotel Beverly Hills
Wilshire, onde foi gravado o filme “Pretty Woman” (Uma linda mulher) fica no
final da Rodeo Drive, quase em frente a escadaria. Após o passeio nas ruas mais
glamourosas e estilosas da cidade, e para terminar o dia comtemplando um
belíssimo pôr do sol fomos em direção ao Griffith Observatory (2800 East
Observatory Road), onde fica o planetário da cidade. A entrada é grátis e num
dia sem névoa, as vistas são lindas. Porém, não conseguimos estacionar. O local
estava muito lotado e o estacionamento que tinha vaga ficava bem distante do
observatório e ainda teríamos que subir uma longa e íngreme colina, com duas
crianças no carrinho, desisti do passeio. Sendo assim voltamos para o hotel
para descansar e repormos as energias para o dia seguinte.
10.
Nono Dia (04/09)
Como
eu mencionei anteriormente, ontem não conseguimos fazer o tour pelos bastidores
do Warner Bros, sendo assim decidimos ir ao Hollywood Studios que combina
parque de diversão com visita à estúdio de cinema. Eu estava bem receosa em
fazer esse passeio, porque não sabia se seria permitido a entrada de criança de
colo (a Maria tem menos de 2 anos). Também achava que as meninas não teriam
tantas opções de brinquedos para usufruírem. Com uma expectativa tão baixa,
fomos ao parque. Confesso que me surpreendi e posso afirmar que foi o melhor
parque que fomos na Califórnia. As duas meninas puderam fazer o tour. O parque é grande, o suficiente para não
conseguirmos ir em todos as atrações que desejamos. Ele é bem preparado para o
verão e o calorzão que assola a cidade. Há diversas atrações para a estatura de
Isabelle, há espaço também preparado para crianças menores, do tamanho da
Maria. Os funcionários sempre dispostos a ajudar e a tirar fotos, quando
solicitados, e simpáticos. Também nos foi informado de lugar com estrutura para
crianças pequenas, com forno micro-ondas, onde pudemos esquentar a comida da
Maria que levamos, trocador, salinha para amamentação, poltronas e cadeirões de
alimentação para crianças pequenas, tudo no ar condicionado. Os horários das
atrações são divulgados em telas espalhadas pelo parque, bem como os horários
que os personagens estariam a disposição para fotos. O parque estava bem cheio,
mas já estávamos esperando por isso visto que hoje é feriado aqui, Labor Day.
Mas mesmo estando bem cheio, conseguimos ir nos brinquedos e simuladores que
nos dispomos. Adoramos o parque e indicamos! Valor do ingresso: U$$ 110,00 o
adulto e US$ 105,00 a criança (de 3 a 9 anos).
11. Décimo Dia (05/09)
Dia
de Disney e Disney é sempre Disney. Expectativas mil. O parque abria às 10h, e
como estávamos hospedados próximos, saímos do hotel às 9h, em quinze minutos
chegamos ao estacionamento. Porém, após estacionarmos e passamos pela fila de
inspeção (segurança), pegamos um tramway para chegarmos até o parque. Optamos
por visitar primeiro a Disneyland. Na California, os parques da Disney ficam um
de frente ao outro. Compramos os ingressos na entrada do parque. O que não teve
fila, mas para entrar no parque, fila enorme no sol quente. Ou seja, do
estacionamento até conseguirmos entrar no parque perdemos 1h. Após a entrada,
fila para tirar foto na entrada do parque. Após posarmos para a fotografa do
parque, a do photo pass, pedimos para que ela tirasse uma foto no nosso
celular, a mulher até tirou, mas com tanta má vontade que se a foto do photo
pass tiver ficado tão mal enquadrada como a nossa, é melhor ela mudar de
profissão!
O
parque é extremamente quente, nenhum pouco preparado para o calorão. Filas
enormes em todos os brinquedos que nos propomos a ir. O castelo da Bela
Adormecida é minúsculo, menor até que o da Disney Paris. A única vantagem que
achei em relação à Disney Orlando é que na Disney Califórnia vimos muitos mais
personagens interagindo com as crianças e passeando pelo parque. Não achei os
funcionários simpático, me decepcionei, pois aqui não reconheci o padrão Disney
que tanto encanta. E para frustração ser completa, o tradicional show de luzes
e fogos que ocorre no fechamento do parque não aconteceu, pois como é baixa
estação, só ocorre aos fins de semana e feriados. Achei o parque muito ruim.
A
Isabelle pode se divertir em vários brinquedos e a Maria teve o tão sonhado
encontro com o Mickey. E esse encontro eu lembrarei para todo o sempre. Ela
simplesmente ficou encantada. Ela quando o viu, correu para abraçá-lo, pegou
nas orelhas, olhos, focinho, boca, mãos. Ela olhava e tocava como que para ter
certeza que ele realmente era de verdade.
Todos
os personagens sempre muito atenciosos com as crianças. Atendiam muito bem, com
simpatia e em nenhum momento senti que eles apressavam crianças e pais para
tirarem logo as fotos, mesmo as filas estando bem grande para alguns deles.
Assistimos
a Parade, que eu achei o horário cruel, as 3h, com sol escaldante. E também
assistimos uma peça de teatro, bem tosco, mas que as meninas gostaram.
Uma
das áreas que também diferencia do parque de Orlando e que é muito legal para
crianças pequenas, é a Mickey’s
Toontown. Uma cidade em miniatura bem lindinha e com atrações bem
tranquilas, parece que estamos dentro do desenho, foi lá que a Maria se
encontrou pela primeira vez com o Mickey, na casa dele, local que é ponto de
fotos com o personagem.
12. Décimo Primeiro Dia
(06/09)
Dia
de conhecer Disney Califórnia Adventure Park. Confesso que após o dia de ontem,
as expectativas estavam bem baixas para o parque, até nos passou a ideia de
desistirmos de ir, mas como tínhamos marcado um almoço no Ariel’s Grotto (com
as princesas), decidimos arriscar e (literalmente) pagar para ver.
O
Disney Califórnia Adventure Park é um parque menor que a Disneyland, menos
quente, menos lotado e mais agradável. O tema do parque é a própria Califórnia,
com píer, coqueiros e um clima descontraído. Ele é realmente um charme, e que
bom que a gente não desistiu. As atrações nesse parque são mais divertidas. Não
sofremos em filas, a única fila mais demorada que pegamos foi para tirar foto
com Elsa e Anna, e ainda assim foi no ar condicionado!
Aqui
assistimos o espetáculo Frozen, simplesmente excepcional, padrão Disney, encantador.
A roda gigante que é cartão postal do parque, a Mickey’s Fun Wheel, fica em
frente ao Paradise Píer e é bem diferente, pois tem as tradicionais cabines fixas, mas a novidade são
as cabines móveis, que deslizam e balançam muito. Outra atração bem bacana no
parque é a Cars land. A Radiator Springs foi reproduzida nos mínimos detalhes,
inclusive a Radiator Springs Racers é uma das atrações mais disputadas no
parque.
O
almoço no Ariel’s Grotto foi muito bom. O preço é bem salgadinho, mas vale
lembrar que se paga não apenas pela refeição, mas pela fantasia. Recomendo
demais a experiência. A fachada do restaurante é decorada com uma concha enorme
e com Tritão, o pai de Ariel. O restaurante é todo decorado com adereços que
remetem ao fundo do mar, como águas vivas, algas, conchas. O restaurante fica
no andar abaixo, sendo acessado por escada ou elevador. Ariel nos recepcionou, aos
pés da escada, tirou fotos, deu autógrafos e conversou um pouco com as
crianças. Depois fomos alocados numa mesa e uma garçonete muito simpática nos
trouxe o cardápio para escolhermos o menu. Na mesa tinha coroa e adesivos para
as crianças enfeitarem suas coroas. Bottons da Ariel também foram entregues
para cada visitante do restaurante. A comida é boa, bem servida e a bebida não
alcoólica é à vontade. Enquanto almoçávamos, um rapaz com trajes reais anunciou
as princesas que apareceram uma a uma, no total foram quatro princesas que passaram
entre as mesas, conversando e parando para que tirássemos fotos. O intervalo de
tempo do anuncio entre uma princesa e outra foi de aproximadamente 5 minutos. No
nosso almoço, as princesas que se apresentaram foram Branca de Neve, Cinderela,
Rapunzel e Bela. Eu adorei porque foram as mais clássicas. Foi um momento de
total encantamento.
O
menu servido é composto de entrada, prato principal e sobremesa. Não são muitas
opções, acredito que para facilitar o serviço de cozinha e agilizar o
atendimento, visto que há várias “rodadas” de almoço durante o dia. O tempo de
almoço é em torno de 1:30h, o que foi suficiente e sem pressa. Mesmo com duas
crianças, e a Isabelle demora uma eternidade para comer, o tempo foi
suficiente. O valor do almoço é de U$$ 39,00 o adulto e a criança U$$ 27,00,
fora gorjeta que ao final da conta é sugerida em 15%. Maria não precisou pagar
pelo almoço, mas também não foi servido um menu para ela, dividimos o nosso. É
necessário fazer reserva, que são feitas somente pelo site da Disney. Como é um
restaurante dentro do parque é necessário o ingresso para poder usufruir do
serviço.
Diferente do
parque Disneyland, nesse parque houve uma apresentação de fechamento do parque,
o World of Color. Esse show acontece todas as noites na área do Paradise Pier.
É um show de águas e luzes, com projeções, músicas e pirotecnia. O
problema neste show, é que os lugares para assistir são limitados e é difícil
conseguir um bom lugar caso não se entre na fila aproximadamente 1 hora antes
de começar. E ainda se tiver sorte de conseguir um bom lugar, este será em pé
(não existem cadeiras nem lugares para sentar). Para assistir esse show existe
a opção do Fast Pass que é limitado e distribuídos no início do dia. Só
que mesmo com Fast Pass, não é garantido que se consiga uma boa
posição. O show dura aproximadamente 30 minutos. Nós conseguimos assistir de um
bom lugar, por muita sorte. Mas achei bastante tumultuado e desorganizado,
ainda mais se tratando de um local que o foco principal são crianças. A
apresentação, caso não esteja em um bom lugar, fica impossível de ser
assistida.
Valor do
ingresso de qualquer um dos dois parques por dia: US$ 99,50 o adulto e US$
93,50, crianças entre 3 e 9 anos.
13. Décimo Segundo Dia (07/09)
Chegamos
à última cidade do nosso roteiro na Califórnia, seguindo pela Pacific Coast
Highway. San Diego é a segunda maior cidade da Califórnia e fica bem ao sul do
estado, coladinha na fronteira com o México. Devido sua localização, o clima é
ameno, e as praias são uma grande atração (são bonitas, mas a água é bem
fria!). O centro da cidade fica de frente para a baía, e é onde estão
muitos hotéis.
Nossa
primeira parada nessa cidade foi a praia de La Jolla, a região mais chique da
cidade. Essa área é cheia de restaurantes boutiques e lojinhas caprichadas. Mas
a atração mais popular por aqui, são as focas e leões marinhos, que tomam
conta do lugar. São centenas deles, em seu habitat natural, dormindo, nadando,
brincando, brigando…
Ficamos
um tempão ali, tentando descobrir quais daqueles animais eram focas e quais
eram os leões marinhos. Tem placas no calçadão informando as principais
diferenças entre eles, por exemplo: as nadadeiras, que nas focas são pequenas,
cobertas de pele e tem garras e dos leões marinhos são grandes, cobertas de
pele parecem que são asas. As focas têm um buraco para os ouvidos e os leões
marinhos tem orelhas pequenas. As focas são quietinhas e raramente fazem
barulho e os leões marinhos estão o tempo todo fazendo barulho.
A
praia é própria para o banho, inclusive fomos até o mar molhar os pés e ali a
poucos metros tinha um leão marinho dormindo na areia. A água é realmente bem
gelada. Depois de caminharmos no calçadão, as meninas brincarem na areia e presenciarmos
um belíssimo pôr do sol, voltamos para o hotel.
14. Décimo Terceiro Dia
(08/09)
Sea
World, na minha opinião o melhor parque temático. Fomos numa sexta feira e o
parque estava vazio, ou seja, foi possível aproveitar
tudo sem correria,
sem filas, sem tumultos, sem transtornos. Como o clima em San Diego é ameno não
sofremos com calor. O parque é calmo, todo arborizado e tranquilo. O SeaWorld é um parque
aquático e com shows incríveis de animais. O parque é considerado um dos
maiores do mundo e é diversão para todas as idades. O parque possui várias
atrações para toda a família como o imperdível show das baleias, apresentações
de golfinhos e leões marinhos (que não aconteceu no dia que fomos). Além disso,
há aquários com diversas espécies de animais, o oceanário, tanques gigantescos
com peixes, arraias e tartarugas marinhas, a gigantesca montanha-russa Manta,
brinquedos e salas de cinema. O parque é bem estruturado, é todo dividido em
setores com espaços dedicados à recreação, descanso, shows, gastronomia. Não é exagero dizer que o SeaWorld é um gigantesco
aquário, onde é possível encontrar várias espécies de animais marinhos e em
alguns dá até para tocar. Os shows são as principais atrações do parque. São
incríveis e imperdíveis. Importante pegar um mapa na entrada com informações de
horários. Seu planejamento dentro do parque deve ser definido de acordo com os
horários dos shows. Isso é muito importante para não perder nenhum deles. One Ocean: É o principal show
do parque, é o show das baleias. Blue Horizons:
Show com golfinhos, mistura acrobacias, música e diversão. Sea Lions LIVE: Show engraçado
com os leões marinhos (não houve no dia que estivemos lá). Pets Rule: Show com diversos
animais, como cachorros, gatos, patos e porcos. DICA: Nos anfiteatros que
acontecem os shows, é sinalizado os assentos de wet zone, então, caso você não
queira se molhar, evite-os, porque realmente molha e molha muito! Sentamos na
wet zone no show dos golfinhos, as meninas detestaram, mas eu e o Igor
adoramos! O parque fecha, na semana as 17h, saímos de lá e fomos até o Las
Americas Premium Outlet. Como lá fechava as 21h, não tivemos muito tempo de
passeio, pesquisa de preço e compras. Esse outlet fica na divisa com o México,
lá onde o Trump quer construir o muro!
Compramos o
ingresso do parque pelo site da Sea World que estava com promoção de ingressos
para admissões em dias de semana (segunda à sexta-feira) por US$ 60,00, adulto
ou criança (crianças pagantes a partir de 3 anos).
15. Décimo Quarto Dia (09/09)
Hoje
foi dia de explorara um pouco a cidade e decidimos fazer um passeio bem
diferente e interessante. Visitar um porta aviões. Na verdade, visitar o maior
museu dentro de um porta aviões no mundo. O USS Midway é um imenso
porta-aviões que por mais tempo prestou serviços para a marinha americana. Eu não tinha ideia da grandiosidade deste porta-aviões até
entrar nele e ser surpreendida por um galpão imenso com aviões expostos. Ao
entrar lá, um audio-guide é entregue para
que se possa conhecer melhor cada parte do porta-aviões. O áudio é narrado por
ex-marinheiros que serviram no USS Midway e abrange mais de 60 locais
diferentes dentro dele. É
interessante passar pelo dormitório (bem apertado) dos marinheiros, visitar as
salas de controle e imaginar que aquele lugar era como uma cidade sobre as
águas. O local é imenso e é preciso reservar algumas horas para visitar o
local. É possível subir no convés com as
pistas onde os aviões pousavam e decolavam
e ver muitos aviões e helicópteros originais que foram utilizados em guerras e
missões para as quais ele prestou serviços.
Imaginar que tudo ali funcionava em questão de segundos e com precisão
milimétrica, é realmente impressionante. Só é possível visitar a ponte de
comando e o controle de trafego aéreo do navio através de um tour conduzido por
ex-veteranos que serviram no navio e que contam detalhes curiosos sobre o
mesmo. E essa visita é bem interessante. DICA: Esse tour a ponte de comando e o
controle de trafego aéreo do navio é bem disputado, tendo filas consideráveis,
então sugiro fazer primeiro essa atividade para depois conhecer o restante do
navio. O ticket para visitação ao porta aviões custou US$ 20,00, por adulto,
crianças só pagam a partir de 6 anos.
Como tínhamos
estacionado o carro no Tuna Harbor Park, bem próximo à entrada do USS Midway,
aproveitamos após visitar o navio, para ver e fotografar a grande e famosa
estátua –“The Unconditional Surrender”, que fica no parque e retrata uma cena de
um marinheiro beijando uma enfermeira, em comemoração ao fim da Segunda Guerra
Mundial. Alguns falam que esse beijo foi roubado, outros que foi um beijo
apaixonado. A estátua é bem concorrida para fotos.
Continuando
o passeio do dia, fomos até o Old Town San Diego State Historic Park. Esse é um
dos lugares mais antigos dos Estados Unidos. Foi lá que nasceu a cidade de
San Diego. O Old Town San Diego State Historic é um parque histórico onde
estão abrigados muitos edifícios históricos do período de 1820 a 1870, tais
como: a Casa de Estudillo, marco histórico nacional de 1827;
a Casa de Machado y Stewart, construída no século XIX; o primeiro
tribunal de San Diego; a Mason Street School, primeira escola pública
de San Diego; a Racine and Laramie, tabacaria do período do século
XIX; o San Diego Union Museum; o Museu do Xerife, entre restaurantes e
lojas com artesanatos. Visitar a Cidade Velha é viajar no tempo. São mais de 35
restaurantes, muitos deles mexicanos e, claro, muito animados, 17 museus e
dezenas de lojinhas. Em Old Town, a sensação que dá é que saímos dos
Estados Unidos e, voltamos para época do Velho Oeste. Eu gostei bastante do
passeio.
16. Décimo Quinto Dia (10/09)
Dia de pegar estrada
rumo a Vegas. Mas até chegar na fabulosa Las Vegas fizemos várias paradas. A
primeira parada foi em San Bernardino, cidade do 1º Mc Donald’s. Hoje, na casa
em frente o local que sediou a 1ª loja do McDonald’s funciona um museu que
conta a história do restaurante (entrada gratuita). Lá se encontra embalagens,
maquinário, fardamento, cardápio da época e muitos brinquedos (Mc lanche feliz)
que foram lançados no decorrer dos anos.
De San Bernardino
seguimos até Victorville, onde localiza-se um museu da Route 66. Em frente ao
museu há um carro similar ao do filme Carros, visto que a Radiator Springs foi
inspirada na Route 66. De lá seguimos viagem pela histórica Route 66. Logo que
deixamos Victorville em direção à Barstow, vimos a nossa esquerda o Emma Jeans
Cafe, a casa do Brian Burger, onde
foi filmado Kill Bill. Só não entramos porque não estava
funcionando (só funciona de segunda a sábado). A Route 66 é uma estrada de mão
dupla e com pouco movimento, é uma estrada bem reta e ladeada por paisagens
desérticas. Um pouco mais a frente encontramos a Oro Grande, que está no
percurso do ouro bruto do Oeste. Lá é possível ver árvores artificiais cheias
de garrafas de vidro, que geram uma melodia. Mais um pouco a frente,
encontra-se a Polly Gas Station, posto de combustível que mantém uma placa com
os preços dos anos 50. Ao chegarmos na cidade de Barstowm, seguimos para Barstow Station para conhecer o McDonald’s que
funciona em vagões de trem. Rodamos esse trecho pela Route 66, percorrendo 37
milhas. A partir deste ponto, seguiremos pela I – 15.
Após almoçarmos no
McDonald’s, continuamos a viagem até a cidade fantasma Calico, a 18 km de
Barstow. A cidade foi fundada em 1881 após quatro garimpeiros descobrirem prata
em meio a uma região de deserto. Em 1883, a cidade já era a maior produtora de
prata da Califórnia. A cidade começou a crescer, foi aberta uma agência
dos correios, dois hotéis, três restaurantes, um mercado de carne, um bar, uma
escola e algumas poucas lojas variadas. No auge da produção de prata, entre
1883 e 1885, Calico teve mais de 500 minas e uma população de 1.200 pessoas. Porém,
a partir de 1890, diante de uma crise econômica, a prata começou a perder o seu
valor. Em menos de 3 anos, as minas pararam de funcionar e Calico perdeu toda a
sua população. Essa cidade nasceu, cresceu e morreu em apenas 12 anos. Em 1951,
um fazendeiro e empresário local, decidiu reconstruí-la e reativar sua memória.
Como a maioria das edificações estavam danificadas ou destruídas pela ação
do tempo, ele mandou restaurar os edifícios principais como eram originalmente
(baseado em registros da época). Em 1966, após reconstruir a parte principal da
cidade ele doou-a para a cidade de San Bernardino. Hoje a cidade é apenas um
parque turístico, funcionando como uma ghost-town, não existem mais moradores
em Calico, só estabelecimentos comerciais para atender a turistas, como
restaurantes, bares e lojas que ainda mantém o clima de velho-oeste. Por a
cidade ser um parque temático, o horário de funcionamento é de 9h às
17h. Chegando de carro, se passa por uma cancela, onde é cobrado US$8
para adultos, US$5 para crianças entre 6 e 15 anos, crianças abaixo dessa idade
não pagam e U$$ 1,00 para animais de estimação. Após a cancela há um
estacionamento, onde ficam os carros e ônibus. Só é possível explorar a cidade
caminhando. Chegamos em Calico as 16h e pudemos fazer alguns passeios à pé pela
cidadezinha.
É possível
visitar vários estabelecimentos da época. Conhecemos o Lucy
Lane Museum, o museu da cidade. Ele leva o nome de Lucy Lane, o fantasma
mais “famoso” de Calico. Lucy e John, seu esposo, moraram em Calico até
seu declínio. Eles eram donos do armazém. Gostavam muito da cidade, mas
abandonaram a cidade por não haver mais clientes; a Maggie Mine
(Mina Maggie), uma mina de prata original da década de 1880,
atualmente a única segura para visitação. Tem 305 metros de extensão. A visita
custa US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50 para crianças entre 5
e 10 e a Calico & Odessa Railroad (Estrada de Ferro) esse trem não é original
da época da prata, mas faz um passeio interessante ao redor da colina,
mostrando alguns locais históricos (como o cemitério) e equipamentos de
mineração que ainda restam espalhados pelo terreno. O passeio dura cerca de 10
minutos e custa US$4 para adultos (11 ou mais) e US$2 para crianças (5-10).
Há ainda outras atrações na cidade para fazer, porém por falta de tempo não as
fizemos. São as: Mystery Shack (Barraco do Mistério é um show de
ilusionismo e mágica. Valores: US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50
para crianças entre 5 e 10. e Gold Panning Adventure (Filtração de ouro) atração
que ensina a extrair prata e ouro, utilizando processo como os utilizados no
século XIX. Valores: US$2.50 para maiores de 11 anos e US$1.50 para
crianças entre 5 e 10 anos. Eu gostei bastante do passeio e indico. É uma
oportunidade de conhecer uma cidade fantasma e as meninas se divertiram
passeado e imaginando a vida dos moradores da época. A localização da cidade, no
meio do deserto, rodeada por morros de pedra avermelhada, e com o vento
soprando, são um convite a deixar nossa imaginação viajar por aquelas
ruas, e nos dão a estranha sensação de que alguém nos observa.
Após visitar Calico seguimos
pela auto-estrada I-15 em direção a Las Vegas, a estrada é reta e a velocidade
é controlada por radar. Antes de chegar em Las Vegas fizemos uma última parada,
em Primm, no Fashion Outlet, infelizmente quando lá chegamos já passava das 19h
e o outlet fecha as 20:00, mas ainda assim deu para fazer umas comprinhas para
as crianças. Chegamos em Las Vegas as 21:00. Las Vegas tem uma grande oferta de
hotéis, os valores de hotéis são muito baratos, em relação a todos os outros
destinos da nossa viagem. Aproveitando uma superpromoção no booking.com,
fizemos nossa reserva no Circus Circus Cassino e Hotel. Confesso que estava
meio receosa com o hotel, mas fui surpreendida positivamente. Apesar do hotel
ser um pouco antigo e não ficar tão próximo da parte mais badalada da Strip, eu
gostei da experiência. Achei o valor justo, pela localização, atendimento e
serviços. Os quartos são limpos, bem conservados, e longe de barulho. O hotel é enorme, para irmos da recepção ao
nosso quarto foi preciso solicitar um mapa. Ele é dividido em torre de cassino
e torre das acomodações. A torre do cassino é bem grande, e nela você encontra
além do cassino, restaurantes, cafeterias, sorveterias, lojas de souvenir,
joalheria, parque de diversão (inclusive com montanha russa), parque aquático e
local de apresentação de shows na temática de circo, como acrobacias, show de
palhaços, mágico. Os shows duram em torno de 5 minutos cada apresentação, sendo
a programação a cada hora, a partir das 11:00 e finalizando às 22:00h,
diariamente. O parque de diversão e o parque aquático só funciona aos fins de
semana.
17. Décimo Sexto Dia e
Décimo Sétimo (11/09 e 12/09)
Começamos o dia fazendo o
tradicional passeio ao famoso símbolo Welcome To Fabulous Las Vegas, que
é marca registrada da cidade. O endereço é 5100 Las Vegas Boulevard South. De lá
fomos passear pela cidade. Se eu tinha me impressionado com o tamanho do hotel
que estávamos hospedados, fiquei impressionada com todos os hotéis da cidade.
Impressionante como são grandes e suntuosos. Os hotéis basicamente seguem uma
temática, por exemplo, o Paris é replica da cidade com seus pontos turísticos
de mais evidencia, como a Torre Eiffel e o Arco do Triunfo. O Venettian, evidencia a praça de San Marco,
oferecendo passeios de gôndola (custo de US$ 20,00 por pessoa), a ponte Rialto,
e assim são a grande maioria dos hotéis.
Visitamos alguns hotéis e caminhamos
pela Strip (de carro e a pé). Confesso que andar a pé em Vegas é difícil, só
mesmo por dentro de hotéis, porque o calorão não perdoa. Vimos a dança das
águas na fonte do Bellagio, vimos o vulcão entrar em erupção no Mirage Hotel,
escutamos gondoleiros cantar enquanto faziam passeios em suas gondolas nas
águas do Venettian. Almoçamos em uma das torres do Ceaser’s que é shopping.
Conhecemos a M&Ms Store, onde assistimos uma apresentação
de filme em 3D. Fizemos compras em lojas e outlets. Não
assistimos nenhuma apresentação do Cirque du Soleil porque só é permitido a
entrada de criança a partir de 5 anos.
Acho que aproveitamos bem a
cidade. O nosso intuito independente de estarmos com crianças não seria jogar,
tampouco curtir a night. Acho que Las Vegas é um bom destino para todas as
idades, porém, a curtição é diferente.
18. Décimo Oitavo Dia (13/09)
Dia
de voltar para Los Angeles, pois nosso vôo parte no dia seguinte pela manhã.
Fim da viagem e eu termino esse relato com uma pergunta da Isabelle: “mas mãe,
a gente já vai voltar pro Brasil?”
Saímos de Los Angeles com
destino à Fortaleza. Partimos às 11:30 do aeroporto de Los Angeles e
desembarcamos em Fortaleza às 15:45, horário local, do dia seguinte. Conexões
em Cidade do Panamá, no Panamá e Rio de Janeiro (Galeão). Totalizando quase 25
horas de voo novamente. Em ambos os percursos, as meninas me surpreenderam, deram um show de bom
comportamento e resistência. Graças a Deus, a viagem começou com emoção (Maria iniciou
a viagem com diarreia), mas finalizamos sem nenhum transtorno. Todo mundo com
saúde, nem resfriado pegamos.
Em
nenhum momento cogitei fazer essa viagem sem as meninas. Acredito que
independente de elas recordarem com detalhes daqui há algum tempo, o
aprendizado, a observação
de mundo e espaço, percepção de culturas, comportamentos e linguagens, tudo
isso ficará armazenado de alguma forma nas suas lembranças. E eu sigo
colecionando momentos e pérolas das crianças. Muito mais que paisagens bonitas,
eu vivi momentos indescritíveis. E o melhor da viagem não é o destino, mas o
caminho....
Roteiro
de Férias pela Califórnia com uma esticadinha em Vegas, escrito por Lívia Lins
Torquilho. (28/09/2017)
Muitas dicas do site ideiasnamala.com, da Mari Vidigal.
Muitas dicas do site ideiasnamala.com, da Mari Vidigal.
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